PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
(PPP)
ESCOLA MUNICIPAL
CHAPEUZINHO VERMELHO
“Educação para todos, construída por todos.”
Resultado da união,
interesse e participação de toda a comunidade escolar, que contribuiu e contribuirá
para que este projeto saia do ideal para o real.
PARANATINGA – MT
maio/2021
DEDICATÓRIA
A Deus pela vida, pela paz
e pelo trabalho. Aos nossos alunos, pais e professores pela interação e
integração, envolvidos em realizar este projeto sem abater-se com ideias
negativas que buscam atingir objetivos opostos.
AGRADECIMENTO
A toda a
comunidade escolar que tem participado neste processo, bem como às Secretarias
Municipal e Estadual de Educação que sempre têm dado seu total apoio e
contribuição para o sucesso da Educação nesta Escola.
SUMÁRIO
|
|
1. MARCO
SITUACIONAL
1.1 CARACTERIZAÇÃO
DA UNIDADE ESCOLA
1.1.1 Identificação da Unidade
Escolar
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, situa-se
na Rua Tancredo Neves, Nº 07, no Bairro Vila Concórdia, município de
Paranatinga-MT, CEP 78.870-000.
Educação Básica:
Educação Infantil, Pré- Escolar I e II e Ensino Fundamental de 1º ao 5º Ano.
1.1.2 Ato de Autorização
Com Decreto Lei Municipal nº 004/1990, sob a gestão
Jaime Dias Pereira Filho. Com credenciamento nº 022/2008, Autorização:
323/2017, com validade de 2017 a 2021- Conselho Estadual de Educação- CEE/MT.
IINEP 51017750.
Data de fundação: 30 DE JULHO DE 1990.
Descrição da área construída:
Construída num terreno de 854,00 m², com área
construída de 685,33 m² e área livre de 168,67 m². Com registro junto à Receita
Federal inscrita no CNPJ: 05.109.506/0001-57.
Mês de renovação de credenciamento: dez/21
Ano de execução: 2021
Fundação: Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho -
Decreto 04/90.
ÚLTIMA AUTORIZAÇÃO: Processo n° 1513/2016/CEE-MT- Parecer
CEB nº 283/2017-CEE/MT-29 DE AGOSTO 2017, e o Ato nº 000323/2017-CEE/MT D.O 05/09/2017
pág.146. APROVADO EM 01/09/2017.
1.1.3 Membros da Equipe Gestora
Diretora: Franciane Lima Cavalcante Teza.
Coordenadora Pedagógica: Cristina Izabel Hagmussi Angelim
Secretario: Uesterdouglas Soares Rocha
Articuladora: Rosymeire da Silva Ourives
Prefeito Municipal: Josimar Marques Barbosa
Secretária Municipal de Educação: Rosângela Alves
dos Santos
Coordenadora Geral da Educação- SMEC: Vanda
Fernandes Soares
1.1.4 Membros do Conselho
Deliberativo da Comunidade Escolar
SEGMENTO |
NOME DOS MEMBROS |
Pais ou responsáveis |
Suellen Cristina da Silva |
Valtencir Padilha Soares |
|
Elaine Costa de Jesus |
|
Patrícia Macedo Carlini |
|
Rosilaine Francisca Borges |
|
Elimar Rodrigues de Oliveira Ribeiro |
|
Demais Servidores (Técnicos e
Apoio Administrativo Educacional) |
Marcio Jose Peruchini |
Josinete Cândida da Silva |
|
Wilson Vagner Vidori |
|
Professoras
|
Nilma Orgina Mota |
Rosymeire da Silva
Ourives |
MEMBROS DA DIRETORIA
EXECUTIVA DO CDCE |
|
CARGO |
NOME |
Presidente |
Nilma Orgina Mota |
Secretário
(a) |
Edirlene
Kerlen Rodrigues da Silva |
Tesoureiro
(a) |
Josinete Cândida da Silva |
1.1.5 Membros do Conselho Fiscal
MEMBROS DO CONSELHO
FISCAL |
|
|
NOME |
1º
Titular |
Cristina Izabel Hagmussi Angelim |
2º
Titular |
Luciane Aparecida Trevisan |
3º
Titular |
Crislaine de Souza Barreira |
1º
Suplente |
Marcia Aiza Nogueira Silva |
2º
Suplente |
Janaina Fernanda Lima de Oliveira |
3º
Suplente |
Maria de Fátima Basílio |
1.1.6 Número de Alunos por Etapas
e Modalidade
Turma |
Total de alunos |
|
Matutino |
1º ANO - A |
26 |
Matutino |
2º ANO - A |
20 |
Matutino |
2º ANO - C |
18 |
Matutino |
3º ANO - A |
19 |
Matutino |
4º ANO - A |
21 |
Matutino |
4º ANO - C |
20 |
Matutino |
5º ANO - A |
22 |
Matutino |
5º ANO - C |
21 |
Vespertino |
1º ANO – B |
23 |
Vespertino |
1º ANO – C |
22 |
Vespertino |
2º ANO - B |
15 |
Vespertino |
2º ANO - D |
14 |
Vespertino |
3º ANO - B |
19 |
Vespertino |
3º ANO - C |
18 |
Vespertino |
4º ANO - B |
26 |
Vespertino |
5º ANO - B |
24 |
Total geral de alunos: 327 |
Obs¹.: quantidade reduzida em
virtude da Pandemia por Covid-19 e o receio de alguns pais em realizar as
matrículas;
Obs²: optou-se, provisoriamente,
em 2021, pela não abertura de turmas da Educação Infantil.
1.1.7 Número de Turmas por Etapas
e Modalidades
Atende nos turnos:
Matutino e Vespertino, a alunos da Educação Infantil, Pré I e II e o Ensino
Fundamental do 1º ao 5º Ano, tendo uma clientela diversificada socialmente e
seu público alvo crianças entre 4 a 10 anos de idade (e 11 anos em casos
isolados).
1.1.8 Número de Profissionais/
Técnicos Administrativo Educacional; Apoio Administrativo Educacional e Professores lotados na unidade escolar
EQUIPE PEDAGÓGICA:
NOME |
FUNÇÃO |
VÍNCULO |
TURNO
DE ATUAÇÃO |
TURMA
DE ATUAÇÃO |
OBSERVAÇÕES |
JANAINA
FERNANDA LIMA DE OLIVEIRA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
MATUTINO |
4º
ANO C |
- |
ADILEUZA
CIRILLO DA SILVA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
3º
ANO C |
- |
ANA
GESSICA SCHLEICHER |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
MATUTINO |
2º
ANO C |
- |
CICERA
APARECIDA JUNQUEIRA DE OLIVEIRA ALVES |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
3º
ANO B |
- |
EUCIMAR
FURQUIM ROSA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
MATUTINO |
3º
ANO A |
|
IZAMARA
PONTES DE PINHO SOUZA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
1º
ANO B |
- |
JESSICA
ALVES SILVA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
2º
ANO D |
- |
LEONICE
PEREIRA CERVANTE |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
4º
ANO B |
- |
LUCIA
MARIA BARBOSA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
5º
ANO B |
- |
MARCIA
AIZA NOGUEIRA |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
MATUTINO |
2º
ANO A |
- |
SANDRA
APARECIDA FERREIRA PINTO |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
VESPERTINO |
2º
ANO B |
- |
SUZANE
MARIA DE LIMA CAVALCANTI DE ANDRADE |
PROFESSOR
REGENTE |
CONTRATADO |
MATUTINO |
4º
ANO A |
- |
FRANCIANE
LIMA CAVALCANTE TEZA |
DIRETORA |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
ATRIBUIU
NO 2º ANO B VESPERTINO |
ROSYMEIRE
DA SILVA OURIVES |
ARTICULADORA |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
ATRIBUIU
NO 4º ANO A |
CRISTINA
IZABEL HAGMUSSI ANGELIM |
COORDENADORA
PEDAGÓGICA |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
ATRIBUIU
NO 3º ANO A MATUTINO |
EDIRLENE
KERLEN RODRIGUES DA SILVA |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO |
MATUTINO |
1º
ANO A |
- |
GIRLAINE
DAVID ALVES |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO |
VESPERTINO |
1º
ANO C |
- |
JILEUZA
REIS VIEIRA |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO |
- |
- |
DESIGNADA
AO CREAS (ATRIBUIU NO 2º ANO C MATUTINO) |
MARIA
APARECIDA LOURENÇO |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO |
MATUTINO |
5º
ANO C |
- |
NILMA
ORGINA MOTA |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO |
MATUTINO |
5º
ANO A |
- |
ROSILENE
GONÇALVES BARBOSA DA SILVA |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO |
MATUTINO |
- |
DESIGNADA
À SMEC (ATRIBUIU NO 2º ANO A MATUTINO) |
FRANÇOÍSE
VÂNIA DA ROCHA GUIMARÃES CAMPOS |
PROFESSOR
REGENTE |
EFETIVO
|
MATUTINO |
ATIVIDADES
PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS NA BIBLIOTECA ESCOLAR |
EM
DESVIO DE FUNÇÃO (ATRIBUIU NO 4º ANO C MATUTINO) |
TOTAL |
22 |
APOIO ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL:
NOME |
FUNÇÃO |
VÍNCULO |
TURNO
DE ATUAÇÃO |
TURMA
DE ATUAÇÃO |
OBSERVAÇÕES |
ELAINE
COSTA DE JESUS |
ASG/LIMPEZA |
CONTRATADO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
SUELLEN
CRISTINA DA SILVA |
ASG/LIMPEZA |
CONTRATADO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
ALINE
GOMES FERREIRA |
TDI |
CONTRATADO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
NÃO
ATUA EM SALA DE AULA ESPECÍFICA |
ATENDE
ALUNA COM DEF. INTELECTUAL E ALUNO COM AUTISMO |
MARIA
DE FÁTIMA BASÍLIO |
ASG
(LIMPEZA)
|
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
|
|
MATILDES
CHAVES DE SOUZA |
ASG
(LIMPEZA) |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
ROZANIA
GOMES |
ASG
(LIMPEZA) |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
JOSINETE
CANDIDA DA SILVA |
ASG/LIMPEZA |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
EM
DESVIO DE FUNÇÃO: ATUA NA FUNÇÃO DE NUTRIÇÃO ESCOLAR |
MARIA
SOUZA ARAUJO |
NUTRIÇÃO
ESCOLAR |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
UESTERDOUGLAS
SOARES ROCHA |
SECRETÁRIO |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
EDMUNDO
CESPEDES RIVEROS |
VIGIA |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO |
- |
- |
LUZINALVA
ALVES DE BRITO |
VIGIA |
EFETIVO |
MATUTINO
E VESPERTINO (FINAIS
DE SEMANA E FERIADOS) |
- |
- |
MARCIO
JOSE PERUCHINI |
VIGIA |
EFETIVO |
NOTURNO |
- |
- |
WILSON
VAGNER VIDORI |
VIGIA |
EFETIVO |
NOTURNO |
- |
- |
TOTAL |
13 |
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E
ECONÔMICA DA UNIDADE ESCOLAR - EDUCAÇÃO NACIONAL
Os primeiros passos da Educação formal no Brasil
segundo CONTRIM (1993), foram dados com a chegada dos Jesuítas, que em 1.549
acompanhara o governador geral Tomé de Souza. Dessa data até 1.580 a Educação nas
escolas brasileiras foi ministrada exclusivamente por padres da companhia de
Jesus, que se difundiram por diversos pontos do território nacional. A Educação
jesuíta, fundamentada no cristianismo e realizada através da língua portuguesa,
tinha por princípios básicos a liberdade do homem, o respeito à pessoa, e a
imortalidade da alma. Notamos que o educando ocupava um papel importante no
processo educacional dos jesuítas, que se estende desde o menino branco filho
da aristocracia, até o negro escravo (passando pela índia). Após 1580, outras
ordens religiosas chegaram ao Brasil, os jesuítas, porém predominaram no campo
da Educação até 1759 quando foram expulsos. Até essa época, ou seja, 259 anos
após o descobrimento, o sistema escolar brasileiro era praticamente pelos
colégios jesuítas.
Na época colonial já era somente pela propriedade
da terra e pelo nº de escravos que se media a importância ou se avaliava a
situação social dos colonos, os graus de bacharel e o de mestre em artes (dados
pelos colégios) passaram a exercer papel da escada ou de assessor, na
hierarquia social da colônia, onde se constitui uma pequena aristocracia de
letrados, futuros teólogos, padres – mestres, juízes e magistrados. Esse
complexo sobreviveu mesmo à expulsão dos Jesuítas em 1759.
A decadência econômica em que se encontrava o Reino
Português, principalmente com a queda da mineração, o sistema educacional
passou por enumeras dificuldades nesse período. Da expulsão até as primeiras
providências para a substituição dos educadores transcorreu um lapso de treze
anos.
Apesar da expulsão, os Jesuítas mantiveram além dos
colégios para a formação de seus sacerdotes, seminários para a formação do
clero secular. Com a reforma pombalina, foram introduzidas as chamadas aulas
régias e a maioria dos professores recrutados para essas aulas foram mestres
Jesuítas. Assim, embora parcelado, fragmentado e rebaixado de nível, o ensino
mais variado nos seus aspectos orientou-se para os mesmos objetivos, religiosos
e literários, e se realizou com os mesmos métodos pedagógicos, com apelo à
autoridade e à disciplina rígida, com a imposição da submissão à autoridade.
Com as transformações econômicas, políticas e
sociais ocorridas no mundo e com advento da 1ª Guerra Mundial, o panorama
brasileiro se modifica. A indústria brasileira toma um grande impulso. O
fortalecimento do grupo industrial – urbano, o êxodo rural, ampliação dos
setores médios, o nacionalismo ressuscitado pela guerra, a chegada dos
imigrantes redimensionou os problemas educacionais.
Em 1889 a 1929 ocorre o Período da Primeira
República. A República proclamada adota o modelo político americano baseado no
sistema presidencialista e na organização escolar percebe-se a influência da
filosofia positivista.
A Reforma de Benjamin Constant tinha como
princípios orientadores a liberdade e a laicidade do ensino, como também a
gratuidade da escola primária. O percentual de analfabetos não ano de 1900 no
Brasil era de 75%. Surgem a seguir a Reforma Rivadavia Correa, a Reforma de
Carlos Maximiliano contrapondo a anterior, a Reforma João Luiz Alves que
introduz a Cadeira de Moral e Cívica com a intenção de combater os protestos
estudantis entre outras reformas.
O clima desta década propiciou a tomada de poder
por Getúlio Vargas, candidato derrotado nas eleições por Júlio prestes em
1830.A característica tipicamente agrária do país e as correlações de forças
políticas vão sofrer mudanças nos anos seguintes o que trará repercussões na
organização escolar brasileira.
Em 1930 a 1936, Período da Segunda República, a
realidade brasileira passou a exigir mão-de–obra especializada demandando
investimento na educação. Neste ano foi criado o Ministério da Educação e Saúde
Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona vários decretos organizando o
ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes
decretos ficaram conhecidos como “Reforma de Francisco Campos”
O Governo provisório foi marcado por uma série de
instabilidades, mas em 1934 a nova Constituição (a segunda da república)
dispõe, pela primeira vez, que a Educação é direito de todos, devendo ser
ministrada pela família e pelos poderes Públicos.
Refletindo as tendências fascistas é outorgada em
10 de novembro de 1937- Período do Estado Novo- uma nova Constituição. A
orientação política - educacional para o mundo capitalista fica bem explicita e
enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Nesta fase são criados a União
Nacional dos estudantes – UNE, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos –
INEP, e o SENAI.
Em 1946 inicia-se o Período da Nova República
ocorreu a adoção de uma nova Constituição de cunho liberal e democrático. Esta
nova Constituição, na área da educação, determina a obrigatoriedade de se
cumprir o ensino primário e dá competência à União para legislar sobre
diretrizes e bases da Educação nacional. Além disso a nova Constituição fez
voltar o preceito de que a Educação é direito de todos. Neste ano é criado o
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC para atender as necessidades
da Revolução de 30.
Neste período, as discussões sobre a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e outras iniciativas foram fatos
marcantes para o período tornando-o talvez o mais fértil da História da Educação
no Brasil.
No Período do Regime Militar compreendido entre
1964 a 1985 pensava-se em erradicar definitivamente o analfabetismo no Brasil
por isso foi criado o MOBRAL, que, entre denúncias de corrupção e insucesso foi
extinto mais tarde. Depois do golpe militar em 1964 muitos educadores passaram
a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos e em meio ao período
mais cruel da ditadura que inibia qualquer expressão popular contrária aos
interesses do governo que a LDB foi instituída.
No período estabelecido a partir de 1986 até a
atualidade correu a Abertura Política, período este, que professores impedidos
de atuarem no Regime Limitar passaram a assumir postos na área da Educação e
concretizar discursos em nome da educação.
Entre programas deste período podemos destacar o
FUNDEF, PAIUB, SAEB, ENEM, PCNs e ENC entre outros que vem sendo executados
atualmente como o “Provão” Exame Nacional de Cursos.
1.2.1 Educação em Paranatinga
No dia 22 de fevereiro de 1967, chegaram as irmãs
da Congregação divina Providência: Teodora, Antonina e Anete.
A irmã Anete criou uma escola feita de pau-a-pique
e coberta de zinco, no entanto, invejada pelo método de Educação e instrução. Certo
dia, um vendaval atiraram o telhado de zinco a mais de 30(trinta) metros de
distância, obrigando a religiosa a recolher os alunos para a antiga capela, de
adobe. Os bancos eram tábuas toscas seguras por espeques fincados no chão.
O povo, solidário com a diretora da escola,
procurou o prefeito de Chapada dos Guimarães, que por sua vez foi dar as portas
do governador Pedro Pedrossian.
Paranatinga conseguiu uma construção de alvenaria.
As Escolas Reunidas Grupo Escolar.
A escola venceu uma difícil tarefa de ordem social,
de vez que as duas facções desordeiras se instalaram em Paranatinga, de um lado
os Cordeiros e de outro os Macaúbas. A diretora da escola sofria ameaças de
morte, por exigir a ordem pública e por influenciar na sociedade com o nome de diretora
exemplar e militante. A solução definitiva ocorreu somente no dia 13 de
dezembro de 1980. (Fonte em depoimentos de antigos moradores vivos-2011).
1.2.2 Histórico da unidade
escolar, patrono e período de fundação
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho cujo nome
faz referência as histórias infantis clássicas, situa-se no Bairro Vila
Concórdia, na Rua Tancredo Neves, 07, Paranatinga-MT, construída num terreno de
854,00 m², com área construída de 685,33 m² e área livre de 168,67 m².
Existem registros fotográficos e relatos de pessoas
da comunidade indicando que a EM Chapeuzinho Vermelho funciona desde 1983 com
uma sala de aula, um banheiro e uma cozinha; porém a Escola foi oficialmente
criada através do Decreto Lei Municipal nº 004/1990, sob a gestão do então
prefeito Jaime Dias Pereira Filho, tendo como espaço físico na época de sua
construção, duas salas, uma cozinha e dois banheiros.
No ano de 2003, sob o mandato do prefeito Pedro
Dalla Nora, a região começou a prosperar e junto com ela, a Escola. O número de
alunos foi aumentando, fazendo-se necessária a ampliação de mais uma sala de
aula. No mesmo ano, os professores resolveram construir uma sala para os mesmos
juntamente com um banheiro, realizando esta obra com recursos do PDDE (Programa
Dinheiro Direto na Escola).
Em 2008, a Escola passa a contar com uma Diretora,
a senhora Françoise Vânia Rocha Guimarães Campos, nomeada pelo então Prefeito
Francisco Carlos “Carlinhos” do Nascimento, conforme Portaria nº 024/2008,
sendo que nos anos anteriores a escola ficava a mercê das coordenadorias gerais
da Secretaria Municipal de Educação; já na administração da diretora, a escola
passa por alguns reparos como: pintura geral, criação de uma nova fachada e
construção de uma calçada.
Em outubro do ano de 2008, foi aprovada a Lei Municipal
nº 511/2008, que regulamenta os dispositivos do art. 14 da Lei Federal nº
9.394/96, bem como o inciso VI do art. 206 da Constituição Federal e art. 59,
parágrafo único, da Lei Municipal nº 002/2000, que estabelecem a Gestão
Democrática do Ensino Público do município de Paranatinga, adotando o sistema
eletivo para escolha dos dirigentes dos estabelecimentos de ensino e a criação
dos Conselhos Deliberativos das Comunidades Escolares (CDCE´s) nas Unidades de
Ensino.
Aos 23 dias do mês de dezembro de 2008, pela
primeira vez na história do município de Paranatinga, realiza-se no Auditório
da Prefeitura Municipal a posse da Diretora Françoise Vânia Rocha Guimarães
Campos, conforme portaria 186/08, tendo em vista a proclamação dos resultados
da eleição para Diretor, realizada através do voto direto da comunidade escolar
e estabelece a Gestão Democrática para o biênio 2009/2010.
Em 16 de dezembro de 2010, a candidata Françoise
Vânia Rocha Guimarães Campos é reeleita para o biênio 2011/2012, tomando posse
no auditório da Prefeitura.
No ano de 2010, a escola é agraciada com um
laboratório de informática ProInfo (Programa Nacional de Tecnologia
Educacional), criado pela portaria nº. 522/MEC 09 de abril de 1997; porém, o
mesmo fica sem funcionamento, motivo este que estaria relacionado à sobrecarga
de energia elétrica, pois a escola estaria dividindo o mesmo padrão elétrico
com a Creche Municipal Menino Jesus.
Nesse mesmo ano, a escola enfrenta problemas
relacionados ao número elevado de alunos. A demanda por vagas no Vila
Concórdia, o Bairro mais populoso da cidade, tem sido muito grande nos últimos
anos.
Já no ano de 2011, a escola conquista sua autonomia
elétrica com um novo padrão de energia, podendo assim a comunidade escolar
Chapeuzinho Vermelho usufruir das novas tecnologias.
No ano de 2012, a Srª. Girlaine David Alves é
eleita para o biênio 2013/2014, tomando posse no auditório da Prefeitura.
Girlaine teve de abdicar-se ao cargo em 31 de julho de 2014, conforme consta no
diário oficial 26318-27/06/2014, sendo convocada a tomar posse em cargo público
no Estado, na função de professora de História.
A Srª. Françoíse Vânia da Rocha Guimarães Campos,
que era Coordenadora Pedagógica, assumiu o cargo de Diretora interinamente.
No final de 2014, houve nova eleição, sendo vencida
pela Srª. Françoíse Vânia da Rocha Guimarães Campos, candidata única. A Srª.
Edvânia Oliveira de Souza foi escolhida Coordenadora Pedagógica.
Em 2016, a Escola mudou de endereço, pois foi
inaugurado, no final de 2015, um novo edifício, construído através de recursos
provenientes do PAR 2011-2014 (Plano de Ações Articuladas), em Convênio com o
FNDE- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, sendo deferido e
executado, então, o “Projeto de Construção de Escola”, que segue, em anexo.
No final de 2016, após a desistência da candidata
única, Srª. Francisca Moreira Braga, não havendo candidatos, o cargo de Diretor
desta Escola foi colocado à disposição da Secretaria Municipal de Educação. A
Srª. Eliara Priscila Andrade da Mata foi designada pela SMEC a assumir o cargo,
seguindo os preceitos do art. 91 da Lei Municipal nº 511/2008.
No início de 2017, A Srª. Jileuza Reis Vieira foi
designada pela Secretaria Municipal de Educação para assumir o cargo de
Coordenadora Pedagógica.
Em fevereiro de 2017, Eliara desistiu do cargo por
motivos pessoais. A Srª. Jileuza Reis Vieira, portanto, completou o mandato
para o biênio 2017/18. A Srª. Jussiane Moreira Marques Gomes foi designada pela
Secretaria Municipal de Educação para assumir o cargo de Coordenadora
Pedagógica.
No início do ano de 2018, a Srª. Franciane Lima
Cavalcante Teza foi escolhida Coordenadora Pedagógica.
No final de 2018 houve eleições para Direção,
havendo como candidata única a Srª. Franciane Lima Cavalcante Teza, que foi eleita
para o mandato 2019/20.
No início de 2019, a Srª. Jileuza Reis Vieira se
predispôs a assumir o cargo de Coordenadora Pedagógica.
Em maio de 2019, por motivos pessoais, a Srª.
Jileuza solicitou destituição do cargo, que foi assumido pela Srª. Janaína Fernanda
Lima de Oliveira.
No ano de 2019, com demanda por vagas, foi
necessário a construção de mais uma sala de aula.
Em 2019 inicia-se na Escola Municipal Chapeuzinho
Vermelho a atualização
e ampliação no PPP com a implementação da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) que é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das
etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua
o Plano Nacional de Educação(PNE). Este documento normativo aplica-se
exclusivamente à Educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1,
e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à
formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(DCN).
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, no início de
2020 é contemplada com a inauguração de uma nova sala de aula para suportar a
demanda existente, estando prevista a construção de outra, além de uma quadra
de esportes e demais melhorias na infraestrutura do edifício.
Atualmente 2021, a Escola conta com 16 turmas de Ensino
Fundamental nos anos iniciais (1º ao 5º ano), num total 327 alunos,
considerando os dois turnos de funcionamento (matutino e vespertino). Há,
também, duas turmas de Atividade Complementar (reforço), nos contraturnos dos
alunos atendidos (uma no período matutino e outra no vespertino).
SALAS DE AULA |
||
NÚMERO DA SALA |
MATUTINO |
VESPERTINO |
01 |
1º ano A |
1º ano B |
02 |
2º ano A |
2º ano B |
03 |
3º ano A |
3º ano B |
04 |
4º ano A |
4º ano B |
05 |
5º ano A |
5º ano B |
06 |
5º ano C |
2º ano D |
07 |
2º ano C |
1º ano C |
08 |
4º ano C |
3º ano C |
Obs¹: uma das salas é improvisada, devido ao
seu espaço reduzido, com capacidade para receber no máximo 18 alunos. Porém,
está totalmente adequada para ser utilizada como sala de aula, com ótima
ventilação (ar-condicionado) e iluminação.
Obs2: todas as salas de aula possuem
ar-condicionado e ótima iluminação
DEMAIS DEPENDÊNCIAS |
Cozinha com
divisões para depósito de alimentos e para depósito de utensílios |
Lavanderia
coberta |
Laboratório de
Aprendizagem |
Biblioteca |
02 Depósitos de
materiais e brinquedos pedagógicos |
Sala dos
professores |
Sala de
Articulação |
02 Banheiros
individualizados e adaptados para PcD´s, feminino e masculino para os alunos |
Banheiro Unissex
para os servidores |
Banheiro Unissex
para os servidores da Cozinha |
Sala de Direção e
Coordenação |
Secretaria |
Pátio coberto,
que também é utilizado como Refeitório |
Quadra de areia descoberta |
Parquinho coberto |
Casinha coberta,
com escorregador |
1.2.3
Contexto social e perfil socioeconômico da comunidade escolar.
Realizou-se
um levantamento socioeconômico, por amostragem, junto aos pais/responsáveis
pelos alunos desta Escola no período de 02 de fevereiro até 10 de maio de 2021,
conforme gráfico em anexo, consistindo em preenchimento de um formulário on
line por meio da plataforma Google Drive.
As
professoras da Escola orientaram a família e alunos para que apenas o chefe
familiar (pessoa com a maior renda per cápita) respondesse ao
formulário.
Após
finalização do prazo para preenchimento, apuraram-se 105 respostas, conforme
seguem abaixo:
•
100% dos entrevistados possuem celular/tablet ou outro meio de comunicação com
acesso à internet/whatsapp;
•
9,4% possuem mais de três celulares em sua residência, 18,9% possuem três, 48,1%
possuem dois e 21,7% possuem apenas um aparelho celular;
•
Quanto ao nível de escolaridade, a maioria, 34,3% declararam possuir Ensino
Médio completo, 27,6% Ensino Fundamental incompleto, 11,4% Ensino Médio
incompleto, 10,5% Ensino Superior incompleto, 9,5% Ensino Superior completo e
6,7% Ensino Fundamental completo;
•
Quanto ao número total de filhos que moram com o chefe familiar, obtivemos o
resultado de 42% morando com 2 filhos, 29% morando com 1 filho, 17% morando com
3 filhos, 5% morando com 4 filhos, 4% morando com 5 filhos, 2% morando com
nenhum filho e 1% morando com 6 filhos;
•
Quanto ao número total de filhos que não moram com o chefe familiar, 69,5% não
possuem, 15,2% possuem um, 6,6% possuem dois, 4,7% possuem três e 2,8% possuem
quatro;
•
Quanto ao número de filhos não- biológicos sob a responsabilidade do chefe
familiar obtivemos que 89,4% não possuem, 3,8% possuem dois, 2,8% possuem um,
1,9% possui três e 1,9% possui dez filhos não- biológicos;
•
Quanto ao número total de pessoas que dependem da renda do chefe familiar para
sobreviver, 32,6% declararam que são três pessoas, 30,7% que são duas pessoas,
11,5% que são quatro pessoas, 11,5% que é apenas uma pessoa, 7,6% que são cinco
pessoas, 2,8% que nenhuma pessoa, 1,9% que são seis pessoas e 0,9% que são sete
pessoas;
•
84,8% declararam estar recebendo o Bolsa Família, enquanto que 15,2% não
recebem;
•
Quanto à renda mensal, 61,9% recebem até um salário mínimo (1.100 reais), 27,6%
recebem entre um e dois salários mínimos e 10,5% recebem mais de dois salários
mínimos;
•
Quanto à renda mensal familiar, verificou-se que 42,9% das famílias recebem até
um salário mínimo, 39% entre um e dois salários mínimos e 18,1% mais de dois
salários mínimos;
•
Em relação às pessoas que contribuem para a renda familiar, obtivemos que 50,4%
das famílias contam com apenas uma pessoa, 40,9% com duas pessoas, 3,8% com
cinco pessoas, 2,8% com três pessoas, 0,9% com quatro pessoas e 0,9% com
nenhuma pessoa;
•
92,5% das famílias reside na zona urbana do município de Paranatinga, enquanto
que 7,5% reside na zona rural;
•
Quanto ao número de moradores da residência familiar, 34,2% delas possuem
quatro pessoas, 28,5% possuem três pessoas, 20% possuem cinco pessoas, 6,6%
possuem duas pessoas, 4,7% possuem seis pessoas, 2,8% possuem sete pessoas e
0,9% possui oito pessoas;
•
Quanto à propriedade em que os alunos residem, 44,8% delas são casas próprias
quitadas, 36,2% são alugadas, 8,6% são próprias pagando, 8,6% são emprestadas e
1,9% está sob outra forma não especificada;
•
Quanto à forma de abastecimento da água residencial, 89,5% delas estão ligadas
à rede geral de abastecimento, 7,6% estão ligadas a poço ou nascente e 2,9% a
outra forma não especificada;
•
Quanto ao local de trabalho, 20% dos chefes familiares estão vinculados ao
comércio local, 18,1% não trabalha, 16,2% trabalha no frigorífico, 7,6% em
fazendas, 7,6% no Serviço Público e 30,5% em outros empregos;
•
Em relação ao tempo dedicado a ajudar as
crianças em tarefas da Escola e/ou outros estudos, 46,7% declararam dispor de
mais de uma hora por dia, 40% até uma hora por dia e 13,3% apenas finais de
semana;
•
Em relação ao tempo dedicado pelas crianças/alunos a brincadeiras e ao lazer,
78,1% dos entrevistados declararam que elas possuem mais de uma hora por dia e
21,9% até uma hora por dia;
•
Em relação a atividades e afazeres domésticos, 37,1% dos entrevistados
declararam que as crianças/alunos sob sua responsabilidade não realizam, 32,4%
declararam que às vezes e 30,5% declararam que sim;
•
Quanto aos trabalhos remunerados realizados pelas crianças/alunos, 93,3% dos
entrevistados declararam que elas não realizam, 3,8% que sim e 2,9% que às
vezes;
•
Em relação à quantidade de televisores na residência, 89,5% possuem e 10,5% não
possuem, sendo que 77,65% delas possuem TV por assinatura.
1.2.3.1 Conclusão
Após
análise dos dados coletados e com a percepção que historicamente se tem a
respeito da situação socioeconômica das famílias de alunos da Escola Municipal
Chapeuzinho Vermelho, constatou-se que, em geral, os alunos provêm de famílias
humildes financeiramente, numerosas, cuja renda é baixa, em grande parte
destinada ao aluguel e à alimentação. O nível de escolaridade baixo dos
entrevistados fortaleceu esse raciocínio, pois é consenso geral que uma melhor
formação escolar costuma vir acompanhada de melhores empregos e melhores
salários. O número de beneficiários do Bolsa Família (mais de 84%das famílias)
corroborou ainda mais essa compreensão.
Ainda
assim, considerando que um dos principais desafios da Educação em tempos de
pandemia é possibilitar o acesso dos pais/responsáveis e alunos a ferramentas
que permitam a conectividade entre professor/aluno, 100% das famílias, pese sua
baixa renda per cápita, relataram possuir aparelho celular ou tablet com
acesso à internet/whatsapp, um número bastante significativo uma vez que
tanto o aparelho quanto o acesso à internet não costumam ser baratos.
Falando-se em pandemia, cabe ressaltar que,
antes dela, uma parcela significativa dos alunos desta Escola costumava
depender da merenda escolar como importante fonte de refeição diária e que,
ainda em tempos de aulas presenciais, essa merenda parecia ser insuficiente
para que muitos desses alunos pudessem manter-se concentrados apenas nos
estudos e esquecessem a preocupação com a sua fome.
Durante a pandemia, portanto, tornou-se imperativo
e muito bem-vindo o empenho da equipe escolar na busca por arrecadações de
alimentos entre os próprios, além da oferta de Kits de alimentação pela
Secretaria Municipal de Educação às famílias de alunos mais carentes.
Essa carência alimentar de nossos alunos mereceu
ser relatada aqui pois ela afeta diretamente o desempenho das crianças em sala
de aula, não podendo jamais ser deixada de lado, correndo-se o risco de poluir
todas as estratégias que visem à obtenção de um projeto de ensino abrangente e qualitativo.
A baixa escolaridade dos pais/responsáveis também merece ser enfatizada, pois é
um importante fator motivador da falta de acompanhamento dos pais em relação às
atividades escolares dos alunos, algo que nos tempos atuais tornou-se mais do
que imprescindível, em decorrência da virtualização do Ensino.
1.3 SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
1.3.1 Relação Escola-Comunidade
A escola desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento do aluno e na construção da cidadania. Em última análise, essa
função se reflete fora dos muros da escola e afeta toda a sociedade. Uma
relação positiva deve ser estabelecida entre a comunidade e a escola. A Escola
Municipal Chapeuzinho Vermelho está localizada na Vila Concordia e é
conveniente para visitantes ou visitantes visitarem. Ao formular ações
conjuntas e alcançar a melhoria geral, estabelecer um bom relacionamento com a
sociedade.
Essa atitude faz com que a escola seja reconhecida
e valorizada pela comunidade, fortalecendo e promovendo o serviço escolar. A
escola entende e participa de movimentos sociais da Cidade, sempre colaborando
nas reivindicações. As famílias têm uma imagem positiva da escola, elas
expressam isso nas relações pessoais e sociais. A parceria com a família é uma
ponte para a relação entre escola e escola comunidade. O objetivo da escola é
fazer com que os pais e responsáveis se sintam bem-vindos pela equipe E
estabelecer canais de comunicação eficazes com a escola.
A escola apresenta um regime de funcionamento
satisfatório às necessidades da comunidade local, atende em dois períodos,
matutino e vespertino, adota o modo do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos e Educação
Infantil (Pré I e II).
Esta escola não possui autonomia legislativa nem
tampouco financeira, sendo pertencente ao Sistema Estadual de Ensino do Estado
de Mato- Grosso e, em sua organização, segue a nível nacional, principalmente a
CF (Constituição Federal) e a LDB (Lei 9394/96) e, a nível estadual, principalmente
as normas da Resolução Normativa nº 002/2015/CEE-MT, que orienta e regula a
oferta de Educação Básica em todo o Estado.
1.3.2 Acolhimento e procedimentos
de atendimento às famílias/ responsáveis
O acolhimento às famílias e/ou responsáveis
acontece na escola desde o momento da matrícula.
Quando o secretário da escola recebe os pais ou
responsáveis, além do preenchimento e entrega dos documentos necessários, estes
são orientados quanto ao regimento escolar e demais informações pertinentes,
como por exemplo: horário de funcionamento, uso do uniforme ou atendimento da
coordenação para questões referentes a vida escolar do discente, entre outras,
na sala de direção e coordenação para apoio e acompanhamento dos seus filhos.
Os pais, familiares e responsáveis também são
acolhidos na Escola em momentos diversos como: reuniões pedagógicas para
acompanhamento da aprendizagem; discussões sobre o PPP, Regimento Escolar e
Assembleias em geral, apresentações e exposições de trabalhos dos alunos.
A parceria
com a família é uma ponte para a relação entre escola e comunidade; a Escola
procura fazer com que pais e responsáveis se sintam acolhidos pela equipe
gestora e pedagógica mantendo canais de comunicação efetivos.
Em meio à pandemia por Covid-19 a escola oferece
álcool em gel a todos os adentrantes e exige, por meio de sinalizações visíveis
em todo o seu recinto, o uso de máscara e o distanciamento social.
1.3.3 Acolhimento e procedimentos
de atendimento aos estudantes
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho recebe os
alunos nos períodos matutino e vespertino. Os pais ou responsáveis podem
acompanhar seus filhos até as salas ou deixar no portão de acordo com sua opção
pessoal. A acolhida do período matutino e do período vespertino é feita no
pátio da, é seguido um cronograma de organização que comtempla todas as turmas
e servidores, onde é feita uma oração, é cantado parabéns aos aniversariantes
do dia, e são feitos repasses de recados ou reflexões sobre normas e regras
para o convívio harmonioso de todos na escola. Na sexta-feira é realizado o
momento Cívico durante a acolhida, onde todos cantam o Hino Nacional em sinal
de respeito e amor à Pátria, e uma apresentação (dança, música, poema, teatro),
com uma turma.
Uma vez na semana, na acolhida, o secretário da
Escola, Sr. Uesterdouglas, apresenta uma leitura por meio do teatro de
fantoches, com o auxílio de uma casinha de fantoches e de uma televisão, onde o
texto escrito/desenhado também vai sendo acompanhado pelos alunos. Os fantoches
interagem com eles e são lidos textos de literatura infantil.
Essa apresentação também ocorre em eventos
comemorativos, como no Dia da Mulher, por exemplo, sendo abordadas, em dueto
com algum outro funcionário colaborador, temáticas cômicas com alguma mensagem
reflexiva relacionada ao que está sendo comemorado.
1.3.4 Entrada e saída dos
estudantes
A escola possui dois períodos de funcionamento:
De segunda-feira a sexta-feira, no período matutino
das 07:00 as 11:00 horas e no período vespertino das 13:00 as 17:00 horas. No
momento da matrícula os estudantes e seus responsáveis são informados dos
horários de entrada e saída da escola e da necessidade do uso de uniforme para
frequentar as dependências da instituição. Além disso, o vigia é designado para
recepcionar os alunos e controlar entrada e saída no horário das aulas.
As situações extraordinárias, de entrada e saída de
alunos em horário pré-determinado, devem ser comunicadas à coordenação da
escola, que analisará a situação permitindo ou não a entrada e saída, sendo a
saída sempre acompanhada por responsável.
Esses cuidados são pensados em razão da segurança
de todos os alunos da escola. Já os pais têm acesso às dependências da escola
no momento que eles necessitarem.
1.3.5 Alimentação e higiene dos
estudantes
A alimentação
escolar é
adquirida através do pregão realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SMEC). As
aquisições relativas aos gêneros alimentícios são feitas através de Processo de
Pregão, realizado pela Secretaria Municipal de Educação. O
cardápio é servido conforme as normas do orientação da nutricionista da
Secretaria Municipal de Educação (SMEC), obedecendo às normas de higiene, bem
como os valores nutricionais. As refeições são servidas regularmente nos dois
períodos, cada turno possui seu horário de funcionamento para servir a alimentação
escolar: matutino às 08h e 55 min as 09 h e 15 min; vespertino às 14 h e 55 min
as 15 h e 15 min.
O cardápio fica exposto
de maneira acessível para o conhecimento prévio de toda a comunidade, sendo o
mesmo para os dois períodos de funcionamento da escola. As
técnicas em nutrição escolar servem a comida aos estudantes que recebem o prato
e se alimentam sentadas no refeitório, para se alimentarem adequadamente.
As merendeiras seguem
orientação quanto ao manuseio e condicionamento dos alimentos, além da garantia
e obrigatoriedade no uso dos equipamentos de segurança e higiene para
manipulação de alimentos. A cozinha passa por limpeza diariamente e faxina
quinzenal, onde são lavados todos os equipamentos e utensílios.
A escola conta com
profissionais da limpeza que seguem um cronograma diário para que todos ambientes
da escola se manterem sempre limpos, garantindo um ambiente escolar receptivo
para toda a comunidade escolar.
1.3.6 Procedimentos de matrícula
De acordo com a Resolução Normativa nº
002/2015-CEE-MT, nos termos do Art. 16, §1º e §2, a matrícula na Pré-Escola
deve ser efetivada para as crianças que completarem 4 (quatro) anos até 31 de
março do ano letivo em curso dessa matrícula, garantindo assim, o acesso, em
idade própria ao Ensino Fundamental e nos termos das normas nacionais vigentes
e do Art. 29 §1º da Resolução Normativa supracitada é obrigatória a matrícula
no Ensino Fundamental de crianças com 6 (seis) anos completos ou a completar
até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula, conforme orienta o Ato
Normativo 03/2015/CEE-MT.
As matriculas dos alunos obedecem ao edital
elaborado pela SMEC. Primeiramente as rematrículas dos alunos que já estudam na
escola e depois os alunos oriundos de outras instituições escolares. Para a
matricula do aluno é necessário a documentação: certidão de nascimento;
comprovante de residência do responsável; CPF do aluno; cartão SUS do aluno;
cópia do cartão de vacinas atualizado; histórico escolar ou atestado de
transferência, fotografia 3x4 e número de telefone para contato.
1.3.6.1 Matrículas de alunos estrangeiros
A Resolução Normativa nº 002/2019 orienta esta e
demais instituições do Sistema Estadual de Ensino sobre as matrículas de alunos
imigrantes, residentes fronteiriços, visitantes ou apátridas, cabendo a esta instituição
acolhê-los regida pela citada resolução e pelos seguintes princípios e
diretrizes nela contidas:
I. igualdade com os nacionais à inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à
segurança e à propriedade;
II. acesso a serviços públicos educacionais, sem
qualquer discriminação, em
razão da nacionalidade e da condição migratória;
III. acesso igualitário e livre a serviços,
programas e benefícios sociais, bens
públicos, educação, assistência jurídica integral
pública, trabalho, moradia,
serviço bancário e seguridade social;
IV. proteção integral e atenção ao superior
interesse da criança e do adolescente
estrangeiro;
V. promoção do reconhecimento acadêmico e do
exercício profissional no Brasil,
nos termos da lei;
VI. desenvolvimento pleno, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho, através da educação,
considerada direito de
todos, dever do Estado e da família, com a
colaboração da sociedade;
VII. igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
VIII. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
IX. gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais;
X. direito de ser respeitado por seus educadores;
XI. direito de contestar critérios avaliativos,
podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
XII. direito de organização e participação em
entidades estudantis;
XIII. repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e
a quaisquer formas de
discriminação;
XIV. repúdio à discriminação em razão dos critérios
ou dos procedimentos pelos
quais a pessoa foi admitida em território nacional;
XV. acolhida humanitária;
XVI. igualdade de tratamento e de oportunidade ao
migrante e a seus familiares;
XVII. promoção e difusão de direitos, liberdades,
garantias e obrigações do
migrante;
XVIII. observância ao disposto em tratados.
1.3.7 Organização da
Hora-Atividade
A Lei nº. 533 de 16 de dezembro de 2008, artigo 38,
inciso 2º diz:
§ 2º- Entende-se por
hora-atividade aquela destinada à preparação e avaliação do trabalho didático,
à colaboração com a administração da escola, às reuniões pedagógicas, à
articulação com a comunidade e ao aperfeiçoamento profissional, de acordo com a
proposta pedagógica da escola.
Os professores efetivos têm o direito a hora -
atividade são 6 horas, que são cumpridas dentro da Unidade escolar seguindo o
horário estabelecido ou de acordo com as peculiaridades de cada professor.
Porém a hora – atividade não beneficia os professores contratados, sendo que
estes profissionais ficam com a qualidade do trabalho prejudicada pois realizam
o planejamento em casa, sem os recursos necessários e sem o acompanhamento da
coordenadora pedagógica.
1.3.8 Organização da Formação
Continuada
A política educacional tem apostando e incentivado
nas últimas décadas na formação continuada dos professores através de várias
plataformas On-line e presenciais com o propósito de assegurar ao professor a
inovação de sua prática, aperfeiçoando seu conhecimento frente aos novos
desafios que a escola apresenta em termos culturais, políticos, econômicos e
tecnológicos, bem como na busca pela cidadania. A formação continuada ingressou
no Brasil e tomou forma a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB),
nº9394/96, que visa a valorização dos profissionais da educação, assim como uma
política para o magistério de melhor qualidade.
A LDB em seu artigo 64 assegura a formação continuada a todos os profissionais
que prestam serviço a qualquer rede de ensino, porque ela possibilita o
crescimento profissional dos professores, que articulam suas ações em projetos
de ensino em diferentes instituições para melhorar a Educação no país. Tendo
como principal objetivo o de adaptar a formação dos professores aos novos
tempos e as novas demandas educacionais, porque não se pode mais aceitar
profissionais da Educação com formação estável. O que se busca com a formação
continuada é crescimento profissional dos professores e seu domínio sobre a
cultura letrada, dentro de uma visão crítica e humanitária que leve ao
desenvolvimento das múltiplas competências profissionais.
Conforme Perrenoud, a formação de professores é,
portanto, necessariamente uma formação global da pessoa [2]. Será preciso
alargar a noção de competências para nela incluir todos os saberes-ser e traços
de personalidade requeridos pelo exercício da profissão docente.
(PERRENOUD,1997, p.180).
A Formação continuada orienta as ações que serão
desenvolvidas no âmbito da formação dos profissionais da Educação (Professores,
TAE e AEE), lotados na Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, no município de
Paranatinga-MT. A formação continuada na
escola é o cumprimento da política de formação dos profissionais da Educação Básica
do município de Paranatinga, entendida como espaço de formação em serviço tendo
como eixo essencial a formação na escola. O que possibilita a reflexão sobre as
necessidades e, por conseguinte, a intervenção no sentido de melhorar o fazer
pedagógico. Neste espaço, os profissionais podem trocar experiências sobre suas
atribuições; conhecer as legislações educacionais vigentes; estudar
conceituados autores; elaborar e desenvolver projetos e sequências didáticas
que visem à efetiva mudança da prática pedagógica; levantar as dificuldades da
escola e sugerir intervenções inovadoras.
Estes estudos objetivam inovar as práticas
docentes, fortalecendo as relações interpessoais entre os profissionais,
visando melhorar o nível de proficiência dos estudantes e elevar os índices nas
avaliações externas (Prova SAEB).
A formação em serviço possibilita um processo
contínuo de reflexões, leituras e discussões em que docentes e profissionais se
envolvam de forma dinâmica, interativa e colaborativa. Proporcionando diálogos
entre profissionais e equipe gestora, aprimorando os conhecimentos e a prática
educativa na busca de respostas, soluções e ações que visem superar ou
minimizar os problemas detectados, redimensionando as ações didáticas, focando
sempre na aprendizagem e permanência dos educandos.
A formação
continuada de professores é caracterizada como um conjunto de atividades
formativas desenvolvidas pelos professores em exercício visando o
desenvolvimento pessoal e profissional. Os encontros acontecem todas as
terças-feiras das 17:15 às 20:15 horas, com carga horaria de 81 horas/ano.
1.4
DIAGNÓSTICO DE INDICADORES EDUCACIONAIS
1.4.1 Resultados e Análises de Proficiência, Evasão, Matrícula, Fluxo,
Distorção Idade/Ano Saeb Nacional e a Avaliação Regional
1.4.1.2 Resultados e análises de Proficiência
Com base
nos resultados da Prova Brasil junto às turmas de 5º ano da Escola Municipal
Chapeuzinho Vermelho, o cálculo da proporção de alunos com aprendizado adequado
à sua etapa escolar sinalizou que, no ano letivo de 2015, 61% dos alunos
estavam com aprendizagem adequada em Língua Portuguesa (Leitura e
Interpretação) e 50% em Matemática (Resolução de Problemas).
Em 2017,
68% os alunos estavam com aprendizagem adequada em Língua Portuguesa enquanto
que apenas 32% estavam com aprendizagem adequada em Matemática, conforme mostra
tabela abaixo:
Nível de Proficiência |
2015 |
2017 |
||
Leitura e Interpretação
(Português) |
Matemática |
Leitura e Interpretação
(Português) |
Matemática |
|
Avançado |
33% (7 alunos) |
28% (6 alunos) |
28% (8 alunos) |
4% (1 aluno) |
Proficiente |
28% (6 alunos) |
22% (5 alunos) |
40% (11 alunos) |
28% (8 alunos) |
Básico |
33% (7 alunos) |
33% (7 alunos) |
24% (6 alunos) |
52% (14 alunos) |
Insuficiente |
6% (1 aluno) |
17% (4 alunos) |
8% (2 alunos) |
16% (4 alunos) |
Em 2015, de 24 alunos, 22 realizaram a Prova Brasil: 92% de taxa de
participação. Em 2017, de 27 alunos, 27 realizaram a Prova Brasil: 100% de taxa de
participação.
Fonte: Qedu
Conforme
dados recentemente divulgados de 2019, não foi possível auferir a quantidade de
alunos com aprendizagem adequada à sua etapa escolar devido à mudança na
sistemática de exposição dos dados obtidos, sendo que cada nível de
aprendizagem corresponde a aquisição de certas habilidades e capacidades dos
alunos, que vão do “0”, mais básico, até o “10”, mais avançado. Deduz- se,
portanto, que o objetivo da Escola é obter um número maior de alunos em níveis
de aprendizagem mais altos.
Seguem
dados abaixo:
Nível de Proficiência |
2019 |
|
Leitura e Interpretação
(Português) |
Matemática |
|
Nível 0 |
4.91% |
0.00% |
Nível 1 |
4.91% |
0.00% |
Nível 2 |
21.74% |
14.72% |
Nível 3 |
16.83% |
14.27% |
Nível 4 |
19.62% |
24.53% |
Nível 5 |
17.28% |
21.74% |
Nível 6 |
4.91% |
12.15% |
Nível 7 |
7.47% |
7.47% |
Nível 8 |
2.34% |
5.13% |
Nível 9 |
0.00% |
0.00% |
Nível 10 |
0.00% |
0.00% |
Em 2019, de 39 alunos, 41 realizaram a Prova Brasil: 105,13% de taxa de
participação (dados divulgados pelo Inep;considere-se possível erro).
Fonte: Inep
1.4.1.3 Fluxo e Evasão
A Escola
Municipal Chapeuzinho Vermelho recebe pessoas de todas as classes, regiões e
etnias, nas etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental nos anos iniciais.
A movimentação de alunos é constante devido à precariedade de trabalhos formais
e estáveis no município, sendo bastante comum a transitoriedade das matrículas.
Dentre os lugares de onde provém grande quantidade de alunos, destaca-se o
estado do Maranhão, sendo comum observar inclusive uma grande quantidade de
trabalhadores imigrantes advindos desse Estado para o município de Paranatinga.
No entanto, é elevado também o número de alunos advindos de outros municípios
do próprio Estado de Mato Grosso, sendo mais incomum a vinda de alunos das
regiões Sul e Sudeste do país.
O índice
de evasão encontra-se bastante controlado nesta instituição, principalmente por
tratarem-se de alunos com idade baixa e que não possuem autonomia para
faltar/abandonar a Escola. Essa é uma problemática melhor observável em turmas
dos anos finais do Ensino Fundamental e turmas do Ensino Médio, que não são
ofertadas nesta Escola.
No
entanto, ainda observam-se alguns poucos casos de abandono intelectual por
parte de alguns pais ou responsáveis, que são devidamente alertados quando os
alunos deixam de frequentar a Escola pelo período de 03 (três) dias
consecutivos, e/ou 25% (vinte e cinco por cento) do total da carga horária do
bimestre, e, não havendo justificativa razoável, a equipe gestora juntamente
com o professor do aluno preenchem uma ficha denominada FICAI (ficha de
comunicação de aluno infrequente), que é repassada aos órgãos competentes para
averiguar a situação, sendo eles a Secretaria Municipal de Educação e o
Conselho Tutelar.
Além disso,
a Escola realiza o controle de alunos que estão cadastrados no Bolsa Família,
através do “Sistema Presença”, onde os alunos precisam ter frequência mínima
mensal de 85% nas aulas, sendo necessário justificar a ausência caso ultrapasse
esse limite, correndo o risco de terem o benefício cortado.
Quanto à
taxa de rendimento, ressalta-se que a partir de 2015 a Escola adotou a
continuidade do fluxo de alunos do 1º ao 3º ano, sendo evitada a reprovação de
alunos nessa fase escolar, conforme ampara a resolução estadual nº
002/2015-CEE/MT, em seu artigo 89.
Seguem
abaixo dados referentes às taxas de rendimento de 2010 até 2019, do 1º ao 5º
ano:
|
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
2014 |
2015 |
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
Reprovação |
7,6% |
7,4% |
6,9% |
5,8% |
2,7% |
0,5% |
2,5% |
0,4% |
2,9% |
0,0% |
Abandono |
0,0% |
0,0% |
0,0% |
0,0% |
0,5% |
0,0% |
0,0% |
0,0% |
0,0% |
0,0% |
Aprovação |
92,4% |
92,6% |
93,1% |
94,2% |
96,8% |
99,5% |
97,5% |
99,6% |
97,1% |
100,0% |
Fonte: Qedu
1.4.1.4 Matrícula
Ano após
ano, o número de alunos matriculados nesta Escola bate seguidos recordes. A
justificativa para isso é que ela está inserida no bairro mais populoso de
Paranatinga, o bairro Vila Concórdia.
A
infraestrutura desta Escola, apesar de adequada para receber a quantidade de
alunos que recebe, é insuficiente para atender à demanda crescente de alunos no
bairro e proximidades, sendo necessária a construção de mais salas de aula.
Atualmente,
devido à pandemia por Covid-19 e o receio de muitos pais/responsáveis em
matricular as crianças, apesar das aulas estarem sendo ministradas de forma on
line e através da entrega programada de apostilas, o número de alunos em
comparação ao ano letivo anterior (2020) sofreu uma redução.
Seguem
abaixo dados referentes ao número total de alunos matriculados no final de cada
ano letivo, a partir de 2015:
Ano |
Quantidade total de alunos |
2015 |
210 |
2016 |
293 |
2017 |
317 |
2018 |
318 |
2019 |
351 |
2020 |
422 |
Maio/2021 |
325 (cursando) |
Fonte: Sistema Omega/Escola
Campeã
1.4.1.5 Distorção Idade/Ano
Este definitivamente não chega a ser um problema,
uma vez que alunos com defasagem idade-série, após devida orientação aos
pais/responsáveis, têm suas matrículas encaminhadas para Escolas estaduais, que
estão melhor preparadas para recebê-los, pois possuem alunos com idade mais
avançada, facilitando a interatividade entre eles.
No entanto, ainda observa- se alguma pequena
defasagem, principalmente em anos superiores (4º e 5º), conforme mostram tabelas
abaixo, com dados disponíveis a partir de 2016:
2016 |
Ano Cursado |
|
1º ano |
0,0% |
|
2º ano |
0,0% |
|
3º ano |
0,0% |
|
4º ano |
15,6% |
|
5º ano |
6,4% |
|
2017 |
1º ano |
0,0% |
2º ano |
3,2% |
|
3º ano |
0,0% |
|
4º ano |
6,7% |
|
5º ano |
0,0% |
|
2018 |
1º ano |
1,3% |
2º ano |
1,5% |
|
3º ano |
4,1% |
|
4º ano |
6,7% |
|
5º ano |
15,0% |
Fonte: MEC/Clique Escola
1.4.1.6 Nota SAEB
Língua Portuguesa
Com base
nos resultados da Prova Brasil 2013, os indicadores referentes ao Ensino
Fundamental nos anos iniciais, em Língua Portuguesa, indicaram 205,91 pontos
para a Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, estando acima da média municipal
que foi de 187,39 pontos, da média estadual que foi de 185,66 pontos e da média
nacional que foi de 195,91 pontos.
Em 2015,
a Escola aumentou seu nível de proficiência em Língua Portuguesa, saltando para
224,45 pontos, acima das médias municipal (199,98), estadual (199,19) e
nacional (207,57).
Em 2017,
a Escola teve uma redução em seu indicador, passando a contabilizar 216,74
pontos, ainda acima das médias municipal (211,12), estadual (206,07) e nacional
(214,54).
Em 2019,
a Escola totalizou 202,12 pontos, o município 209,65 pontos, o Estado 208,85
pontos e o país 214,64 pontos.
Matemática
Com base
nos resultados da Prova Brasil 2013, em Matemática, a Escola Municipal
Chapeuzinho Vermelho totalizou a média de 233,79 pontos, bem acima das médias
municipal (202,29), estadual (199,62) e nacional (211,21).
Em 2015,
a Escola aumentou seu indicador, passando para 228,10 pontos, acima das médias
municipal (213,61), estadual (209,49) e nacional (219,30).
Em 2017,
a Escola teve uma drástica redução nesse indicador, passando para 209,11
pontos, abaixo de todas as demais esferas, sendo a média municipal de 216,31
pontos, a estadual de 214,42 pontos e a nacional de 224,10 pontos.
Em 2019,
a Escola totalizou 222,52 pontos, frente a 224,59 pontos do município, 220,51
pontos do Estado e 227,88 do país.
Ideb
A partir
dos dados acima, além de outros indicadores, é possível obter o Ideb (Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica), criado em 2007, pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a
qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do
ensino. Segue abaixo tabela Ideb desta Escola de 2013 a 2019:
Ano |
2013 |
2015 |
2017 |
2019 |
2021 |
Meta Projetada |
- |
6,1 |
6,3 |
6,5 |
6,7 |
Ano |
2013 |
2015 |
2017 |
2019 |
Ideb |
5,8 |
6,3 |
5,9 |
5,9 |
Fonte: Inep
Conforme
observado, a partir de 2013, que foi o ano em que esta Escola passou a contar
com turmas de 5º ano e, portanto, passou a ser calculado seu IDEB, houve uma
evolução na nota observada. No entanto, em 2019 houve estagnação, longe da meta
de 6,5 pontos, passando a ser um desafio para a equipe docente superar as metas
projetadas, algo que não acontece desde 2017.
1.4.1.7 Avaliação Estadual
A
Avaliação – SAEB-MT/2017, faz parte do IV Módulo do Programa Avalia- MT
(Avaliação da Aprendizagem) é um Programa estratégico do Estado de Mato Grosso
desencadeado pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc –
MT) através da Secretaria Adjunta de Gestão Educacional e Inovação e a
Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais concebido para produzir
informações sobre o aprendizado dos estudantes da rede estadual de Educação Básica
em Língua Portuguesa e Matemática.
A
avaliação do SAEB-MT/2017, foi aplicado aos alunos do 5º e 9º ano do Ensino
Fundamental e 3º ano do Ensino Médio em 141 municípios, 607 escolas, 3.348
Turmas e para 84.186 alunos.
No
entanto, infelizmente essa avaliação não é realizada junto às escolas
municipais do Estado. Ademais, não se sabe o motivo da não- continuação de sua
aplicação em anos posteriores.
1.4.1.8 Avaliação Municipal
A nível
municipal, a partir da coordenação e planejamento de estratégias entre a
Secretaria Municipal de Educação e a empresa especializada Quality Brasil, para
o fortalecimento do Ensino em Paranatinga-MT com a realização de várias
capacitações, seminários e fóruns direcionados à equipe docente e gestora das
Escolas, houve a realização, em 2019, de uma avaliação diagnóstica junto aos
alunos da rede municipal, cujos resultados estiveram disponíveis para que a
própria rede municipal pudesse destrinchá-los e atuar a partir deles, passando
a ser mais uma importante ferramenta de compreensão sobre a realidade escolar e
de alinhamento das iniciativas escolares no combate aos principais entraves
relacionados ao processo de ensino-aprendizagem.
No
entanto, em 2021, essa parceria encontra-se suspensa devido a fatores diversos.
1.4.1.9 Programa Mais Alfabetização
Programa
ofertado pelo MEC para realização de diagnósticos de alfabetização junto às
turmas do 1º ao 2º ano do Ensino Fundamental. Esta escola aderiu ao programa em
2018 e 2019, sendo que em 2020 o Programa foi pausado devido à Pandemia por
Covid-19.
O programa
possibilitou o fortalecimento da formação do professor alfabetizador que passou
a contar com o apoio de uma assistente de alfabetização, com direito a uma
remuneração, visando, sobretudo, na melhoria dos índices de alfabetização das
Escolas.
Foram
realizadas avaliações periódicas, com lançamento das notas em um portal
específico, cujos diagnósticos puderam ser acessados pelos(as) docentes e
Coordenador(a) Pedagógico(a) para uma melhor compreensão dos processos de
ensino que afetam essa fase escolar.
1.5 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR
DIMENSÃO I – AMBIENTE EDUCATIVO
1.5.1.
Análise do relacionamento interpessoal e atendimento à diversidade
A Escola acaba por ser um dos principais espaços
sociais tanto do aluno como do profissional que ali presta seu trabalho. Por
isso são espaços representados por uma diversidade marcante e, por vezes,
geradora de conflitos. O que não pode ser comum é o desprezo em relação aos
incômodos causados, devendo ser feito um trabalho de tolerância entre os
sujeitos do ambiente educativo.
Depois do ambiente familiar, a Escola é o local de
mais impacto na vida e na formação da personalidade do estudante, independente
da sua idade. Por representarem uma figura de autoridade, o professor acaba
sendo um exemplo para o aluno. Suas atitudes negativas ou positivas refletem
diretamente no aluno.
O contexto escolar é especialmente favorável à
construção da cidadania, e os adultos assumem como parte de sua
responsabilidade profissional a Educação para a vida na esfera pública, o que
inclui disposição para o diálogo, para a relação positiva com as diferenças,
para a tolerância e para o respeito mútuo. Quanto ao atendimento à diversidade
sabe-se que a Escola em geral é marcada pela busca da homogeneização do ensino,
que acaba rotulando alguns alunos e assim deixando-os à margem da
escolarização.
Quando estas situações não levam à evasão, causam o
bullying, levam os estudantes a atendimento especializado e outras. Se a
Escola não tem um trabalho específico e atento para a diversidade carregada de
rotulação, discriminação e exclusão contribuem para aprofundar as desigualdades
ao invés de combatê-las.
O reconhecimento e a abordagem da diversidade, sem
enfatizá-la no ambiente educativo, pode ser a saída para que as diferenças não
se transformem em desigualdades e desvantagens entre os alunos.
Proporcionar as mesmas oportunidades a todos eles
são um importante valor de transformação e de oferecimento de uma Educação de
qualidade, que, assim, ocasionará numa Escola inclusiva.
É importante que haja um trabalho de aproximação
destes sujeitos, de estreitamento de afetividades, de conhecimento da vida de
cada um para que se valorize e se tolere mais os indivíduos e seus
problemas/conflitos.
Oferecer oportunidades a todos para compensar as
desigualdades, mas não formadora de indivíduos homogêneos. Outro ponto é
reconhecer as diferenças individuais, sociais e culturais para a partir delas
orientar a ação educacional.
1.5.2 Análise das normas de
convivência
As normas
de convivência na escola são conhecidas e consideradas boas, onde alunos, servidores
e pais respeitam e conhecem as regras, mesmo assim a escola busca
constantemente orientar a todos sobre o respeito ao próximo, valores sociais,
conhecimentos, atitudes e competências que permitam principalmente ao aluno
atuar no meio em que vive, melhorando sua convivência tanto em casa como na
escola.
Os
professores são orientados pela gestão a fazer um Contrato didático com os
alunos de cada turma. Os estudantes constroem as normas e regras de convivência
na sala juntamente com seu regente.
Pequenos conflitos geralmente são resolvidos pela própria equipe da
escola, sendo professores, diretor e coordenadores por meio de uma boa
conversam, registro em ata e dependendo do caso comunicação aos pais. Numa
situação onde os alunos infringem a lei ou as regras da Escola dispostas no
Regimento Escolar a ocorrência é registrada e a família e o Conselho Tutelar são
acionados.
1.6 DIMENSÃO II – PRÁTICA
PEDAGÓGICA
1.6.1 Análise do trabalho com a
diversidade
Na pratica pedagógica na escola necessita criar
mecanismos proporcionar de forma satisfatória relacionamento entre os
profissionais da Educação com o objetivo de respeitar as diversidades que a
escola contem.
1.6.2 Análise da proposta
pedagógica, do planejamento escolar e dos recursos de ensino-aprendizagem
utilizados
A proposta pedagógica da escola está prevista na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação– LDBEN 9394/96 e tem como objetivo
principal garantir a autonomia das instituições de ensino no que se refere à
gestão de suas questões pedagógicas.
Em linhas gerais, trata-se de um documento que
define a linha orientadora de todas as ações da escola, desde sua estrutura
curricular até suas práticas de gestão.
O planejamento escolar, assim como a proposta
pedagógica, é uma ação garantida pela LDBEN. Por meio dessa lei é assegurado
que todos os profissionais que atuam na área de Educação possam contar com um
tempo destinado para pensar, apontar e efetuar o planejamento pedagógico,
obtendo assim um melhor controle das atividades educacionais que irão ocorrer
durante o ano letivo.
O planejamento pedagógico é a programação para o
ano letivo inteiro e ocorre antes das aulas iniciarem, na chamada Semana
Pedagógica.
Esse planejamento conta com bastante relevância e
surge a partir do momento que determinadas metas e alguns objetivos são
propostos pela escola, como a implantação da BNCC – Base Nacional Curricular
Comum (2017).
Os recursos
servem para desenvolver as aulas, auxiliam o processo de ensino e aprendizagem.
São os materiais didáticos, meios auxiliares no desenvolvimento do ensino e da
aprendizagem, que possuem caráter instrumental. Esses recursos devem estar
disponíveis pelo aluno e na instituição de ensino, a fim de organizar situações
didáticas em que possam utilizar estes materiais e as novas tecnologias.
Com a utilização de recursos didático-pedagógicos,
pensa-se em preencher as lacunas que o ensino tradicional geralmente deixa.
Assim, além de expor o conteúdo de uma forma diferenciada, faz com que os
alunos participem do processo de aprendizagem.
De acordo com Souza (2007, p. 111), “recurso
didático é todo material utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do
conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos”.
O processo de ensino e aprendizagem em sala de aula
exige cada vez mais dedicação do professor para que o conteúdo ministrado seja
trabalhado de uma forma dinâmica, eficiente e prazerosa. Assim, os professores
assumem um papel de suma importância.
1.6.3 Análise do incentivo à
autonomia e ao trabalho coletivo
A escola tem
proporcionado momentos de estudo entre as turmas, disciplinas e
interdisciplinar, para elaboração e desenvolvimento do planejamento e projetos
o que garante uma autonomia do profissional e do estudante.
Através
desses estudos a escola vem desenvolvendo vários projetos que englobam
coletivamente várias áreas do conhecimento.
O incentivo à autonomia deve ser constante e real
nas instituições de educação, pois é a busca pela qualidade com equidade e o
fortalecimento da escola.
Quando a
autonomia é vista como uma forma de inserir a comunidade no processo decisório
da escola, a gestão democrática passa a ser uma prática presente na escola que
procura deixar de lado as práticas autoritárias que estão em vigor na
sociedade, assumindo uma postura de participação e emancipação.
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho,
encontra-se organizada e busca essas dimensões da autonomia escolar. O Conselho
Escolar (Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, etc.) é atuante diante das
tomadas de decisões, na elaboração de planos, programas e projetos. A
comunidade, portanto, participa, de forma democrática.
A coordenação, nos momentos de formação, consegue
trabalhar a proposta pedagógica e curricular, comum e diversificada com os
educadores e que preparam seus planos usando das atividades
pedagógico-curriculares.
A autonomia pedagógica e a busca pelo trabalho
coletivo da escola tem sido uma grande preocupação desta instituição, pois esta
ação prima pela qualidade pedagógica e que acabe por promover um ensino de
qualidade em sala de aula.
1.6.4 Análise da prática
pedagógica inclusiva
A escola apresenta uma demanda diversificada quando
se trata de inclusão, para tal a escola proporciona mecanismos que visam
fortalecer a inclusão, possibilitando que estes estudantes sintam se
pertencentes à escola.
Os professores que atuam nas salas com alunos
especiais, bem como os demais profissionais envolvidos, realizam intervenções
de acordo com a necessidade dos alunos. São utilizados métodos diversificados
que visam facilitar o processo de ensino-aprendizagem de modo a contemplar toda
a diversidade.
No entanto, algumas patologias apresentadas
demandam formação especifica e muitas vezes não é garantido o acesso do mesmo a
essas formações, pois são ministradas em período letivo e não dão suporte a
participação do profissional.
1.7 DIMENSÃO III – AVALIAÇÃO
1.7.1 Análise do monitoramento do
processo de aprendizagem dos alunos - Diário Eletrônico
No início do ano letivo logo é liberado o acesso
para lançamentos ao Diário on line (Escola Net).
De acordo com o calendário escolar e horários,
sempre há o acompanhamento por parte da equipe gestora dos lançamentos no diário
eletrônico, nos quesitos chamadas, conteúdos e notas. Espera-se que alguns
profissionais melhorem a pontualidade no lançamento.
1.7.2 Análise dos mecanismos de
avaliação dos alunos
A avaliação é a reflexão transformada em ação, esta
ação nos impulsiona à novas reflexões para analisar o nível de aprendizagem dos
alunos com relação ao conteúdo e habilidades desenvolvidos.
Esta é realizada através de Provas escritas,
apresentação oral, observação constante do aluno, trabalhos individuais e em
grupos, participação e frequência. Todos os resultados avaliativos geram
estudos e análises por parte do professor, que assim vai criando sua própria
metodologia de análise de dados e consequente ação pedagógica para descobrir
quais habilidades precisa ser trabalhada para sanar as dificuldades do aluno.
Os dados de avaliações internas como resultado
final, conselho de classe, números de alunos com desafios de aprendizagem e
externas como SAEB e outras, são divulgadas, discutidas, analisadas,
socializadas com a comunidade escolar em reuniões pedagógicas, com os pais e em
momentos de formação com os profissionais.
De
acordo com o regimento escolar o mecanismo de avaliação é feito de forma
somatória, sendo 4,0 pontos de participação e assiduidade, os demais pontos 6,0
são atribuídos de acordo com a metodologia de avaliação empregada pelo
professor, ou seja, através de provas, trabalhos em grupos e individual
escritos, trabalhos em grupos orais (seminários) e atividades em sala e extraclasse.
1.7.3 Análise dos acessos e
compreensão dos indicadores oficiais de avaliação
Os dados de avaliações
internas como resultado final, conselho de classe, números de alunos com
desafios de aprendizagem e externas como SAEB e outras, são divulgadas,
discutidas, analisadas, socializadas com a comunidade escolar em reuniões
pedagógicas, com os pais e em momentos de formação com os profissionais.
Embora a escola
apresenta indicadores oficiais de avaliação não favoráveis, a rotatividade de
professores e alunos dificulta a compreensão para continuidade do
desenvolvimento dos indicadores.
1.7.4 Análise da avaliação do
trabalho dos profissionais da escola
Os profissionais são comprometidos e tem
consciência do seu papel fundamental na formação dos alunos.
No entanto há ainda alguns ajustes a serem feitos,
por exemplo, na pontualidade dos lançamentos do diário online, acompanhamento
do desempenho dos alunos em sala de aula, planejamento das atividades a serem
realizadas diariamente e uso do tempo para atividades de aprendizagem.
1.8 DIMENSÃO IV – GESTÃO ESCOLAR
DEMOCRÁTICA
1.8.1 Análise da democratização
das informações
As informações circulam de maneira rápida e precisa
entre pais, professores, demais profissionais da escola, alunos e outros
membros da comunidade escolar.
A equipe escolar trabalha com
transparência na questão do acesso à informação e todos os repasses- são feitos
conforme orientação da SMEC, Secretaria de Educação; as portarias e orientativos
são lidos coletivamente nas reuniões pedagógicas ou de formação de acordo com a
demanda.
Também é conhecimento do coletivo da escola
todas ações desenvolvidas pela equipe gestora, bem como desafios, sonhos e
perspectivas.
1.8.2 Análise da participação da
comunidade escolar
A comunidade em geral, pais, responsáveis e outros
envolvidos na vida escolar dos alunos são participativos em determinadas
questões que envolvem a escola, como comemorações, datas tradicionais-festas
juninas, dia das mães e dos pais.
Também se percebe empenho dos pais em comparecer
para resolver conflitos e problemas de comportamento quando solicitados, no
entanto, quando se trata da participação na vida escolar e acompanhamento das
atividades e crescimento intelectual dos filhos, espera-se que melhorem sua
participação.
1.8.3 Análise da interação com os
órgãos oficiais e parceiros
A escola tem boa comunicação com os referidos
órgãos e sempre que necessário pode contar com parceiros da comunidade escolar
e externa, igrejas, comércio, Conselho Tutelar, Ministério Público, Secretaria
de saúde e demais entidades que se fazem necessárias ao andamento do processo
educativo.
1.8.4 Análise do tratamento aos
conflitos na escola
Os conflitos são resolvidos na medida do
possível visando a uma posição ética para melhor compreensão e resolução do
caso de maneira justa e imparcial.
Os pequenos conflitos na sala de aula são
resolvidos pelo próprio professor, o qual adverte verbalmente os mesmos
fazendo-os refletir sobre as consequências dos seus atos em sua própria vida e
aos demais.
Quando o caso requer mais atenção são encaminhados
para a coordenação/direção para convocação dos pais. Geralmente essas medidas
são suficientes.
No entanto, o principal desafio na gestão dos
conflitos se refere ao descomprometimento de alguns pais/responsáveis no
acompanhamento do comportamento das crianças na escola, os quais são levados a
refletir sobre uma melhor atuação para benefício do aluno e demais colegas.
Infelizmente, a participação de pais/responsáveis nas reuniões pedagógicas
ainda está longe de ser adequada, pese as medidas de conscientização que
frequentemente são tomadas pela equipe gestora/pedagógica.
1.9 DIMENSÃO V – FORMAÇÃO E
CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
1.9.1 Análise da formação
continuada
O Projeto de Formação Docente na Escola é o
cumprimento da Política de Formação dos Profissionais da Educação Básica de
Mato Grosso, entendida como espaço de formação em serviço tendo como eixo
essencial a formação dos profissionais da escola, proporcionando-lhes
atualização e estudo coletivo.
E tem como objetivo pensar e refletir sobre as
práticas e atuação docentes, aprender e compreender sobre a realidade social
contribuindo nas intervenções necessárias ao fazer pedagógico.
Neste espaço, proporcionar a troca de experiências
sobre a prática, elaborar e desenvolver projetos em cooperação com as diversas turmas
buscando novos conhecimentos teórico-metodológicos visando a efetiva mudança da
prática pedagógica no intuito de profundar os conhecimentos já adquiridos,
melhorar o desempenho em nossas atribuições e elevar o nível de proficiência
dos estudantes, com isso alcançar melhores índices nas avaliações externas
(IDEB, PROVA SAEB). Possibilitar um processo contínuo de reflexão, leituras e
discussões em que docentes se envolvem de forma dinâmica, interativa e
colaborativa.
O Projeto de Formação Docente, de acordo com o que
preconiza o Orientativo Pedagógico, terá a duração de 81 (oitenta) horas. A
formação pedagógica acontece toda terça-feira, das 17:00 as 19:00.
Precisa melhorar, considerando que a Formação
Continuada é essencial, pois a formação inicial não supri todas as necessidades
de sala de aula, bem como não acompanha as diversas transformações que o
profissional para a sua atuação na escola.
A Formação Continuada é estruturada pela própria
unidade escolar, porém, sob a orientação do Secretaria de Educação as temáticas
abordadas incluem assuntos que contribuem para o cotidiano da unidade, bem como
os índices de avaliações externas, no objetivo de melhorar o
ensino-aprendizagem.
Apesar de todos os profissionais serem habilitados
em suas funções, precisam de mais formação, já que os desafios de aprendizagem
aumentam significativamente.
A equipe gestora se reúne com professores e servidores
sempre que necessário para discussões do planejamento e práticas pedagógicas,
que também não é suficiente para ajudar o professor, já que tem outros assuntos
burocráticos nos quais são cobrados pela Secretaria Municipal de Educação e Comunidade
Escolar.
Desta forma, a Formação Continuada é o momento de
produção e reflexão, é de forma clara o estimulo para que o desenvolvimento da
escola ocorra.
1.9.2 Análise da suficiência da
equipe escolar
A equipe Escolar é formada por 01 Diretora, 01
Secretário Escolar, 01 Coordenadora Pedagógica, 19 Professoras, 01 Profissional
de Atividades Pedagógicas Desenvolvidas na Biblioteca Escolar (desvio de
função) ,01 Profissional de Apoio ao Professor em sala de aula (desvio de
função), (01) TDI (Técnica em Desenvolvimento Infantil), 01 Articuladora
Pedagógica, 05 Apoio Escolar/Limpeza, 02 Apoio Escolar /Nutrição, sendo uma em
desvio de função, 04 Apoio Escolar/Vigia.
A equipe escolar encontra-se em defasagem referente
ao número de profissionais de nutrição escolar, sendo necessária a contratação
de mais uma, devido ao elevado número de alunos e, com isso, à descomunal carga
de trabalho.
O número de profissionais de limpeza está acima do
adequado (que seriam 03) devido a que algumas dessas profissionais enfrentam
problemas de saúde e estarão em “desvio de função”, porém estão provisoriamente
com perícia/laudo médicos vencidos e buscando adequação referente a
apresentação desses laudos.
1.9.3 Análise da assiduidade e da
estabilidade da equipe escolar
A equipe escolar demonstra assiduidade, salvo os
profissionais que apresentam atestado médico, os quais são aparados por lei. Há uma grande rotatividade de servidores, devido
ao elevado número de profissionais contratados.
1.10 DIMENSÃO VI – AMBIENTE
FÍSICO ESCOLAR
1.10.1 Análise dos recursos
físicos, materiais e pedagógicos levando em consideração a suficiência, a
qualidade e o aproveitamento
A escola oferece um
ambiente físico amplo, 01 cozinha, 01 ampla área para as crianças se
alimentar, com mesas e bancos,16 salas
de aula, 01 laboratório de aprendizagem, 01 biblioteca, 01 sala dos
professores, 01 banheiro e banheiro masculino e feminino para os alunos com adaptação para criança especial, 01
banheiro masculino e feminino para os servidores, 01 almoxarifado,01 o parquinho
que apresenta poucos brinquedos precisando
ser melhorado, 01 quadra de esportes de areia, 01 secretaria, 01
direção/coordenação. A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, necessita de uma
quadra de esportes coberta, a qual já possui Projeto em andamento e em breve
será iniciada a fase de construção, com a ajuda de uma emenda parlamentar. A
entrada da Escola também necessita de cobertura do portão até o centro, para
melhor o acesso da comunidade escolar.
RECURSOS MATERIAIS E PEDAGÓGICOS: A escola
apresenta uma diversidade no acervo de livro didáticos. Em relação ao material
para o desenvolvimento de projetos e metodologias diferenciadas, tem vários
equipamentos que favorecem a didática, porem quando necessário, a equipe
gestora tenta ao máximo suprir todas as solicitações de materiais, de modo a
incentivar as práticas pedagógicas.
1.11 DIMENSÃO VII – ACESSO,
PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
1.11.1 Análise do fluxo
(frequência, retenção e evasão escolar dos alunos)
No ano letivo de 2020, não houve evasão e retenção
de alunos nesta unidade escolar, para os alunos que têm 3 faltas consecutivas,
a escola entra em contato com a família, logo preenche a fica FICAI (Ficha de
Acompanhamento de Aluno Infrequente e Indisciplinado) e encaminha ao Conselho
Tutelar, que entra em contato com a família, apresentando uma devolutiva à
unidade escolar. Já o sucesso do aluno parte do diagnóstico aplicado
bimestralmente que identifica a dificuldade de aprendizagem do mesmo e na
sequência é elaborado o plano de ação de intervenção que será executado e
avaliado constantemente.
1.11.2 Análise da atenção
dedicada aos alunos com defasagem de aprendizagem
Todo início de ano letivo, a escola realiza o
diagnóstico inicial e encaminha os alunos para o Laboratório de Aprendizagem,
socializa com os pais a necessidade de cada aluno e a professora organiza um
horário semanal de reforço escolar. Ocorre que nem todos os alunos participam,
pois muitos pais não valorizam essa ação e não encaminham seus filhos na data e
horário agendados. Precisa melhorar, pois a unidade ainda não consegue atender um
número significativo de alunos com defasagem de aprendizagem, e alunos não
podem frequentar o contra- turno.
1.11.3 Análise do acesso e
compreensão dos indicadores oficiais de avaliação (interno e externo)
Precisam melhorar, são
amplamente divulgados, discutidos, analisados, comparados e socializados com a
comunidade escolar em reuniões pedagógicas, com os pais e em momentos de formação
com os profissionais, porém não há efetividade na aplicação pós-análise para
melhora-los.
2. MARCO
CONCEITUAL
2.1 PRESSUPOSTO TEÓRICOS,
FILOSÓFICOS E METODOLÓGICOS
2.1.1
Filosofia da Instituição
Ser cidadão significa ser tratado com urbanidade e aprender a fazer o
mesmo com as demais pessoas, ter acesso às formas mais interessantes de
aprender e enriquecer-se com a troca de experiências com os outros indivíduos.
Isso implica tomar consciência de problemas coletivos e relacionar a
experiência da própria comunidade com o que acontece em outros contextos. A Educação
para cidadania inclui tomar a perspectiva do outro – da mãe, do pai, do
professor infantil, de outra criança, de quem perdeu a mãe, ou de quem tem o
pai muito doente ou preso na penitenciária – É ter consciência dos direitos e
deveres próprios e alheios (OLIVEIRA, 2002, p. 52).
A Escola
Municipal Chapeuzinho Vermelho tem como
filosofia possibilitar aos alunos um ambiente voltado para o saber refletir,
saber ser crítico, saber inovar, saber fazer e saber ser ético, de forma
integrada à família e à comunidade, visando à inclusão dos mesmos como cidadãos
de direitos e deveres em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental onde o
sujeito interage na construção de saberes vivenciando o respeito, a cooperação,
a afetividade e a responsabilidade, partindo de uma visão educacional em busca
de conhecimentos necessários ao desenvolvimento de suas potencialidades e à
compreensão da realidade social, propondo a formação de cidadãos
participativos, comprometidos, críticos, com capacidade criadora e com
autonomia intelectual e profissional para o exercício da cidadania. Na sua
dimensão política, propõe a reflexão de ações necessárias para assegurar um
ensino de qualidade, garantindo o acesso e a permanência do aluno na escola,
para a construção de uma nova realidade, rompendo com as resistências em
relação às novas práticas educativas.
2.1.2 Objetivos e Metas da Instituição
Objetivo Geral (habilidade):
Desenvolver
na criança a capacidade individual de estabelecer novas relações entre
situações já vivenciadas e as que serão apresentadas, desenvolvendo a
autoconfiança, senso de liberdade e de responsabilidade individual e coletiva,
questionando e formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando
para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de
análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. Elaborar e desenvolver um currículo de
ensino partindo do conhecimento da realidade local para uma dimensão global
nacional, definir intenções, suas ações e direção a ser seguida na busca do
sucesso na escola, vida social e no trabalho, dentro das diretrizes da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).
Objetivos Específicos
I.Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no
dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
II. Posicionar-se de maneira crítica,
responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o
diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
III.Conhecer características
fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio
para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o
sentimento de pertinência ao País;
IV.Conhecer e valorizar a
pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos
socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer
discriminação baseada em diferentes culturas, de etnia ou outras
características individuais e sociais;
V.Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos ativamente para a melhoria do meio ambiente;
VI.Desenvolver o conhecimento
ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança e suas capacidades afetiva,
física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção
social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da
cidadania;
VII.Conhecer e cuidar do próprio
corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da
qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde
coletiva;
VIII.Utilizar as diferentes linguagens
– verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir,
expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções
culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e
situações de comunicação;
IX.Saber utilizar diferentes fontes
de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
X.Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de
resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a
intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e
verificando sua adequação;
XI.Assegurar e desenvolver o direito democrático da escola nas
tomadas de decisões;
XII.Propiciar um ambiente agradável para a
efetivação de um trabalho coletivo e individual;
XIII.Planejar e executar ações pedagógicas para melhorar
a convivência democrática na escola;
XIV.Garantir ao aluno um currículo de qualidade e
assegurar os aspectos sócio-histórico-culturais e o respeito às suas diferenças,
de outros povos e nações;
XV.Tentar compreender e buscar soluções para o problema da
evasão escolar;
XVI.Reorganizar as atividades com intenção de
formar um estudante crítico, um aluno consciente capaz de compreender e
criticar a realidade em que está inserido;
XVII.Promover a qualificação
contínua dos professores e demais servidores da instituição escolar;
XVIII.Melhorar, promover e
fortalecer o relacionamento da escola com a comunidade em que está inserida;
XIX.Investir na formação continuada dos
profissionais da educação.
2.1.3 Concepções de:
2.1.3.1 Educação
Segundo Freinet, a Educação é entendida como
um processo dinâmico que se modifica com o tempo e que está determinada pelas
condições sociais. Ele dá grande importância à participação e integração entre
família/comunidade e escola, defendendo o ponto de vista de que “quando se
respeita a palavra da criança, necessariamente há mudanças”. Desta maneira é
preciso, transformar a escola para adaptá-la à vida e para readaptá-la ao meio.
Esta tarefa estaria nas mãos do professor, que obtêm sucesso quando toma
consciência de que a Educação é uma necessidade, uma realidade. Ele acredita no
poder transformador da educação. O trabalho é algo que deve ser valorizado e
praticado cotidianamente. A Educação é uma preparação para a vida social; esta,
por sua vez é uma das razões de advogar o trabalho cooperativo como vias para
transformar a sociedade.
Vygotsky
em sua obra – “Aprendizagem e Desenvolvimento Intelectual na idade escolar”
afirma que a Educação é o processo de construção da capacidade cognitiva de um
indivíduo e deve estar comprometida com a sua formação plena, promovendo o
despertar da criatividade, sensibilidade, o acesso à cultura e tecnologia, como
também, a conservação do meio ambiente, para sua própria sobrevivência. De
acordo com a abordagem Vygotskyana entendemos que o processo de construção do
conhecimento ocorre através da interação do sujeito, historicamente situado com
o ambiente sociocultural onde vive.
Na visão
de Wallon, a Educação deve tomar como referência toda a experiência de vida
própria do sujeito. Wallon (1995) ressalta que é necessária uma visão histórica
para o processo educacional, considerando a observação como fator determinante
para a compreensão do ser em sua totalidade. Assim, afirma: “Só podemos
entender as atitudes da criança se entender a trama do ambiente no qual está
inserida”.
Freire,
acreditava numa Educação libertadora defendendo assim a Educação como liberdade
pautada num diálogo entre educando e educador. Paulo Freire (1985) destaca o
diálogo como a forma mais segura para a Educação e a libertação de todos os
homens, opressores e oprimidos. Baseada em concepção de homem e de mundo
supera-se a relação vertical, estabelecendo-se a relação dialógica. “O dialogo
supõe troca, os homens se educam em comunhão, midiatizados pelo mundo.”.“...E
educador já não é aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é
educado, em diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa...” A Educação
problematizadora responde a essência do ser e da sua consciência, que é a
intencionalidade.
Outros estreitamentos
podem-se encontrar na perspectiva dos dois autores, considerando o pressuposto
básico da concepção Freireana da Educação para a libertação como um processo de
comunhão entre os homens e as mulheres e a concepção interativa de
desenvolvimento individual e social como propõe a teoria Vygotskyana.
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, com base
em leitura dos teóricos acima citados pretende trabalhar com uma concepção de Educação
que valorize os conhecimentos prévios do aluno e a realidade em que está
inserido, problematize o ensino, faça uso de situações-problema; permita o
aluno posicionar-se e ser questionador, incentive a pesquisa dentro e fora da
escola; garanta o brincar, falar, movimentar, pensar e observar dos educandos e
envolva a família e a comunidade nos processos educativos.
Diante
da contemporaneidade, vivencia-se um período de constantes transformações
decorrentes sejam elas sociais, econômicas, culturais, políticas e
tecnológicas. Tais mudanças refletem no ambiente escolar e tornam a Educação um
processo permanente e contínuo.
O crescimento humano se realiza por meio da Educação.
A Educação, pode ser vista para além de sua configuração como processo de
desenvolvimento individual ou de mera relação interpessoal. Nela também se
agrega as interações da pessoa humana com a sociedade na qual está inserida.
LUCKESI
(2005), compreende a Educação como um processo que se baseia na reflexão sobre
a realidade e, ao mesmo tempo, assimila suas necessidades e a crítica em suas
inconsistências, agindo no sentido de entendê-la em muitos aspectos.
A
função primordial da Educação já não pode ser adaptar o aluno a uma ordem já
existente fazendo com que assimile os conhecimentos e o saber destinados a
inserí-lo em tal ordem, como procederam gerações anteriores, mas, ao contrário,
ajudá-lo a viver num mundo que se transforma em ritmo sem precedente histórico,
tornando-o capaz de criar o futuro e de inventar possibilidades inéditas.
(LUCKESI, 2005).
Desta
forma, a Educação pode ser vista como um conjunto de estratégias desenvolvidas
pelas pessoas ao longo dos anos escolares para oportunizar que cada indivíduo
atinja seu potencial criativo, saiba conviver em sociedade e exerça sua
cidadania.
O ato
de educar não pode ser visto como uma imposição social, mas como uma forma de
crescimento e integração do sujeito ao ambiente em que vive, pois, “o ato
pedagógico pode ser definido como uma atividade sistemática de interação entre
seres sociais que se configura numa ação exercida sobre sujeitos visando
provocar neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta
própria ação” (LIBÂNEO, 1985, p. 97).
Assim,
a sociedade vê o indivíduo como alguém que necessita de aprendizado,
entretanto, possui experiência de vida. O passar do tempo supõe ao ser humano o
desenvolvimento de habilidades específicas externas ao seu convívio social,
necessitando ampliar o conhecimento mediante novas técnicas e métodos
educacionais, transitando da Educação formal para a informal, no intento de
aprimorar o ambiente vivido.
Nesse
contexto, à medida que evolui por intermédio dos processos de Educação,
socialização e cultura, a sociedade precisa de uma organização em que o homem,
mediante processos de socialização, responsabilize-se por transmitir o conhecimento
científico e, também, preparar outros para atuar eficientemente na sociedade
onde está inserido.
Aqui,
surge a Escola como lugar da Educação formal, onde através de técnicas e
conceitos a Educação informal é aprimorada, não substituída. Evidencia-se,
neste momento, que a organização da Educação brasileira é responsabilidade do
Ministério da Educação (MEC), a Educação Básica é composta por Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio, com objetivo de assegurar a todos os
brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhes os meios para progredir nos estudos posteriores (LDBEN Art. 21 e
22).
Norteia-se,
essencialmente, por dois documentos: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) e o Plano Nacional de Educação (PNE), ambos regidos pela Constituição da
República Federativa do Brasil. Assim, a LDB regulariza em âmbito nacional
elementos como: base curricular, carga horária, promoção de séries, percentual
de assiduidade e cabe aos estados e escolas a normatização das particularidades
regionais e locais.
A
Escola Estadual Municipal Chapeuzinho Vermelho oferece à comunidade a Educação Básica
de acordo principalmente com a LDB, Lei nº. 9394/96, a Resolução Normativa nº 002/2015/CEE-MT, que orienta
e regula a oferta de Educação Básica em todo o Estado, e a Lei Complementar nº. 49, de 1º de
outubro de 1998 que dispõe sobre a instituição do Sistema de Ensino de Mato
Grosso, no que se refere ao capítulo da modalidade de Educação Básica:
Art.
59 – A Educação Básica será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns:
I - a
carga horária mínima de 800 (oitocentas) horas será distribuída por um mínimo
de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, assim entendido como os
momentos diferenciados da atividade docente, que se caracterizam pelo
desenvolvimento de atividades de planejamento, capacitação em serviço, dias de
estudo, reuniões pedagógicas, conselho de classe, avaliações, recuperação
paralela e aquelas ligadas diretamente aos alunos bem como toda e qualquer ação
incluídas no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino, excluído
o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II - a
classificação em qualquer série ou etapa pode ser feita por promoção, por
transferência ou mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do educando;
III -
nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento
escolar pode admitir formas de progressão parcial;
IV - a
avaliação deve ser uma reflexão de todos os segmentos que constituem o processo
ensino – aprendizagem
A
Escola segue as orientações do Ato
Normativo 03/2015/CEE-MT, que ratifica o conteúdo da Resolução Normativa nº
002/2015/CEE-MT no tocante às idades de ingresso na Educação Infantil (4 anos
completos até 31 de março do ano vigente) e no Ensino Fundamental (6 anos
completos até 31 de março do ano vigente).
2.1.3.2 Concepção de Escola
De acordo com Saviani, “o trabalho
educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto
dos homens” (1991, p.14).
Portanto, o objetivo da escola é
transmitir conhecimentos como forma de perpetuar cultura, desenvolver a personalidade
e estimular a sociedade. A escola desempenha três funções principais que são:
selecionar e transmitir conhecimentos; estimular atitudes consideradas úteis
para aprendizagem e preparar para o convívio social.
É também um órgão socializador que deve
proporcionar a noção e a prática da sociabilidade, necessárias à infância e à
adolescência e atuar no sentido de ajustar o indivíduo às exigências da
sociedade moderna e contemporânea. Assim, a Educação escolar deve cumprir seu
papel de preparar os indivíduos para a vida em sociedade capacitando-os para um
mercado de trabalho bastante competitivo e exigente quanto a sua formação
técnico-profissional.
A escola não se limita somente ao espaço
físico, mas age e transforma em conjunto com a família e as instituições
sociais que colaboram na construção escolar do saber, integrando-os, da origem
do próprio saber à sua elaboração.
Uma das maiores preocupações é o ensino de
qualidade, como diferencial na vida dos alunos. Espera-se que o aluno seja
capaz de saber mais sobre si e consiga refletir sobre a realidade que o cerca,
tenha discernimento do justo e que seja coerente e consequente. É fundamental
que estes aprendam e se desenvolvam, vencendo seus limites e dificuldades para
aprender.
Para que a escola cumpra com eficácia seu
trabalho educativo deve-se pensar no seu papel como mediadora na construção dos
conhecimentos científicos através de seu currículo. Desta forma, a aprendizagem
deve ocorrer de maneira contextualizada e inter e transdisciplinar.
Deve, também, ter claro que é preciso
organizar os conteúdos disciplinares de maneira que o método dialético de
enxergar a realidade seja tido como prioridade em todas as disciplinas. Isto é,
conhecer conceitos que digam respeito às relações sociais construídas
historicamente pelos homens durante os séculos de sua existência, para que a Educação
seja realmente posta a serviço da humanização.
Para colocar tudo isso em prática,
evidencia-se a necessidade de manter atualizados os registros escolares, fundamentais
para o credenciamento e autorização de funcionamento de qualquer instituição de
ensino, seguindo, para tanto, os preceitos da Resolução Normativa nº
002/2013/CEE-MT, que trata sobre os trâmites necessários para a criação, o
credenciamento e a autorização da oferta de Educação Básica pelas escolas do
sistema estadual de ensino.
2.1.3.3 Concepção de Conhecimento
“Se ignorância é o problema social mais
devastador, seu enfrentamento não se dará, sobretudo pelo acesso a benefícios,
mas pela capacidade individual e, sobretudo coletiva de fazer e fazer-se
oportunidade, ou de se emancipar” (DEMO, 2000, p.23).
Entretanto, para se adquirir a emancipação
é necessário dominar determinados mecanismos que estão presentes no processo de
transmissão assimilação da aprendizagem que diz respeito ao conhecimento
elaborado e não ao conhecimento espontâneo. Ou seja, a aprendizagem escolar
trabalha com a aquisição das bases do conhecimento científico. Assim, o
conhecimento pode ser definido como “o resultado do trabalho humano no processo
histórico de transformação do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre
esse processo” (GASPARIM, 2003, p.4), mais contextualizada da totalidade
social. Diante deste fato podemos definir, então, o conhecimento como sendo a
apropriação do manejo crítico e inventivo da cultura produzida historicamente
pelos homens.
2.1.3.4 Sociedade
Entendemos
por sociedade um espaço que tenha por princípio a garantia do cumprimento dos
direitos humanos, que garantam o desenvolvimento do homem na sua totalidade,
sendo respeitado nas suas diferenças sejam quais forem.
A sociedade é um espaço que tenha por princípios a
garantia do cumprimento dos direitos humanos, que garanta o desenvolvimento do
homem na sua totalidade. A desigualdade social, cultural e econômica se
evidencia a cada instante. A cada dia aumenta o número de pessoas destituídas
do mínimo necessário para sua sobrevivência. A sociedade precisa ter o direito
de trabalhar, de ser respeitado, de suprir suas necessidades básicas e de
estudar.
A Educação tem um papel fundamental na construção
de uma sociedade mais justa, que consiste em formar cidadãos conscientes,
conhecedores da sua realidade e capazes de nela interferir sendo sujeitos da
sua própria história.
2.1.3.5 Cidadão e Cidadania
Afinal,
o que é ser cidadão?
Segundo
a (SECRETARIA DA JUSTIÇA, TRABALHO E DIREITOS HUMANOS-DEPARTAMENTO DE DIREITOS
HUMANOS E CIDADANIA - DEDIHC), ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à
propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar
no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos
civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles
que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à
educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila. Cidadania é a
expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter
direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos
perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão
de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômicas
de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se,
portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade,
zelando para que seus direitos não sejam violados.
Entendemos por
cidadão, as pessoas em geral, crianças, idosos, homens e mulheres. O
termo cidadania e
significa "cidade", estabelece um estatuto de pertencimento de um
indivíduo a uma comunidade politicamente articulada ou um país que lhe atribui
um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma Constituição. A cidadania esteve e está em permanente construção. É
um referencial de conquista da humanidade por meio daqueles que sempre buscam
mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e
coletiva e não se conformando frente às dominações, seja do próprio
Estado, seja de outras instituições.
Neste contexto, sendo crescente a procura por matrículas de alunos e
alunas estrangeiros(as) no Estado de Mato Grosso, a
Resolução Normativa nº 002/2019/CEE-MT orienta esta e demais instituições do
Sistema Estadual de Ensino sobre as matrículas de alunos imigrantes, residentes
fronteiriços, visitantes ou apátridas, cabendo a esta instituição acolhê-los regida
pela citada resolução e pelos princípios e diretrizes nela contidas.
2.1.3.6 Cultura
“Na busca
da sobrevivência, o homem interage com a natureza, modificando-a e dela
extraindo o que necessita, desta forma cria seu mundo com características
humanas, e define a cultura do seu povo. Cultura é tudo o que os homens
produzem, constroem ao longo da história, desde as questões mais simples às
questões mais complexas, manifestadas por meio da arte, religião, costumes,
valores, etc.”
No espaço escolar temos o dever de respeitar essa
diversidade e buscar desenvolver nos alunos, o sentimento de respeito pelas
diferenças culturais dos indivíduos.
“Na concepção vigotskiana, a cultura objetiva-se nos signos ou
instrumentos culturais, dispostos sob a forma de instrumento cultural material
e instrumento psicológico, como é o caso da linguagem. Pautado nesse processo,
ou seja, no trabalho transformador da natureza e do próprio homem, Vigotski
toma a cultura como eixo central no desenvolvimento do ser humano.”
A
escola está inserida no contexto socioeconômico, cultural e étnico da sua
região. Possui um corpo discente heterogêneo, prioriza um ensino de qualidade,
independentemente de toda a diversidade apresentada pela sociedade local e
atual.
Em
consonância com a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 em seu Art. 26. que
prevê uma Educação de qualidade seguindo os princípios que dispõe sobre os
currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, do ensino médio e a Educação
de Jovens e Adultos que devem ter base nacional comum, a ser complementada, em
cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade,
da cultura, da economia e dos educandos.
Em
conformidade com a Base Comum curricular, a escola prioriza e valoriza as
diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
corrobora para que os estudantes possam participar de práticas diversificadas
da produção artístico-cultural respeitando as diversidades culturais de toda a
comunidade escolar e da sociedade como um todo.
Cabe a escola aproveitar essa diversidade cultural
e fazer dela um espaço aberto e democrático, de leituras de mundo que estimule
a aprendizagem, valorizando a cultura popular, porém, dando as condições
necessárias para que o aluno faça a passagem do saber popular para o saber
sistematizado, acumulado historicamente.
2.1.3.7 Diversidade Cultural e
Inclusão
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho respeita a
igualdade de oportunidades e valoriza as diferenças humanas, comtemplando
assim, as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas,
sensoriais e de gênero, inerentes aos seres humanos.
A Educação escolar no Brasil,
desde a constituição de 1988 contempla o atendimento ao aluno com necessidades
especiais, pois estabelece como princípio a igualdade de condições de acesso e
permanência na escola.
Por
fim, garante que é dever do Estado oferecer o atendimento educacional
especializado (AEE), preferencialmente na rede regular de ensino.
Na
resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, destaca-se o art. 1º “Para a
implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular
os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no AEE.
Art.
7º Os alunos com altas habilidades/superdotação terão suas atividades de
enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de escolas públicas.
Acolher as diferenças étnicas, raciais,
culturais, sociais, religiosas, físicas e mentais, entre outras, é o papel
fundamental do currículo. Não podemos conceber que, neste momento histórico, o
currículo ocupe-se em segregar e ignorar o diferente. O paradigma inclusivo
aponta claramente, esta nova visão: de que cada um pode, dentro de suas
possibilidades e potencialidades, contribuir para a construção do outro.
De acordo com as OCs (2010), a inclusão do
aluno especial em classe comum é organizada da seguinte forma: sala de recurso,
professor intérprete, professor itinerante e auxiliar de apoio pedagógico.
A Escola Chapeuzinho Vermelho, não tem SALA DE
RECURSO, que proporciona um atendimento diferenciado a fim de atender as
necessidades educacionais especiais de cada aluno.
O aluno participa de uma Educação inclusiva na
escola, complementada pelo trabalho pedagógico da sala de aula comum.
Os objetivos, as competências e habilidades podem
ser alcançadas trabalhando de acordo com a deficiência ou transtorno
diagnosticado.
A Educação
inclusiva na instituição escolar pode ser entendida como uma concepção de
ensino contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à
educação.
Ela
pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas,
contemplando, assim, as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais,
físicas, sensoriais e de inerentes aos seres humanos. Implica a transformação
da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola e nos sistemas de
ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem de todos,
sem exceção.
Embora
a Escola Chapeuzinho Vermelho ofereça apenas a Modalidade de Ensino Regular,
para efetivar sua vocação a um projeto de Educação Inclusiva e universal
cumprem-se os direitos contidos nas Resoluções Normativas nº 003/2013-CEE/MT,
na parte que trata sobre a inserção de alunos do campo em turmas regulares, na
Resolução Normativa nº 04/2019,na parte que trata sobre a inserção de alunos
indígenas em turmas regulares, na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, na
parte que trata sobre os direitos dos alunos com deficiência, na
Resolução Normativa nº 001/2012/CEE/MT, a qual fixa normas para oferta da
Educação Especial na Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino de Mato
Grosso.
A
Escola possui como um de seus preceitos fundamentais a propagação da tolerância
religiosa, seguindo os preceitos da Resolução Normativa nº 006/00-CEE/MT, que
orienta as instituições escolares quanto à oferta da Disciplina Ensino
Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino, sendo a oferta
dessa disciplina obrigatória na Escola, porém com matrícula facultativa,
cabendo aos pais/responsáveis pelos alunos menores de idade, no ato da
matrícula, optarem ou não pelas aulas.
A
Escola deve oferecer para aqueles alunos que não optem pelo Ensino Religioso,
nos mesmos horários, outros conteúdos de formação geral, de modo que todos, sem
exceção, alcancem o mínimo de horas anuais, previstas na Lei 9394/96.
2.1.3.8 Relações Étnico-raciais
A Educação
é o principal mecanismo de transformação de um povo, a Escola Municipal
Chapeuzinho Vermelho é compromissada com a formação de valores, hábitos e
comportamentos que respeitem integralmente o ser humano, suas origens,
características e diferenças. Um dos marcos no combate ao racismo é a
publicação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o
ensino da história e da cultura afro-brasileira no Ensino Fundamental e médio.
Segundo Macaé, a lei é um reconhecimento do Estado brasileiro. Anteriormente,
tínhamos um processo de debate, que era feito pelo movimento negro, mas muito
pouco reconhecido do ponto de vista institucional.
A
Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho trabalha com a concepção de que a Educação
é o principal mecanismo de transformação de um povo. E é papel da escola, de
forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua
integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que
respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias.
Nesse sentido, o ensino que praticamos está de acordo com o estabelecido nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, no que se refere a valorizar
e respeitar pessoas negras, sua história, seus valores e lutas, combatendo
todas as formas de desqualificação, apelidos, ridicularização pela cor da pele,
dos traços, do cabelo, das religiões. Ou seja, somos uma instituição
comprometida com a Educação de negros, brancos e índios, para que todos venham
a relacionar-se com respeito e entendam a Educação como condição indispensável
para abrir caminhos para a ampliação da cidadania de um povo.
2.1.3.9 Educação Ambiental
A Escola tem a função de ensinar e começando pelas
crianças, as pessoas precisam ter a consciência de que fazem parte do meio
ambiente. Protegê-lo é sinônimo de proteger a existência da Humanidade. Essa
conscientização deve ser individual e coletiva e, para que seja efetiva, o
desenvolvimento do pensamento crítico é fundamental. A preservação do meio
ambiente depende muito da forma de atuação das gerações presentes e futuras, e
o que estão dispostas a fazer para diminuir o impacto ambiental das suas ações.
Na Constituição federal de
1988, (art. 225, 1o, inciso VI). Reforça a obrigatoriedade de “promover a Educação
Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente, sendo assim, nos direciona a garantir esse
direito constitucional de todos os brasileiros a terem acesso à Educação
Ambiental”.
A Lei
n. 9.795 de 27/04/1999, regulamentada pelo decreto n. 4281 de 25/05/2002
estabelece a política nacional de Educação Ambiental sendo obrigatória para os
estabelecimentos de ensino, no âmbito formal e não-formal. A lei citada acima
reforça que a Educação Ambiental avança na construção de uma cidadania
responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental.
Na
Constituição federal de 1988, (art. 225, 1o, inciso VI) atribui-se ao Estado o
dever de “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente (art. 225, 1o,
inciso VI), surgindo o direito constitucional de todos os brasileiros a terem
acesso à Educação Ambiental”.
A
definição de Educação Ambiental é dada pela lei 9795 artigo 1o: Entende-se por Educação
Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A
conservação da vida na terra para as futuras gerações está diretamente ligada à
educação, pois é através do conhecimento que o ser humano muda suas atitudes.
E no
que se refere ao meio ambiente, é urgente que sejam tomados novos
posicionamentos frente as mudanças que vem ocorrendo devido ao uso que se faz
dos recursos naturais disponíveis. É da escola, juntamente com os pais, a
responsabilidade de educar pessoas preocupadas com o meio ambiente a ponto de
incorporarem atitudes permanentes de preservação da vida.
Em
observância à legislação esse assunto é enfatizado em todas as etapas e
modalidades atendidas na escola, é contemplada no currículo, em todas as áreas,
nos momentos de formação continuada e em projetos educacionais pensados pra o
fim específico de assegurar a formação do cidadão consciente do mundo natural e
social necessária ao exercício da cidadania.
Entendemos
a Educação ambiental como prática social a ser exercida nas relações com a
natureza (e nós somos natureza) e com outros seres humanos com a finalidade de
desenvolver habilidades e atitudes voltados ao cuidado com a comunidade, a
equidade socioambiental e proteção ao meio ambiente natural e construído,
partindo do cuidado e conservação pessoal, da casa, da escola, do país e
finalmente do mundo.
Por esse
motivo, a Educação ambiental é de extrema importância e deve ser abordada nas
escolas, para que todos os membros da sociedade desenvolvam a consciência
ambiental e tenham atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente.
2.1.4 Etapas da Educação Básica ofertada na Unidade
Escolar:
2.1.4.1 Educação
Infantil
A Educação Infantil é entendida em amplo sentido, é
na Educação Infantil que se podem englobar todas as modalidades educativas
vividas pelas crianças pequenas na família e na comunidade, antes mesmo de
atingirem a idade da escolaridade obrigatória. A Educação Infantil é uma das
mais complexas fases do desenvolvimento humano, em seus diversos aspectos, tais
como intelectual, emocional, social e motor. Segundo Kuhlmann, (2003) pode-se
falar de Educação Infantil em um sentido bastante amplo, envolvendo toda e
qualquer forma de Educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e
na cultura em que viva.
Para o autor a Educação Infantil designa a
frequência regular a um estabelecimento educativo exterior ao domicílio, ou
seja, trata-se do período de vida escolar em que se atende pedagogicamente
crianças entre 0 e 5 anos de idade no Brasil, lembrando que nesta faixa etária
as crianças ainda não estão submetidas a obrigatoriedade escolar. A
Constituição de 1988 define de forma clara a responsabilidade do Estado para
com a Educação das crianças de 0 a 6 anos em creches e pré-escolas sendo como Educação
não obrigatória e compartilhada com a família (art. 280, inciso IV).
No art.29. A Educação Infantil é conceituada como a
primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento
integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos,
psicológico e social, complementando a ação da família e da comunidade. No art.
30 a Educação Infantil será oferecida em creches para crianças de até três anos
de idade e em pré-escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade. No art.
31.
Na Educação Infantil a avaliação será feita
mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para acesso ao Ensino Fundamental. É importante ressaltar que a
Educação Infantil tem uma função pedagógica, um trabalho que toma a realidade e
os conhecimentos infantis como ponto de partida e os amplia através de
atividades que tem significado concreto para a vida das crianças, e
simultaneamente asseguram a aquisição de novos conhecimentos. Diante
disso é importante que o educador na Educação Infantil se preocupe com a
organização e aplicação das atividades contribuindo assim para o
desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos”.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil (1998) orienta que se deve considerar que as crianças são diferentes
entre si, que cada uma possui um ritmo de aprendizagem. Por isso o professor
deve estar preparado para propiciar às crianças uma Educação baseada na
condição de aprendizagem de cada uma, considerando-as singulares e com
características próprias.
Portanto, o grande desafio da Educação Infantil e
de seus profissionais é compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular
das crianças serem e estarem no mundo.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil (1998), mostrando que a instituição de Educação Infantil deve tornar
acessível a todas as crianças que frequentam, indiscriminadamente, elementos de
cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social.
A Educação Infantil caracterizou-se,
historicamente, pelo assistencialismo reduzido e a um espaço essencialmente de
cuidados com a criança. Com o passar dos tempos, e algumas mudanças ocorridas
nas tendências educacionais, passou a ser considerada e entendida como um
processo educativo.
Quando se tira da criança a possibilidade este ou
aquele espaço da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de
construir seus conhecimentos. Porque o ato de conhecer é tão vital quanto comer
ou dormir; e eu não poso comer por alguém, (FREIRE, 1983, p. 36).
Por isso, hoje, ao pensar em Educação Infantil, não
é possível desassociar o cuidar e o educar, eixos centrais que caracterizam e
constituem o espaço e o ambiente escolar nesta etapa de educação. Ao contrário
do que muitos ainda pensam o cuidar e o educar não remetem respectivamente ao
assistencialismo e ao processo de ensino-aprendizagem, pois um complementa o
outro e ambos precisam se integrar para melhor atender ao desenvolvimento da
criança na construção de sua totalidade e autonomia.
A criança necessita de cuidados básicos relativos à
saúde, os quais se concretizam por meio de uma alimentação saudável, hábitos de
higiene, exercícios e atividades físicas, momentos de repouso, entre outras
diversas situações que exigem do professor atenção especial em relação aos
cuidados com a criança. No entanto, é imprescindível que o profissional de Educação
Infantil desenvolva um trabalho educacional que favoreça e a conduza na
descoberta e construção de sua identidade, apropriando-se de saberes
necessários à constituição de sua autonomia.
O processo de afetividade na Educação Infantil constitui-se
no cenário da Educação atual, alguns marcos, algumas etapas que persistem e
poderão persistir na Educação do futuro, principalmente a questão de viver com
os outros. Compreender o outro, desenvolver a percepção da interdependência, da
não violência, administrar conflitos. Descobrir o outro, participar em projetos
comuns. Ter prazer no esforço comum.
Participar de projetos de cooperação, para que isto
ocorra é preciso que se abram possibilidades para o futuro através da formação
atual de professores, com formação adequada para atuar frente à criança, unindo
período fundamental de sua vida os primeiros anos escolares.
2.1.4.2 Ensino
Fundamental
O Ensino Fundamental é um dos
níveis da Educação Básica no Brasil que é obrigatório, gratuito (nas escolas
públicas), e atende crianças a partir dos 6 anos de idade. O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação
básica do cidadão. Para isso, segundo o artigo 32º da LDB, é necessário:
·
I - O
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
·
II - A
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
·
III - o
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e
habilidades e a formação de atitudes e valores;
·
IV - O
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
·
Desde 2006, a
duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9
anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi alterada em
seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a
duração do Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para
implementação da Lei pelos sistemas de ensino, o ano de 2010;
·
O Ensino
Fundamental passou então a ser dividido da seguinte forma: Anos Iniciais –
compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos
de idade.
Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano;
·
Os sistemas de
ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino Fundamental em ciclos, desde que
respeitem a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídos em, no
mínimo, 200 dias letivos efetivos;
·
O currículo
para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma base nacional comum, que deve ser
complementada por cada sistema de ensino, de acordo com as características
regionais e sociais, desde que obedeçam às seguintes diretrizes:
·
I - A difusão
de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
·
II -
Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
·
III -
orientação para o trabalho;
·
IV - Promoção
do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (ART. 27º,
LDB 9394/96)
·
A
responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6 anos de idade,
é dos pais. É dever da escola, tornar público o período de matrícula.
·
Além da LDB, o
Ensino Fundamental é regrado por outros documentos, como as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação (Lei
nº 10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE)
e as legislações de cada sistema de ensino.
2.1.5 Modalidades de Ensino Ofertada na Unidade Escolar:
2.1.5.1 Educação
para alunos com deficiência
“Se o
lugar não permitir o acesso a todas as pessoas, esse lugar é deficiente! “
Marcos
Meier.
A Escola
não oferece Educação Especial de forma específica, mas oferta a Educação Inclusiva
em turmas regulares, estando fundamentada em princípios filosóficos, políticos
e legais dos Direitos Humanos, compreendendo a mudança de concepção pedagógica,
de formação docente e de gestão educacional para a efetivação do direito de
todos à educação, transformando as estruturas educacionais que reforçam a
oposição entre o ensino comum e especial e a organização de espaços segregados
para alunos público- alvo da Educação Especial.
A Educação
Inclusiva é uma modalidade de ensino transversal a todas etapas e outras
modalidades, como parte integrante da Educação Regular, devendo ser prevista o
projeto político-pedagógico da unidade escolar. Os sistemas de ensino devem
matricular todos os estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, cabendo às escolas
organizar-se para seu atendimento, garantindo as condições de Educação de
qualidade para todos, respeitando-se as normativas vigentes, tal como a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência), Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 e a Resolução Normativa nº
001/2012/CEE/MT, a qual fixa normas para oferta da Educação Especial na
Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso.
2.1.5.2. Educação
para alunos do campo
A
escola não oferece especificamente a modalidade de Ensino Educação do Campo. No
entanto, apesar de estar inserida na zona urbana do município de
Paranatinga-MT, esta escola atende a alunos do campo, reconhecendo todas as
suas necessidades e realidade; esses alunos são oriundos principalmente de
fazendas localizadas no entorno do município, cujo transporte, por meio de
ônibus e micro-ônibus, é ofertado pela Secretaria Municipal de Educação em
parceria com o governo do Estado.
As
matrículas de alunos do campo nesta Escola são raras em virtude de orientação advinda
da SMEC para centralizá-las na Escola Municipal Rui Barbosa e, assim,
racionalizar o transporte. No entanto, devido a que muitos alunos possuem
parentes de menor idade estudando na creche ao lado desta Escola, ou outros de
maior idade que estudam na Escola Estadual 29 de Junho, que fica próxima a
esta, ainda são realizadas algumas matrículas desses alunos nesta Escola,
possibilitando assim, maior segurança a alunos menores.
Quanto
à proposta pedagógica voltada aos alunos do campo, esta Escola visa a compreender
a situação das famílias de alunos dessa região, levando em consideração principalmente
os infortúnios provenientes do traslado das crianças, oferecendo um lanche
extra, reforçado, quando elas chegam à Escola. Ademais, em tempos de pandemia,
a escola procura reconhecer da melhor forma possível os esforços dos
pais/responsáveis que logram estarem conectados para a realização de
aulas/atividades on line e oferece, como alternativa às famílias que não
o lograrem, a entrega presencial de apostilas.
Em
relação ao currículo, este segue a mesma proposta e metodologia aplicadas aos
demais alunos do Ensino Regular, sempre sendo consideradas e respeitadas suas
individualidades.
2.1.5.3. Educação
para alunos indígenas
A escola
possui matrículas de crianças indígenas e reconhece a necessidade de entender e
valorizar a cultura de todos os povos e etnias como parte importante da
integração entre os alunos oportunizando a todos eles acesso às diferenças e
promovendo a internalização de valores pautados no respeito e amor ao próximo.
A escola
não oferece especificamente a modalidade Educação Indígena, porém, em sua
proposta pedagógica inclusiva, visa primeiramente estar capacitada para
entender as características e a cultura desses alunos e a partir daí, ofertar
um Ensino abrangente que contribua para uma formação que ao mesmo tempo permita
a sua integração e convívio com as demais crianças, porém sem desprezar a
bagagem intelectual e cultural que os mesmos trazem consigo, fomentando o
respeito à diversidade como ponto de partida para todos os relacionamentos
interpessoais dentro e fora da Escola.
2.1.6 Referenciais da Avaliação para a
Aprendizagem
A avaliação educacional, genericamente falando, tem
múltiplas dimensões, sendo que o espaço pedagógico de sua atuação possibilita
falar em: avaliação com foco na aprendizagem – avaliação de sala de aula, do
cotidiano da sala de aula; avaliação da instituição no cumprimento de sua
função social – avaliação institucional; avaliação de programas e projetos;
avaliação de currículo; avaliação de sistemas de ensino – com vista a informar
políticas educacionais (SOUSA, 2000; FREITAS, 2005).
Na última década, a avaliação educacional passou a
ocupar lugar central nas políticas públicas de Educação no Brasil. Do ponto de
vista teórico, ampliou-se bastante o conjunto de referências sobre as ações,
estratégias avaliativas, em todas as etapas de organização escolar do processo
ensino e aprendizagem.
Nesse texto, a ênfase se dá à avaliação com vista à
aprendizagem das crianças, adolescentes e jovens. Ou seja, a avaliação
objetiva, na perspectiva de Cardinet (1993), para facilitar a aprendizagem dos
alunos. Neste sentido, compete ao professor criar as condições para que as
dificuldades dos educandos sejam ultrapassadas, o que implica também a
avaliação do resultado de sua própria intervenção. Nessa perspectiva de ensino,
a avaliação funciona como um guia da ação. Ela assume, portanto, a função, não
mais de “aprovar” ou “reprovar” o educando, mas sim de ajudá-lo a identificar
quais as competências/objetos de conhecimento/habilidades que ele já construiu
satisfatoriamente e quais ainda precisa desenvolver.
A avaliação também é comparada a um sistema de
comunicação, a um diálogo entre professor e educandos, por meio da
sistematização das informações recolhidas, de cunho investigativo (CARDINET,
1993; FREIRE, 1996). Entende-se que, assim concebida, a avaliação tem um
caráter interativo, a partir da interpretação dos dados por ela
fornecidos.
Nesse mesmo ponto de vista, concebe-se a avaliação
como: todo e qualquer processo
deliberado e sistemático de recolha de informação, mais ou menos participado e
interativo, mais ou menos negociado, mais ou menos contextualizado, acerca do
que os alunos sabem e são capazes de fazer numa diversidade de situações
(FERNANDES, 2005, p.16).
Uma das perspectivas da concepção e da prática
avaliativa trazidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN
9.394/1996, em seu art. 23, pressupõe a lógica de inclusão, a qual situa a
defesa de uma avaliação inclusiva no âmbito de um horizonte de expectativas
mais amplo: a democratização do acesso ao conhecimento e a constituição de uma
práxis educativa libertadora (FREITAS, 2005, CARVALHO, 2014).
Nesse cenário, as práticas de uma avaliação
inclusiva respeitam as diferenças, criam mecanismos de apoio à aprendizagem e
comprometem-se com a reflexão crítica e permanente sobre o cotidiano escolar.
Assim sendo, a avaliação consiste em responsabilidade coletiva e orienta-se no
sentido da transformação das condições que naturalizam o fracasso escolar, a
partir do pressuposto de que todos têm condições de aprender e dar continuidade
à sua trajetória escolar (CARVALHO, 2014).
Avaliação inclusiva tem como finalidade:
compreender o que os alunos já sabem e o que precisam aprender; que os
professores programem intervenções; garantam as aprendizagens; redefinam o
planejamento; favoreçam a aprendizagem e redirecionem a prática na sala de
aula. Dessa forma, a avaliação para aprendizagem deve servir para orientar e
regular a prática pedagógica, colocando-se a serviço das aprendizagens.
Nessa percepção, avaliar é, portanto, o exercício
de um olhar sensível, de uma escuta atenta e cuidadosa do outro, é um ato de
“amorosidade”, apropriando-se das palavras de Paulo Freire. Consiste, ainda,
numa perspectiva de avaliação como um ato de inclusão.
Em todas as etapas de ensino, faz-se necessário o
emprego das diferentes funções da avaliação como meio de reprogramar as ações
pedagógicas. Considera-se de fundamental importância a avaliação em suas
diferentes funções:
2.1.6.1 Função Diagnóstica da Avaliação
Uma avaliação diagnóstica de forma genérica se
justifica sempre que se pretende identificar um ponto de partida, quer no
tocante à caracterização da comunidade na qual a escola está inserida ou às
características da turma e das crianças/adolescentes/jovens, quer em relação
aos conhecimentos que estes possuem sobre assuntos relacionados com as
competências/objetos de conhecimento/habilidades (CORTESÃO, 2002).
Uma das razões do mérito atribuído à função
diagnóstica ou inicial da avaliação é que ela proporciona informações acerca
das competências/habilidades das crianças, adolescentes e jovens/objetos do
conhecimento ou Campos de Experiências antes de se iniciar um processo de
ensino-aprendizagem (MIRAS e SOLÉ, 1996; BLOOM, HASTINGS e MADAUS, 1971).
Como se pode verificar, esse tipo de avaliação pode
ser extremamente relevante por fornecer ao professor elementos que lhe
possibilitarão adequar o tipo de trabalho a desenvolver, tendo em vista as
características e os conhecimentos dos estudantes com os quais irá trabalhar.
Também é relevante por permitir que competências dos estudantes sejam
identificadas ainda no início de uma fase de trabalho e, assim, atenda-se ao
ritmo de cada um. (HADJI, 1994; SACRISTÁN, 1998).
Note-se, ademais, que a avaliação diagnóstica não
ocorre em períodos pré-determinados, podendo ser realizada no início do ano
letivo, no início de uma unidade de ensino e sempre que se pretenda introduzir
nova aprendizagem e se considere necessário proceder a uma avaliação desse
tipo.
Em suma, tal avaliação deve dar indicações que
permitam prever a evolução de um objeto avaliado, ao fornecer informação no
sentido de orientar o processo formativo.
2.1.6.2 Função Formativa da Avaliação
Ao referir-se à função formativa da avaliação,
entende-se como uma atividade contínua, progressiva, sistemática, flexível,
orientadora da atividade educativa, ao respeitar o ritmo individual de cada
estudante. A propósito do assunto, veja Perrenoud (1999), Fernandes (2005),
Allal (1986) e Cardinet (1986).
Tal avaliação consiste em uma prática educativa
comprometida com a aprendizagem significativa de todos os estudantes. Ao
educador, compete buscar o aperfeiçoamento da sua prática, ou seja, a
capacidade de ação-reflexão-ação, caracterizada como um processo de
interpretação e intervenção sobre o desenvolvimento do ensino-aprendizagem.
Nesse contexto, o feedback fornecido aos estudantes
é um dos contributos para melhorar sua motivação e autoestima, levando, assim,
à melhoria da aprendizagem. O feedback constitui se na própria essência da
avaliação formativa.
Esta é a função da avaliação em que a preocupação
central reside na recolha de dados para a reorientação das aprendizagens não
desenvolvidas (e de aspectos a melhorar), bem como do trabalho docente, por
apontar falhas do mesmo. Por isso, pode-se concordar com Cortesão e Torres
(1993), que descrevem esse tipo de avaliação como sendo uma “bússola
orientadora” do processo ensino-aprendizagem (CORTESÃO, 2002, p.39).
Destaca-se que essa avaliação se direciona para um
processo de investigação contínua e dinâmica da avaliação pedagógica como um
todo. É necessário, portanto, construir uma nova cultura de avaliação, uma nova
prática pedagógica comprometida com a inclusão, com o respeito ao tempo de
aprendizagem.
2.1.6.3 Função Somativa da Avaliação
É esta a função que tem maior tradição nas práticas
avaliativas e também a que se projeta para o exterior, refletindo em boletins
de notas, relatórios e pareceres. Isso porque a comunidade educativa reclama,
com maior ênfase os pais, por avaliações em sua função somativa, em finais de
processo.
A concepção de avaliação somativa tem se alterado
ao longo do tempo, o que impede que se considere um sentido universal para a
mesma. Atualmente, esta função pretende representar um sumário de resultados
obtidos numa situação educativa e ocupa momentos específicos, ao fim de uma
fase, de um ciclo, de um ano, de um período letivo ou de uma unidade de ensino.
Consiste, pois, no balanço das aprendizagens depois de uma ou várias sequências
de ensino-aprendizagem (CARDINET, 1986; CORTESÃO, 2002; HADJI, 1994; SÁCRISTÁN,
1998).
Trata-se, portanto, de uma avaliação que mede os
resultados de aprendizagem e os revela publicamente, assumindo uma expressão
quantitativa ou qualitativa: pela atribuição de notas, mas também por certas
expressões utilizadas pelo professor ─ “excelente”, “bom” ou “regular”
assinaladas no final de um trabalho ou de um período de ensino-aprendizagem,
objetivando comunicar, ao estudante e aos pais, os resultados conseguidos
(CORTESÃO, 2002; LEITE e FERNANDES, 2002; FERREIRA, 2007).
Assim, embora culturalmente se atribua a essa
avaliação somente a função de classificação é preciso reconstruir essa cultura,
pois ela deve ser concebida como parte do processo de ensino e aprendizagem.
O objetivo, ao realizar uma avaliação somativa,
deve estar atrelado à reflexão sobre a compreensão e o desenvolvimento do
planejamento e da aprendizagem dos estudantes, de modo a identificar os
obstáculos que impedem o seu desenvolvimento, bem como, quais mediações
pedagógicas trazem maiores sucessos, de forma que estas possam ser ajustadas
para atender às necessidades deles e os tornar estudantes cada vez mais
proativos (VICKERY, 2016).
Nesse ponto, vale salientar que as diferentes
funções de avaliação, a saber: a diagnóstica, a formativa e a somativa não se
excluem entre si. Nessa concepção, a avaliação somativa pode desempenhar um
importante papel formativo, não devendo ser entendida, exclusivamente, como uma
avaliação final. Logo, considerar de forma dicotômica a avaliação formativa e a
somativa, valorizando a primeira e censurando a segunda, não tem sentido
pedagógico: ambas podem e devem ser formadoras.
2.1.7 Concepções e Princípios do
Trabalho Pedagógico
2.1.7.1 Princípios norteadores: (resolução nº 7, de
14 de dezembro de 2010)
Art. 6º Os sistemas de ensino e as escolas
adotarão, como norteadores das políticas educativas e das ações pedagógicas, os
seguintes princípios:
I – ÉTICOS: de
justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da
pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo
para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
II – POLÍTICOS: de reconhecimentos dos
direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e à preservação do
regime democrático e dos recursos ambientais; da busca da equidade no acesso à
educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais e outros benefícios; da
exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos
entre os alunos que apresentam diferentes necessidades; da redução da pobreza e
das desigualdades sociais e regionais.
III – ESTÉTICOS: do
cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento
das formas de expressão e do exercício da criatividade; da valorização das
diferentes manifestações culturais, especialmente a da cultura brasileira; da
construção de identidades plurais e solidárias.
Art. 7º De acordo com esses
princípios, e em conformidade com o art. 22 e o art. 32 da Lei nº 9.394/96
(LDB), as propostas curriculares do Ensino Fundamental visarão desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da
cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores, mediante os objetivos previstos para esta etapa da escolarização,
a saber:
I
– o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II
– a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes,
da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III
– a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e
valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo;
IV
– o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho estará procurando se pautar e
subsidiar o processo educacional com uma base sólida e vivenciando a realidade
local por aderir a uma concepção sócio interacionista pautada na Educação comunitária,
e por entendermos que é necessário
promover uma Educação de qualidade aos educandos na escola. Para isso requer o
envolvimento de todos que fazem a Educação com responsabilidade contemplando os
princípios e eixos norteadores apontados na LDB (9394/96).
Historicamente diferentes concepções acerca do
desenvolvimento humano têm sido traçadas na psicologia. Essas concepções buscam
responder como cada um chegou a ser aquilo que é, e mostrar quais as
possibilidades de cada indivíduo para aprender.
De acordo
com Ramos (2004) quando o autor cita Vygotsky, afirma que o desenvolvimento e a
aprendizagem estão inter-relacionados desde o nascimento da criança. E a
criança desde muito pequena interage com o meio físico e social, realizando uma
serie de aprendizados.
No cotidiano da criança, a mesma aprende
observando, experimentando, imitando e recebendo instruções das pessoas mais
experientes de sua cultura, aprende a fazer perguntas e também a obter
respostas para uma série de questões. E a partir das atividades planejadas pelo
professor(a) de acordo com os princípios norteadores fazem com que as crianças
socializem, adquiram e troquem experiências umas com as outras.
Neste aspecto o papel do professor é de grande
valia no processo de intervenção, na construção de conhecimento do indivíduo,
principalmente ao chegar à escola, nas primeiras semanas de adaptação.
Para analisar esse processo de interação, Vygotsky
criou o conceito de zona de desenvolvimento proximal, segundo ele em qualquer
pessoa, existem dois níveis de desenvolvimento: um nível de desenvolvimento
efetivo, indicado pelo que o sujeito pode realizar sozinho e um nível de
desenvolvimento potencial, pelo que o indivíduo pode realizar com a ajuda de
outra pessoa mais experiente. Isto implica na necessidade do educador de
propiciar situações na qual ele pode estar criando ambientes que sejam
favoráveis ao desenvolvimento da criança, como jogos, atividades individuais ou
até mesmo coletivas ou o educador pode estar intermediando nesse processo de
aprendizagem com a finalidade de auxiliar a criança em sua compreensão do que
está sendo desenvolvido não só em sala de aula, mas como em qual qualquer outro
tipo de ambiente. O desenvolvimento é um processo que se relaciona com a
totalidade de estruturas do conhecimento, ou seja, é espontâneo e a
aprendizagem é provocada por situações por um educador ou outro mediador, com
referência a algum ponto didático ou por uma situação externa.
Deste modo não podemos deixar de considerar que
muito antes de entrar na escola, já constitui uma série de conhecimentos do
mundo que a cerca. E aí podemos considerar a tese trazida por Vygotsky que a
característica essencial da aprendizagem é que ela produz a área de
desenvolvimento potencial, ou seja, que faz nascer, estimula e ativa na criança
um grupo de processos internos de desenvolvimento no âmbito das inter-relações
com outros, que, na continuação, são absorvidos pelo curso interior de
desenvolvimento e se convertem em aquisições internas da criança.
Wallon (1981) adverte, é contra a natureza tratar a
criança fragmentariamente. Em cada idade ela constitui um conjunto
indissociável e original. A divisão em aspectos (afetivo, psicomotor e
cognitivo) tem somente a intenção de organizar e facilitar a exposição. Segundo
ele, toda pessoa constitui um sistema especifico que integra suas ações num
processo de equilíbrio funcional que envolve motricidade, afeto e cognição.
Esse processo se estende ao longo do processo do desenvolvimento dessas
habilidades que ocorre de acordo com a maturação de cada uma delas, já que cada
habilidade depende da outra, sendo indissociáveis.
A sugestão
Walloniana propõe o desenvolvimento intelectual em uma cultura mais humanizada
considerando a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções,
movimento e espaço físico se encontram num mesmo espaço. As atividades
pedagógicas e os objetos devem ser desenvolvidos de várias maneiras e a criança
por intermédio de seus reflexos e movimentos impulsivos conseguem exteriorizar
estados de satisfação ou insatisfação que se transformarão em agentes sociais.
Para
Piaget (Apud Bello), o comportamento do ser humano não é inato, ele “é
construído numa interação entre o meio e o indivíduo”. A inteligência do
indivíduo está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com
o meio. Ou seja, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente”
será o indivíduo.
Segundo Saltine, “o afeto buscando prazer se
transforma em interesse e este por sua vez provoca interação com o meio”.
(Saltine, p.81,2002).
Na teoria de Piaget (Apud Bello), o indivíduo “só
recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo”. Ou
seja, se agir sobre o objeto de conhecimento para inseri-lo num sistema de
ralações. Para ele o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio de estágio, no
qual ele incide em um esforço de constante adaptação ao meio através da
assimilação e acomodação. A assimilação é o processo pelo qual o indivíduo
cognitivamente capta o ambiente e o organiza possibilitando a ampliação dos
esquemas que já possui e a acomodação é o processo pelo qual se cria um novo
esquema que se pode encaixar um novo estimulo e/ou modificar um já existente.
Esse conhecimento deve ser constituído a partir das
concepções infantis que deve ser combinadas as informações advindas do meio
descoberto espontaneamente pela criança, resultando uma interação na qual o
sujeito é sempre ativo e dinâmico, e a todo momento interage com a realidade
operando ativamente com objetos e pessoas.
Partindo dessa perspectiva, não há uma existência
humana, mas uma construção do homem em sua permanente atividade de adaptações a
um ambiente. Ao mesmo tempo em que a criança modifica seu meio, é modificada
por ele. Ao construir seu meio atribuindo-lhe a cada momento determinado
significado, a criança é por ele constituída, adota formas culturais de ações
que transformam sua maneira de expressar-se, pensar, agir e sentir.
3. MARCO OPERATÓRIO
3.1. ORGANIZAÇÃO
CURRICULAR, PRÁTICA PEDAGÓGICA E
AVALIAÇÃO
3.1.1 Organização Curricular em
consonância com a legislação vigente (BNCC, Objetivos de Aprendizagem, Direitos
de Aprendizagem, MCR, DCNEI, DNCEB, Base Norteadora do Trabalho Pedagógico)
3.1.1.1 Organização Curricular
A
Organização Curricular, bem como os Projetos e Subprojetos que serão elaborados
e desenvolvidos no decorrer do ano letivo por professores e toda a equipe
escolar serão considerados como meio para atingirmos os objetivos propostos
pela equipe da Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho. Seguir-se-á sempre as
leis e normas vigentes nas Diretrizes Nacionais Curriculares e BNCC, dentre
outras.
3.1.1.2
Currículo Da Educação Infantil
A estrutura curricular da Educação Infantil considera
a idade cronológica e desenvolvimento dos educandos, seguindo
os Campos de Experiências e os Objetivos de Aprendizagem em relação a cada um
deles, que são:
•
Campo de experiência: O eu, o outro e o nós;
•
Campo de experiência: Corpo, gestos e movimentos;
•
Campo de experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação;
•
Campo de experiência: Traços, sons, cores e imagens;
•
Campo de experiências: Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações.
E, em conformidade com o artigo 9º da DCNEI
(BRASIL, CNE/CEB, 2009):
As práticas pedagógicas que compõem a proposta
curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações
e as brincadeiras, garantindo experiências que:
I – Promovam o
conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais,
expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da
individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
II – Favoreçam
a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,
dramática e musical;
III – possibilitem
às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a
linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais
orais e escritos;
IV – Recriem,
em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas,
formas e orientações espaço temporais;
V – Ampliem a
confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
VI – Possibilitem
situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças
nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
VII – possibilitem
vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que
alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e
reconhecimento da diversidade;
VIII – incentivem
a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à
natureza;
IX – Promovam o
relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de
música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e
literatura;
X – Promovam a
interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da
sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos
naturais;
XI – propiciem
a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais
brasileiras;
XII – possibilitem
a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e
outros recursos tecnológicos e midiáticos.
Parágrafo
único – As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de
acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e
particularidades pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas
experiências.
3.1.1.3
Currículo do Ensino Fundamental
De acordo
com o Conselho Nacional de Educação Básica, na resolução nº 7, de 14 de
dezembro de 2010, o currículo do Ensino Fundamental é entendido, como
constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do
conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivência e
saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados e
contribuindo para construir as identidades dos estudantes.
O foco
nas experiências escolares significa que as orientações e as propostas
curriculares que provêm das diversas instâncias só terão concretude por meio
das ações educativas que envolvem os alunos.
As
experiências escolares abrangem todos os aspectos do ambiente escolar, aqueles
que compõem a parte explícita do currículo, bem como os que também contribuem,
de forma implícita, para a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes.
Valores, atitudes, sensibilidade e orientações de conduta são veiculados não só
pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convívio
social, festividades, pela distribuição do tempo e organização do espaço
educativo, pelos materiais utilizados na aprendizagem e pelo recreio, enfim,
pelas vivências proporcionadas pela escola.
Os
conhecimentos escolares são aqueles que as diferentes instâncias que produzem
orientações sobre o currículo, as escolas e os professores selecionam e
transformam a fim de que possam ser ensinados e aprendidos, ao mesmo tempo em
que servem de elementos para a formação ética, estética e política do aluno.
O
currículo de Ensino Fundamental, 8 (oito) séries anuais compreenderá anualmente
200 (duzentos) dias letivos e mais 800 horas de atividades de acordo com as
normas legais vigentes.
O currículo Pleno do Ensino Fundamental terá duas
partes: Base Nacional Comum e Diversificada.
Na elaboração do currículo serão observadas as
disposições nos artigos nº 26 e 27 da LDB, Lei nº 9.394/96.
O quadro curricular será explicado no Projeto
político pedagógico e anualmente no Plano escolar, submetido à consideração do
órgão próprio do Sistema Estadual de Ensino.
O currículo do Ensino Fundamental constará de:
·
Base Nacional comum – Lei 9.394/96, Lei
complementar nº 49/98, abrangendo as seguintes matérias tratadas
predominantemente como disciplinas ou componentes curriculares:
·
Nas quatro séries iniciais: Português, Estudos
Sociais (sob a forma de História e Geografia coma integração de ambas),
Ciências (sob a forma de iniciação às Ciências e Programa de Saúde),
Matemática, Arte e Educação Física (em forma de recreação).
·
Componentes Curriculares: 5ª à 8ª série: Não se
aplica a esta Escola.
·
Partes Diversificadas – Língua Estrangeira Moderna
(Inglês), e Ensino religioso.
·
Os termos transversais serão desenvolvidos na interdisciplinaridade
e nos componentes curriculares afins.
A organização Curricular nas unidades escolares do
município obedecerá, além das normas legais, às instruções baixadas pela
Secretaria Municipal de educação, a programação aprovada pela Direção, visando aos
interesses relacionados à melhor formação do educando, às suas necessidades e
possibilidades.
A carga horária dos diversos cursos será definida
pelo plano curricular e calendário escolar obedecidas as normas legais sobre o
assunto.
3.1.2 Do Plano Curricular
O Plano
Curricular elaborado anualmente pela Direção, Coordenação Pedagógica e Professora
Articuladora, antes do início do ano letivo, versará sobre a organização
didática e o cronograma das atividades globais das Unidades escolares.
A
Organização Curricular é feita por séries anuais.
Os
Currículos deverão ser elaborados de acordo com os objetivos dos cursos
mantidos e das necessidades da comunidade.
Os
documentos a serem observados na elaboração do Plano Curricular são as Leis Federais,
pareceres, resoluções do Conselho Estadual de Educação e Instrução das
Secretarias de Estado de Educação e da Secretaria Municipal de Educação.
A
aprovação do plano curricular fica a cargo da Equipe Administrativa e
Pedagógica da secretaria Municipal de Educação.
Na
perspectiva da promoção de uma Aprendizagem Ativa, é de extrema relevância
discutir perspectivas de mediação pedagógica viáveis de aplicação no espaço da
sala de aula no contexto dos diferentes componentes curriculares. Nesse
sentido, no presente documento, são discutidas as perspectivas teóricas que
racionalizam a função do professor no processo de ensino e aprendizagem como um
mediador de conhecimento. Além disso, articula-se também uma discussão para
instigar a percepção dos professores sobre a relevância de inserir em seu modus operandi estratégias pedagógicas
pautadas em “problematizações” que levem em consideração a construção coletiva
do conhecimento junto aos estudantes.
No
contexto da sala de aula, problematizar consiste em elaborar uma análise sobre
a realidade como forma de tomar consciência dela. Por outro lado, ao
problematizar, o professor potencializa a capacidade do estudante em aprender
(DIESEL, et al., 2017), pois instiga
a percepção dos estudantes a respeito da necessidade de apropriação dos
conhecimentos discutidos no espaço da sala de aula. Nessa perspectiva, é
importante ressaltar as contribuições de Paulo Freire acerca da Pedagogia
Problematizadora. Na concepção de Freire, os fundamentos da Educação problematizadora
têm por objetivo esclarecer o estudante de seu papel no mundo e levá-lo a
perceber a presença da opressão para que possa lutar contra ela (FREIRE, 1981,
p. 78; FOCHEZATTO e CONCEIÇÃO, 2013). Isso posto, convém destacar que
compreender o processo de ensino e aprendizagem como um processo que ocorre de
forma intercambiável, isto é, professor e estudante aprendem juntos numa
relação dinâmica, na qual a prática, orientada pela teoria, possibilita a
reflexão crítica do estudante e o desenvolvimento de sua autonomia como forma
de intervir sobre a realidade (BERBEL, 2011; DIESEL, et al., 2017).
Convém
salientar, também, a relevância da formulação de problemas dirigidos aos
estudantes como um aspecto importante no processo de ensino e aprendizagem na
perspectiva da pedagogia de Dewey. Nesse sentido, Pereira et al., (2009) considerando as concepções de Dewey enfatizam que a
aprendizagem seja instigada através de problemas ou situações que procuram de
uma forma intencional gerar dúvidas, desequilíbrios ou perturbações intelectuais.
O método "dos problemas" valoriza experiências concretas e
problematizadora, com forte motivação prática e estímulo cognitivo para
possibilitar escolhas e soluções criativas, que neste caso levam o aluno a uma
aprendizagem significativa, pois o mesmo utiliza diferentes processos mentais
(capacidade de levantar hipóteses, comparar, analisar, interpretar, avaliar),
desenvolvendo a capacidade de assumir responsabilidade por sua formação.
(PEREIRA et al., 2009, p. 158).
Nesse
contexto, destaca-se a necessidade do uso de metodologias ativas no espaço da
sala de aula para a mediação do conhecimento, considerando a perspectiva de
mediação pedagógica. Nesse sentido, é preciso frisar que as metodologias ativas
têm fundamentos no princípio da autonomia e na “personalização do ensino”.
Nessa configuração metodológica, o aluno não seria um receptor inerte de
informações e sim um participante ativo, com a explanação de pensamentos
críticos e reflexivos. Isso posto, enfatiza-se que o termo metodologia ativo
utilizado no presente documento é concebido como sinônimo de métodos ativos,
perspectiva corroborada por Diesel, et al.,
(2017).
Por outro
lado, em uma perspectiva histórica, é importante ressaltar que durante o século
XIX e XX, vários estudos de educadores e pesquisadores da área de educação,
tais como: Lev Vygotsky, Maria Montessori, Jean Piaget, David Ausubel e Paulo
Freire, John Dewey e Jerome Bruner, desenvolveram metodologias ativas ou
investigaram a utilização das metodologias ativas no desenvolvimento cognitivo
dos estudantes. (KLEIN, 2013, p.294; MAIDAME, 2018, p.32)
Em linhas
gerais, as metodologias ativas são definidas como processos educacionais
interativos de conhecimento, análises, pesquisas, exames e decisões individuais
ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema, ou seja,
uma metodologia ativa racionaliza o processo de
ensino-aprendizagem de modo colaborativo, construtivista e
contextualizado, no qual situações-problema são utilizadas para iniciar, direcionar e motivar a aprendizagem
de conceitos, teorias e desenvolvimento de habilidades e atitudes no espaço da
sala de aula (RIBEIRO, 2010). Nesse
contexto, não se pode deixar de citar que, nas últimas décadas, diversas
metodologias ativas vêm sendo desenvolvidas, tais como: aprendizagem baseada em
problemas - ABP, a problematização e a aprendizagem baseada em projetos, em
equipes, estudo de caso, sequência didática, ensino por investigação, por meio
de jogos ou uso de simulações (LIMA, 2017, p. 424).
É
necessário frisar que, no contexto do presente documento, considera-se
relevante detalhar, subsequentemente a esse tópico, concepções referentes à
Atividade Orientadora de Ensino (AOE), pois essa teoria apresenta uma ampla
perspectiva de abordagem, isto é, pode ser racionalizada nos diferentes
componentes curriculares e, além disso, considera-se que discorrer sobre a AOE
é imprescindível para instigar a percepção dos leitores de como as diversas
metodologias ativas, citadas acima, podem ser articuladas com essa proposta de
organização da atividade de ensino e de aprendizagem
Nesse
cenário, as metodologias ativas podem ser beneficiadas pelo desenvolvimento e
utilização das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) (TORI,
2010). As TDICs contribuiriam no sentido
de disponibilizar ferramentas que favoreçam a inserção do aluno enquanto agente
corresponsável de seu aprendizado. Assim, quando em contato com determinada
situação-problema, o estudante utiliza as referidas tecnologias para a seleção
de informações, busca de solução e consequente possibilidade de construção
conceitual. Uma característica do "estudante ativo" é a iniciativa
para a pesquisa, refinamento de informações, socialização com os pares e
concludente tomada de decisão.
O ensino
por meio das TDICs experimenta redefinições do contexto educativo, no que diz
respeito aos papéis de educador e estudantes. Dessa maneira, modifica o patamar
e as funções de cada indivíduo no cenário das relações escolares. Evidencia a
aprendizagem como um processo ativo, influenciada pelo “aprendiz”, em uma rede
de relações entre todos os atores do processo educativo e o ambiente em que
estão inseridos.
Portanto,
é necessário enfatizar que a cultura digital, no âmbito da Educação Básica,
traz hoje a integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender
acontece numa relação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos
mundo físico e mundo digital (MORAN, 2015).
Nesse
sentido, caso se almeje a formação integral dos estudantes, é de grande
relevância racionalizar um processo de aprendizagem onde as metodologias ativas
estejam articuladas às TDICs, pois dessa forma propicia-se que o espaço da sala
de aula esteja aberto para o mundo digital e o mundo digital também possa fazer
parte do espaço da sala de aula, auxiliando professores e estudantes em um
processo de ensino e aprendizagem dinâmico e colaborativo.
3.1.3.1 Metodologia
da Educação Infantil
Ao longo
dos seis anos que perfazem essa etapa da vida escolar, a criança constrói
conhecimento a partir de diferentes estratégias de aprendizado, respeitando os
limites e as possibilidades cognitivas, motoras e sócio- afetivas que a faixa
etária confere.
A criança
desenvolve sua visão do mundo através do conhecimento. É possível
estabelecermos os meios que devemos utilizar enquanto educadores na atuação
pedagógica em toda a sua extensão.
Almeja-se
uma Educação Infantil longe de uma ação reprodutora ou marginalizadora, sendo
então necessária uma busca de alternativas para que o professor possa propiciar
o desenvolvimento de seus alunos enquanto sujeitos autônomos construtores de
conhecimento e de cultura, bem como propiciar a convivência e formação de grupos
sociais participativos e cooperativos. Por isso, as salas de aulas devem ter
características comuns e em cada uma delas irão acontecer histórias diferentes.
Piaget
define o homem como ser essencialmente ativo, que não se contenta em contemplar
passivamente a realidade, mas que realmente opera sobre ela para conhecê-la e
transformá-la e, desse modo também transformando-se.
Para tal,
empreenderemos uma Educação Infantil realmente comprometida com a inserção
social de toda criança das mais diferentes condições de existência, assistindo
e compensando as necessidades de crianças das camadas mais pobres, sempre
promovendo o seu desenvolvimento cognitivo, estabelecendo um modelo pedagógico
de qualidade.
Não
podemos esquecer que as brincadeiras de faz- de- conta, jogos corporais, etc.,
propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio de atividades
lúdicas.
Os
materiais didáticos disponibilizados pela escola para a Educação Infantil proporcionam
situações de aprendizagem que possibilitam às crianças o uso dos conhecimentos
já adquiridos para explicar, do modo que souberem, o mundo em que vivem e a si
mesmas e a buscar outros conhecimentos por meio de diferentes leituras e pelo
acesso à informação, visando a ampliar o seu conhecimento de mundo. Essas situações
de aprendizagem são procedimentos essenciais para a formação de habilidades, a
construção de conceitos e a construção da identidade e de autonomia pelas
crianças.
O
programa a ser desenvolvido respeitará o caráter lúdico, prazeroso das
atividades e o amplo atendimento às necessidades de ações espontâneas por parte
das crianças, porém expressando intencionalidade definida e a responsabilidade
correspondente para garantir o direito de Educação e cuidados, qualidade e
êxito, sem exceções, a todas as crianças atendidas na Educação Infantil no
município de Paranatinga – MT.
Quanto à metodologia e suas estratégias
pedagógicas deixamos como sugestão o Projeto Educativo que resultem em ações
concretas tais como, passeios, confecção de jogos, produção de relatório que
analise as situações vivenciadas durante os trabalhos, escolha de temas para
criação e confecção de livros. O projeto não é uma tarefa determinada pelo
professor, ele deve ser escolhido, discutido e planejado pela classe toda,
professor e alunos, dentre outros, considerando o contexto a seguir conforme o
Orientativo da SMEC/2015/2016.
A Escola observou também, na elaboração de sua
metodologia, as orientações e normativas das Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil, da Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil,
dos Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil,
do Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil, do Documento de Referência Curricular de Mato Grosso, dentre outros.
3.1.3.2 Metodologia do Ensino Fundamental
Em relação aos objetivos componentes da Língua
Portuguesa e da Matemática, o Projeto Político Pedagógico apresenta aspectos a
serem considerados nos princípios éticos, políticos e estéticos, no
conhecimento e aprendizagem dos alunos da Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho.
Buscar-se-á um planejamento voltado para o
trabalho pedagógico incluindo o planejar, o produzir, o ler, o identificar
conhecimentos, desenvolver interesses, fazer observações sistemáticas,
estabelecer relações entre conceitos, desenvolver autoestima, recorrer às tecnologias
digitais, dentre outras, para contribuir e ampliar possibilidades de ações no
desenvolvimento e conhecimento dos educandos, baseando-se nas Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, na BNCC do
Ensino Fundamental, no Documento
de Referência Curricular de Mato Grosso, dentre outros.
3.2 ETAPAS DA
EDUCAÇÃO BÁSICA OFERTADA NA UNIDADE ESCOLAR:
3.2.1 Educação Infantil
A Escola
atende a alunos da Educação Infantil, sendo de 4 e 5 anos de idade. O atendimento
é realizado nos períodos matutino e vespertino:
No entanto, no ano letivo de 2021, visando a uma melhor organização das
Escolas para atender aos alunos por meio de atividades e aulas on line,
esta Escola, através de orientação da Secretaria Municipal de Educação, optou
por não abrir turmas da Educação Infantil, dedicando-se somente aos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental. As matrículas da Educação Infantil ficaram
centralizadas na Instituição/creche Menino Jesus, localizada ao lado.
Preservando
as especificidades das crianças de até seis anos, os Campos de Experiências e
os Objetivos de Aprendizagem em relação a cada um deles são:
•
Campo de experiência: O eu, o outro e o nós;
•
Campo de experiência: Corpo, gestos e movimentos;
•
Campo de experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação;
•
Campo de experiência: Traços, sons, cores e imagens;
•
Campo de experiências: Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações.
Somos sabedoras que ao conhecermos,
convivermos, vivenciarmos e participarmos da
Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, acreditamos que é possível
alcançarmos os princípios trazidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais (2013)
para o exercício na e da Educação Infantil na escola supra citada, município de
Paranatinga-MT, considerando o Orientativo de Estudos/SEMEC em consonância ao
Plano Municipal de Educação/2015.
No que tange a Educação Infantil, a Proposta
Pedagógica da escola continuou no ano de 2016 procurando seguir a metodologia
anteriormente estudada no momento, buscando e sendo orientados para adequar-se
às Diretrizes Curriculares Nacionais (2013), uma vez que as professores da Educação
Infantil na Escola Municipal Vista Alegre, estavam no momento em processo de
estudo das Diretrizes Curriculares Nacionais (2013).
Porém, no momento para podermos entender e
adequarmos a estas normas e documentos é preciso nos situarmos com a
contextualização histórica a partir do (Ano, 2012) que antecederam esta
Proposta Pedagógica.
Cabe ressaltar a Res. 05/2006 – DCNEI aonde diz em seu artigo 9º:
Parágrafo Único - As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular,
de acordo com suas características, identidade institucional, escolhas
coletivas e particularidades pedagógicas, estabelecerão modos de integração
dessas experiências.
Destarte, após o
levantamento dos documentos de cunho pedagógico da Escola,
encontramos no PPP (2011) aspectos de uma Proposta Pedagógica para a Educação Infantil. Logo, compreendendo o que
diz Kishimoto (1996) que, “Proposta Pedagógica é uma explicitação de qualquer
orientação presente na instituição educativa ou na rede, não implicando
necessariamente o detalhamento total da mesma” (apud MONTEIRO, 2008 p.43).
a proposta pedagógica deve estar fundamentada
numa concepção de criança como cidadã, pessoa em processo de desenvolvimento,
como sujeito ativo da construção do seu conhecimento como sujeito social e
histórico marcado pelo meio em que se desenvolve e que também o marca (p. 35).
Neste
olhar, os Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação
Infantil (1998) traz destacado em seu contexto o conceito de Educação Infantil que
diz ser “a primeira etapa da Educação Básica e destina-se a criança de 0 a 6
anos de idade, não sendo obrigatória, mas um direito a que o estado tem o dever
de atender”. O mesmo documento diz que a Educação Infantil
Visa
proporcionar condições adequadas para promover o bem estar da criança, seu desenvolvimento físico, motor,
intelectual, moral e sociais, ampliações de suas experiências, bem como
estimular seu interesse pelo processo do conhecimento do ser humano, da natureza
e da sociedade (v.1 p.10).
Apresentamos como referenciais a LDB, os
Subsídios para o Credenciamento da Educação Infantil, o RCNEI dentre outros
naquele momento. Porém, procuramos,
enfocar num seguimento de aspectos apresentados nas Diretrizes Nacionais de
Qualidade para a Educação Infantil (2013), este documento apresenta parâmetros
para a construção de uma Proposta Pedagógica de qualidade para a Educação
Infantil, enquadrando, assim como referência, possibilitando deste modo, ser
aplicada a uma escola que disponibiliza a Educação Infantil mesmo que com
algumas restrições e/ou inadequações.
E, para
compreendermos esses fundamentos é preciso entendermos o conceito de Parâmetro,
que segundo este documento, Parâmetros (2008) é um documento que tem como
objetivo estabelecer padrões de referência orientadores para o sistema
educacional no que se refere à organização e funcionamento das instituições de Educação
Infantil [...] e podem ser definidos como referência, ponto de partida, ponto
de chegada ou linha de fronteira (p.8).
Segundo o MEC o mesmo estabelece
uma referência nacional a ser discutida e utilizada pelo sistema de ensino da Educação
Infantil. Daí a importância de destacarmos o brincar como uma das
atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da
criança, pois no RCNEI (1998) aponta que brincar funciona como um cenário no
qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de
transformá-la [...] brincar constitui-se em uma atividade interna das crianças,
baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem
ser ilusão ou mentira (p.22 23). Em consonância com o uso desse recurso
metodológico em relação às brincadeiras o RCNEI (1998) destaca que “é nas
brincadeiras que as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes,
tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação” (p.22).
Desta discussão,
prevalece a ideia de que o brincar, brinquedo e brincadeira são importantes
ferramentas pedagógicas que valorizam a aprendizagem, o desenvolvimento e o
crescimento dos alunos, pois os mesmos encobrem infinitos significados nas
interações da criança e o meio onde vive.
Para complementar o
que estamos propondo cabe destacar alguns conceitos imprescindíveis numa
Proposta Pedagógica apontada nos parâmetros de qualidade: concepção
de Criança, Currículo da EI, brincar, brinquedo e de brincadeira destacados por
teóricos renomeados para tratar desse assunto.
Em se falando em Currículo é indispensável
comentar sobre à interdisciplinaridade, a Revista Recado (2001, nº 16), diz que
“a interdisciplinaridade sempre pressupõe uma troca - a interação com outras ciências
ou formas de conhecimento”. E, após analisarmos sobre o assunto acima
discorrido cabe lembrarmos que a avaliação autoavaliação também são ferramentas
muito eficazes que permite ao educador rever conceitos e enxergar
possibilidades de novos conhecimentos conforme diz Souza e Mello (2008) “o
professor deverá fazer anotações durante a observação das atividades para
facilitar a avaliação tendo assim um caráter formativo” (p, 59). Para que, a
partir daí, oportunize as crianças a desenvolverem seus conhecimentos,
ampliarem suas referências de mundo, tornando pessoas críticas e socialmente
situadas.
Como já
destacado anteriormente nesta Proposta Pedagógica apresentamos a concepção de
criança que segundo Brasil (1994) “a criança é um sujeito social e histórico
que está inserido em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura.
É profundamente marcada pelo meio social que se desenvolve, mas também
contribui com ele” (apud PARÂMETROS, 2008, p. 13). Em relação a essa concepção de criança, compreendemos o que diz os
Parâmetros (2008), a criança é um ser único, completo, e ao mesmo tempo, em
crescimento e desenvolvimento. Esse crescimento e desenvolvimento ocorrem tanto
no plano físico quanto no psicológico, pois um depende do outro. E, embora
dependentes do adulto para sobreviver, toda criança é um ser capaz de interagir
num meio natural, social e cultural desde bebê.
Em relação
ao conceito de Currículo na Educação Infantil conforme Bassedas et al
(1999) ressalta: são conjuntos de saberes culturais que, em dado momento, os
responsáveis políticos e especialistas em Educação- referendados pelos
representantes da soberania popular nas sociedades democráticas - concordam que
seja necessário empenhar-se na escola para a formação de pessoas que vivem em
um contexto social e cultural (p. 56).
Neste
pensar, parafraseando Souza e Melo (2008), significa enfrentar
irremediavelmente nos limites como sujeito histórico vivendo e construindo
nossas práticas nesse sistema, mas por outro lado, esta mesma situação de quase
impotência nos acena com algumas possibilidades que nos impulsionam a buscar
alternativas, e de fazer diferente o cotidiano para não sucumbirmos ao
fatalismo, que nos leva ao imobilismo que recusa a crítica, nada cria e nada
propõe, apenas reproduz a existência sem mais alento do que viver por viver. E
a escola como um lugar de trabalho e de lócus de produzir diferentes formas de
constituição de sujeitos e de subjetividades.
Por isso, compreendemos que a integração e
interdisciplinaridade estão simultaneamente relacionadas.
Destarte,
destacamos o brincar como uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança.
O
RCNEI (1998) aponta que brincar funciona como um cenário no qual as crianças
tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la [...]
brincar constitui-se em uma atividade interna das crianças, baseada no
desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão
ou mentira (p.22 – 23).
Diante desses entendimentos podemos dizer que
brincar é tão sério eimportante para a criança como trabalhar é para o adulto.
A criança escolhe brincar porque sabe brincar e sente prazer em brincar.
Neste
aspecto, vale lembrar a concepção de brinquedo apontado pelo RCNEI (1998) que
“são objetos que dão suporte ao brincar, e podem ser das mais diversas origens,
formas, texturas tamanho e cor” (p.71). Enfim, o brinquedo tem diversas funções
na vida das crianças, despertando a curiosidade, a imaginação, a socialização,
exercita a inteligência, etc. Ressaltamos que esse brinquedo pode ser
industrial ou até mesmo criado pela criança por um simples pedaço de papel.
Outra
concepção significativa é a brincadeira, que segundo Kishimoto (1996) “a
brincadeira é ação voluntária e consciente que a criança desempenha ao
concretizaras regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. É o lúdico em ação”
(apud ANDRADE, 2007, p. 33).
E, em relação às brincadeiras o RCNEI (1998)
destaca que “é nas brincadeiras que as crianças podem desenvolver algumas
capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a
imaginação” (p.22).
E, ao
lermos, convivermos, vivenciarmos e participarmos da comunidade escolar
adquirimos conhecimentos e compreendemos que desta discussão, sobressai
claramente a ideia de que o brincar, brinquedo e brincadeira são importantes
ferramentas pedagógicas que valorizam a aprendizagem, e ainda que o “ato de
brincar” é uma atividade primordial para a criança. Deste modo,
acreditamos que através da brincadeira é possível alcançarmos estes princípios
que agora somos sabedoras de que nas Diretrizes Nacionais/2013 ( em análise
“Base Curricular Nacional para a Educação Infantil”) estão as orientações para o exercício na e da
Educação Infantil em consonância com o Orientativo da E.I/SMEC e Plano Municipal de Educação/2015.
3.2.1.1 Proposta Pedagógica
para a Educação Infantil
Em relação aos objetivos e finalidades da Educação
Infantil o documento Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil
(2008), apresenta alguns aspectos que devem ser considerados na construção de
uma Proposta Pedagógica de qualidade para a Educação Infantil, destacando que
os objetivos e as situações planejadas no trabalho pedagógico das IEI´s devem
contemplar os Princípios Norteadores da Educação de qualidade, que são
(éticos, políticos e estéticos), o cuidado e Educação(rotina da instituição),
identidade (criança, família e instituição), inclusão e a autonomia das
instituições de Educação Infantil (concepções, metodologias, avaliação).
Para a formação da criança em relevância aos
princípios norteadores pode-se usar o brincar como atividades livres e/ou
dirigidas como recursos metodológicos atividades permanentes com rotina e
projetos estabelecidos no planejamento e plano de aula dos professores em
consonância com a Proposta Pedagógica da Educação Infantil.
No
que se refere ao Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1988,
v.1) diz que os princípios norteadores são muitos importantes, pois a criança
está em processo de formação e desenvolvimento sendo que a criança é um ser
pensante e em processo de construção de conhecimento que se dá na relação do
sujeito no entorno físico e social. A aprendizagem da criança depende das
condições do indivíduo e dos princípios norteadores como:
Ø O direito das crianças a brincar, como forma
particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;
Ø O acesso das crianças aos bens socioculturais
disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão,
a comunicação, a interação social, o pensamento, a ética e a estética;
Ø O atendimento aos cuidados essências
associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade (p.13)
Deste modo, compreendemos que esses princípios
são fundamentais e essenciais para serem desenvolvidos no trabalho pedagógico
com crianças pequenas.
Para uma escola que fornece a Educação
Infantil a Proposta Pedagógica é de grande importância, pois o mesmo ajuda no
planejamento dos professores, facilitando a melhoria dos seus projetos
desenvolvidos e ajuda a construir a identidade da instituição. Para que estas
atitudes se efetivem na prática educacional sua construção deve ser segundo
Monteiro e Almeida (2008) “um trabalho coletivo de todos os envolvidos no
processo educativo (...) empenhados na democratização do saber (...)” (p.20).
Por isso optamos em contribuir com sugestão de
uma Proposta Pedagógica baseando-nos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil (2008) com orientação para adaptarmos nas Diretrizes
Nacionais para Educação Infantil (2013), o Referencial Curricular para a Educação
Infantil (1998), Bassedas (1999) e outros, com o intuito de que este documento
seja usado como subsídios aos educadores e equipe pedagógica de Educação
Infantil da Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho. E por entendermos que estes
servem como referências possibilitando assim ser aplicado a uma escola que
oferece Educação Infantil.
O planejamento pedagógico elaborado pelo
professor deve estar necessariamente em conformidade com o artigo 9º da DCNEI
(BRASIL, CNE/CEB, 2009):
As práticas pedagógicas que compõem a proposta
curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações
e as brincadeiras, garantindo experiências que:
I – promovam o
conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais,
expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da
individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
II – favoreçam
a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,
dramática e musical;
III – possibilitem
às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a
linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais
orais e escritos;
IV – recriem,
em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas,
formas e orientações espaço temporais;
V – Ampliem a
confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
VI – possibilitem
situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças
nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
VII – possibilitem
vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que
alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e
reconhecimento da diversidade;
VIII – incentivem
a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à
natureza;
IX – promovam o
relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de
música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e
literatura;
X – promovam a
interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da
sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos
naturais;
XI – propiciem
a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições
culturais brasileiras;
XII – possibilitem
a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e
outros recursos tecnológicos e midiáticos.
Parágrafo
único – As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de
acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e
particularidades pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas
experiências.
A
organização dos espaços da sala em cantos temáticos, em áreas para trabalho
coletivo e individual, com a disposição de brinquedos, jogos, livros, revistas,
lápis coloridos, massas de modelar, papéis, fantasias, entre outros,
proporcionam a construção da autonomia pelas crianças por meio da oportunidade
de poder escolher o que fazer, pois os espaços também educam e expressam as
concepções de criança e de Educação Infantil dos profissionais da instituição.
A grande mudança proposta pela BNCC/DRC - MT na Educação
Infantil está na definição de seis direitos fundamentais para as crianças de 0
a 5 anos:
1.
Conviver - É a convivência em grupos, sejam grandes ou pequenos, com pessoas de
idades diversas e com o uso de linguagens variadas, que amplia o
(re)conhecimento de si mesmo e do outro. Isto vai instrumentalizar os pequenos
para conviver com diferenças pessoais e culturais.
2.
Brincar - A diversidade de formas, espaços, tempos e parceiros de brincadeira,
sejam crianças ou adultos, ampliam e diversificam as possibilidades de acesso a
produções culturais. É preciso valorizar a participação e as contribuições das
crianças nas brincadeiras. Isso vai estimular o desenvolvimento do
conhecimento, a criatividade e a imaginação. Nas brincadeiras também ocorrem
experiências emocionais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e
relacionais importantes para o desenvolvimento das crianças.
3.
Participar - As crianças precisam participar ativamente do planejamento da gestão da
escola e das atividades cotidianas, com adultos e com outras crianças. Mas,
como? A escolha das brincadeiras, de materiais e de ambientes auxiliam no
desenvolvimento de diferentes linguagens e na elaboração do conhecimento. Isso
prepara a criança para fazer escolhas, tomar decisões e posições, contribuindo
com seu desenvolvimento.
4.
Explorar – A arte, a escrita, a ciência e a tecnologia, como modalidades de
cultura, permitem que as crianças possam explorar, dentro e fora da escola,
“movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,
transformações, relacionamentos, histórias, objetos e elementos da natureza”, de
modo a ampliar seus conhecimentos (BRASIL, 2017, p. 34).
5.
Expressar - Por meio de diferentes linguagens, a criança deve expressar “suas
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões,
[e] questionamentos”. Assim, poderá aprender e desenvolver características que
a tornem “sujeito dialógico, criativo e sensível” (BRASIL, 2017, p. 34, passim).
6.
conhecer-se. A partir do conhecer-se é que a criança construirá sua
própria identidade, englobando os campos pessoal, social e cultural. Portanto,
é preciso constituir uma imagem positiva de si mesmo, além daqueles que fazem
parte de seus “grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados,
interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu
contexto familiar e comunitário” (BRASIL, 2017, p. 34).
Esses direitos garantem uma
concepção de criança como ser observador, questionador, capaz de levantar
hipóteses, concluir, julgar e assimilar valores. Isto contribui para que possa
construir seus conhecimentos a apropriar-se deles de forma sistematizada, “por
meio da ação e nas interações com o mundo físico e social [e] não deve resultar
no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural
ou espontâneo. Ao contrário, reitera a importância e necessidade de imprimir
intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto
na creche quanto na pré-escola” (BRASIL, 2017, p. 35).
Os campos de experiências da BNCC/ DRC – MT
promovem uma mudança conceitual no currículo da Educação Infantil. Para a nova
base, a criança não é mais apenas uma receptora das mensagens transmitidas
pelos adultos, mas também é capaz de produzir cultura.
Nesse sentido, as propostas são a base estrutural
pedagógica que devem guiar as escolas com os fundamentos necessários para cada
etapa. Assim, a organização curricular está estruturada em cinco campos de
experiência, que se baseiam nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil (DCNEI).
O eu, o outro
e o nós
O convívio com outras pessoas faz as crianças
constituírem uma maneira própria de agir, pensar e sentir. Elas passam a
entender que existem outros modos de vida e pontos de vista diferentes.
Ao
mesmo tempo, elas podem construir sua autonomia e senso de reciprocidade,
autocuidado e interdependência com o meio. Dessa forma, o ideal é criar
oportunidades para que os pequenos entrem em contato com outros grupos sociais
e culturais.
Durante
essas experiências, elas podem desenvolver a forma de perceber a si mesmas e ao
outro. Assim, passam a valorizar a sua própria identidade sem desrespeitar os
outros e reconhecendo as diferenças que nos representam como seres humanos.
Corpo, gestos
e movimentos
Desde cedo, as crianças conseguem explorar o mundo,
o espaço e os objetos por meio do corpo, com os sentidos, gestos e movimentos.
Assim, elas estabelecem relações, brincam, se expressam e produzem
conhecimentos sobre si, sobre o outro e sobre o universo cultural e social.
Por meio das diferentes formas de expressão, como a
dança, a música, o teatro e as brincadeiras de faz de conta, elas se expressam
e se comunicam tanto com a linguagem quanto com o corpo e com as emoções.
Nesse campo de experiência, o corpo da criança
ganha centralidade. Assim, a escola deve promover oportunidades para que ela
possa explorar e vivenciar um amplo espectro de possibilidades.
Traços, sons,
cores e formas
As crianças podem vivenciar experiências
diversificadas, além de várias formas de linguagens e expressões, por meio do
contato com diferentes manifestações culturais, artísticas e científicas no
cotidiano da escola.
Essas experiências colaboram para que, desde muito
cedo, os pequenos desenvolvam senso crítico e estético. Além disso, elas
aprimoram o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade na qual estão
inseridas.
Assim, a Educação Infantil precisa possibilitar a
participação das crianças em produções que envolvem música, dança, teatro,
artes visuais e audiovisual. O objetivo é favorecer o desenvolvimento da
criatividade, da sensibilidade e da expressão pessoal.
Escuta, fala,
pensamento e imaginação
Durante a Educação Infantil, é necessário estimular
os pequenos a ouvir e a falar, por meio de experiências que potencializam sua
participação na cultura oral.
É escutando histórias, participando de conversas e
ouvindo narrativas em múltiplas linguagens que a criança se estabelece
ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
O contato com a literatura infantil proposto e
mediado pelo educador contribui para o desenvolvimento do gosto pela leitura, além de estimular a imaginação e ampliar o
conhecimento de mundo. Ainda nesse sentido, a imersão na cultura escrita deve
partir das curiosidades e dos conhecimentos prévios.
O contato com fábulas, contos, histórias e poemas,
entre outros, também propicia a familiaridade com os livros e com os diferentes
gêneros literários. Nesse convívio, as crianças vão desenvolvendo hipóteses
sobre a escrita, que se apresentam, inicialmente, em forma de rabiscos.
Isso faz com que elas, aos poucos, conheçam as
letras do alfabeto, mesmo que em caligrafias não convencionais e espontâneas.
Porém, isso já indica sua compreensão da escrita como forma de comunicação e
representação da língua.
Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações
As crianças estão inseridas em tempos e espaços de
dimensões diferentes e sempre procuram se situar, seja em casas, ruas e bairros
ou em entender o que é noite, dia, hoje ou ontem.
Elas também demonstram curiosidades sobre o mundo
físico, como seu próprio corpo, os animais, as plantas, os fenômenos climáticos
e as transformações da natureza. O mesmo ocorre com o mundo sociocultural e a
busca para entender as relações sociais e de parentesco entre as pessoas
conhecidas.
Portanto, a Educação Infantil deve fornecer
experiências nas quais as crianças façam suas próprias observações, manipulem
objetos, investiguem e explorem seu entorno, levantem hipóteses e consultem
fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades.
As
crianças vão se constituindo como alguém com um modo próprio de agir, de sentir
e de pensar na interação com outras crianças e adultos. Conforme vivem suas
primeiras experiências na coletividade, elaboram perguntas sobre si e os
demais, aprendendo a se perceberem e a se colocarem no ponto de vista do outro,
a se oporem ou concordarem com seus pares, entendendo os sentimentos, os
motivos, as ideias e o cotidiano dos demais parceiros.
Conhecer outros grupos sociais, outros modos
de vida, por meio de narrativas, de contatos com outras culturas, amplia o modo
de perceber o outro e desfaz estereótipos e preconceitos. Ao mesmo tempo em que
participam das relações sociais e dos cuidados pessoais, as crianças constroem
sua autonomia e senso de autocuidado
3.2.2 Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental
A Escola atende alunos dos anos iniciais do Ensino
Fundamental. O atendimento é realizado nos períodos matutino e vespertino.
O currículo de Ensino Fundamental, de 09 (nove)
séries anuais compreenderá anualmente 200 (duzentos) dias letivos e mais de 800
horas de atividades de acordo com as normas legais vigentes.
§1º É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental
de crianças com 06(seis) anos completos ou a completar até o dia 31 de março do
ano em que ocorrer a matrícula, nos termos da Lei e das normas nacionais
vigentes.
§2º As crianças que completarem 06(seis) anos após
essa data deverão ser matriculadas na Educação Infantil (Pré II). O currículo
Pleno do Ensino Fundamental terá duas partes: Base Nacional Comum e
Diversificada. Na elaboração do Currículo serão observadas as disposições nos
artigos 26 e 27 da lei 9.394/96. Uma das principais características que
permeiam a prática pedagógica na escola é o fato de atribuir sentido ao que
está sendo ensinado, possibilitando ao aluno criar conexões entre o conteúdo
aprendido e sua utilidade no mundo. Além disso, a escola trabalha desde o
primeiro ano do Ensino Fundamental com aulas de apoio pedagógico no laboratório
de aprendizagem. Além disso, são planejadas atividades diferenciadas para cada
aluno de acordo com tema das aulas, pois em todas as turmas há alunos que não
acompanham as atividades pensadas para a maioria dos alunos, ou seja, estão em
nível aquém do esperado. A Educação não pode ter como objetivo a simples
transmissão de informações para o aluno. Deve garantir-lhe autonomia de
pensamento, capacidade de tomar iniciativa e de desenvolver o pensamento
crítico, para viver em uma sociedade em constante e acelerado processo de
crescimento e transformação. É fundamental acreditar que o indivíduo é capaz de
construir seu próprio conhecimento embora, necessite nos primeiros anos de
vida, de orientação de professores e de sua família na organização do processo
de aprendizagem. Neste aspecto alguns saberes devem ser levados em consideração
como: pessoais, disciplinares, curriculares e experienciais. Considerando o
educando um agente de construção de sua aprendizagem, serão utilizadas
atividades de desafio, estimulando-o a agir reflexivamente, trocando ideias e
opiniões com o professor e os colegas sobre as possíveis soluções. Os temas
serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais e
significativas para o aluno, procurando valorizar seu conhecimento anterior,
mostrando-lhe que os assuntos apresentados são importantes para sua vida mesmo
fora da escola desenvolvendo sua capacidade de gerenciar informações. Nesse
contexto são desenvolvidas as Intervenções Pedagógicas usando estratégias
diferenciadas como: seminários, simpósio, estudo dirigido, estudo de caso,
aprendizagem por projetos, aula investigativa e tema gerador que auxiliarão no
desenvolvimento de ensino-aprendizagem e processo avaliativo do educando. A
escola desenvolve projetos onde os alunos aprendem no processo de produzir, de
levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas
buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. E, portanto,
o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de
informações que tem como centro do processo a atuação do professor – para criar
situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se estabelecem
neste processo, cabendo ao professor realizar as intervenções necessárias para
que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo, a partir das
relações criadas nessas situações.
3.3 MODALIDADES DE ENSINO
OFERTADA NA UNIDADE ESCOLAR:
3.3.1 Educação para alunos com
deficiência
A
prática pedagógica aos alunos com necessidades especiais perpassa todos os
níveis e modalidades de ensino atendidas pela escola.
Além
disso, os professores que atuam nas turmas com alunos inclusos, trabalham com
atividades diferenciadas para cada aluno contemplando suas especificidades,
inclui os alunos em apresentações artísticas, culturais, com objetivo de
superação dos desafios individuais e de aprendizagem específicos relacionadas
às áreas do conhecimento/disciplinas ministradas.
A Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, tem
por objetivo principal proporcionar ao aluno com necessidades especiais o
desenvolvimento de suas potencialidades, tanto nos aspectos intelectuais,
físico e social mediante conhecimentos, habilidades e aptidões do educando
promovendo sua auto realização e assegurar os direitos das pessoas com
deficiência, bem como sensibilizar a comunidade escolar reduzindo preconceitos
e buscando a equiparação de oportunidades.
O atendimento na escola aos alunos com
necessidades especiais é ofertado em sala de aula comum, onde o professor deve
oferecer atividades diferenciadas de forma a promover a aprendizagem e o
desenvolvimento do educando, buscando perceber e atender as necessidades educativas
especiais de todos os alunos que tem dificuldades de aprendizagem. A Escola se
orienta no que tange a resolução normativa abaixo:
RESOLUÇÃO
NORMATIVA Nº 001/2012-CEE/MT
Fixa
normas para oferta da Educação Especial na
Educação Básica
do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso.
O
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃODE MATO GROSSO, no uso das Atribuições legais, de acordo com o disposto nos artigos
58, 59 e 60 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e suas alterações; e em
conformidade com a Lei Complementar nº 49, de 1º de outubro de 1998, e suas
alterações; com o art. 24 da Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e seu Protocolo Facultativo,
aprovado por meio do Decreto Legislativo nº 186/2008, com status de Emenda constitucional e promulgados pelo Decreto nº
6949/2009; demais diretrizes nacionais pertinentes, e por decisão da Plenária
do dia 20.12.2011,
R E S O L
V E:
Capítulo
I
DA EDUCAÇÃOESPECIAL
Art. 1º -
A Educação
Especial, como modalidade transversal da Educação Básica, ao perpassar todas as
etapas e modalidades de ensino, deve-se constituir como parte integrante da Educação
regular, visando favorecer o processo de escolarização dos alunos com
deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades
ou superdotação.
Art. 2º - A Educação
Especial pauta-se nos princípios éticos, políticos e estéticos que fundamentam
a educação, de modo a assegurar aos que apresentam necessidades educacionais
especiais:
I.
a preservação da dignidade humana e a observância
do direito de cada aluno de realizar
seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social;
II. a
busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento a valorização
das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades
educacionais especiais, no processo de ensino e aprendizagem, como base para a
constituição e a ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e
competências;
III. o
desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua ampliação,
mediante o cumprimento de seus deveres e o
usufruto de seus direitos.
Art. 3º -
A Educação
Especial tem por objetivo desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores, garantindo o atendimento
educacional especializado por professores qualificados.
Art. 4º - Para
fins desta Resolução, considera-se público-alvo da Educação
Especial:
I. alunos com deficiência: aqueles
que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial;
II. alunos com transtornos globais
do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro
de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou
estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição
alunos com autismo clássico,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno de integrativo da infância (psicoses) e transtornos
invasivos sem outra especificação;
III. alunos com altas
habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as
áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Art. 5º -
Para a
identificação das necessidades educacionais especiais do aluno, as decisões
quanto ao atendimento necessário cabem à equipe técnica da unidade escolar, que
procederá à sua avaliação pedagógica, com a colaboração da família.
§ 1º – O
atendimento especializado a que se refere o caput deste artigo será
realizado no período inverso da sala de aula comum.
§ 2º - Havendo
dúvida na avaliação realizada pela escola, em relação à necessidade de
atendimento educacional especializado, esta deverá solicitar orientação da
Gerência de Educação Especial – SEDUC-MT, com interveniência de equipe
multiprofissional e/ou órgãos afins, das Secretarias Municipais.
§ 3º- A
avaliação diagnóstica diferencial, o atendimento e serviços de apoio
especializados necessários para os alunos com necessidades educacionais
especiais, matriculados na rede privada de ensino, são responsabilidades da
própria escola.
3.4 Sistemática de Avaliação
3.4.1 Educação
Infantil
A avaliação na Educação Infantil parte da concepção de acompanhar o
desenvolvimento da criança no contexto no qual ela está inserida, a partir de
um olhar teórico-reflexivo sobre as manifestações sucessivas e gradativas dessa
criança, respeitando sua individualidade.
Conforme as DCNEI (2009), a avaliação é um importante instrumento de
reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para orientar
as aprendizagens das crianças.
Em 2013, a Lei nº. 12.796 /2013 alterou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional) trazendo maior detalhamento ao artigo 31. A nova redação
desse artigo mantém a ideia base de a avaliação servir para o acompanhamento e
o registro sobre o desenvolvimento das crianças, desvinculada da sua promoção
ou retenção. Outro dado acrescentado ao artigo 31 refere-se à “expedição de
documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem
da criança”.
Neste sentido, é preciso refletir sobre o que diz Moro e Souza (2016, p.
94): [...] “temos de cuidar para que a avaliação das crianças na Educação
Infantil não venha a ser exclusivamente atrelada ao controle burocrático e
oficial dos sistemas de ensino. Isso poderia justificar práticas exclusivas de
preenchimento de fichas, realização de pareceres ou relatórios padronizados,
embasados num ideal de desenvolvimento e aprendizado para a infância.”
Nessa perspectiva, a avaliação na primeira etapa da Educação Básica, não
deve assumir fins de seleção e classificação, muito menos uma prática para
avanços de estudos. Deste modo, cabe ressaltar que não devem existir práticas
inadequadas de verificação da aprendizagem, tais como: diagnósticos, perfis de
entrada e saída e provinhas para as crianças na Educação Infantil.
Portanto, a avaliação na Educação Infantil, deve estar aliada ao
planejamento, visando verificar e analisar se os objetivos foram alcançados,
uma vez que, o professor deve aguçar o seu olhar atento, observador, afetuoso e
intencional constantemente no processo de aprendizagem e desenvolvimento da
criança, pois uma avaliação padronizada não possibilita ao professor refletir
sobre a sua prática educativa e tampouco, sobre as experiências de aprendizagem
que oportuniza às crianças.
Ainda, sobre o processo de avaliação na Educação Infantil e sua
significação no desenvolvimento e aprendizagem das crianças é preciso
considerar o que diz Moro (2016, p. 95) “avaliar as crianças pequenas é
enfrentar o desafio de revelar o universo infantil na sua singularidade e
transformação, em face às experiências educativas enriquecidas oferecidas a
elas”.
Diante desse contexto, o Estado de Mato Grosso, destaca a necessidade de
se criar procedimentos e acompanhamentos, conforme fica estabelecido nas DCNEI
(2009, p. 99), de modo a garantir:
I. a observação crítica e criativa das atividades, das
brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;
II. utilização de múltiplos registros realizados por
adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
III. a continuidade dos processos de aprendizagens por
meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição
vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições
no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino
Fundamental);
IV. documentação específica que permita às famílias
conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;
V. a não- retenção das crianças na Educação Infantil.
Destarte, a avaliação deverá sempre acompanhar o processo educativo,
podendo ocorrer em momentos diversos e em todas as situações. A avaliação
também deve contribuir para que as crianças acompanhem suas conquistas,
dificuldades e possibilidades, no decorrer de seu processo de desenvolvimento e
construção do conhecimento, ou seja, a avaliação precisa ser responsável
conforme explicita (KRAMER, 2014, p. 61) “[...] uma avaliação responsável
considera as condições e as ações concretas necessárias para a implantação de
uma prática de qualidade [...]”.
No contexto da Educação Infantil, a avaliação tem a finalidade de
investigação e de acompanhamento e não o julgamento das crianças, uma vez que o
processo de conhecimento e aprendizagem é gradativo. Nesse sentido, o professor
deve conhecer bem cada criança e desenvolver um trabalho partindo de sua
identidade e vinculado à ética, ao cuidado, ao respeito e atenção a todas as crianças,
sem promoção de discriminação e exclusão.
Para a criança pequena dessa etapa de ensino, um olhar de aprovação do
professor pode culminar para aquisição de autonomia e confiança em si própria e
em suas conquistas e descobertas, ao agir dessa forma, o professor demonstra
seu interesse pelas singularidades de cada grupo de criança pelo qual é
responsável.
Reconhecendo a importância da avaliação na Educação Infantil, o Estado
de Mato Grosso orienta que esse processo tenha um caráter processual, não
classificatório e que dê atenção às relações das crianças no grupo e também em
suas aprendizagens individuais. Alerta-se que os registros e pareceres com
roteiros padronizados, que discorrem as mesmas situações sobre diferentes
crianças, desconsideram suas individualidades e processos.
Assim como, reforça a necessidade de documentação específica que
oportunize as famílias das crianças conhecerem as ações pedagógicas realizadas
pela instituição educativa e aos seus processos de desenvolvimento e aprendizagem,
o qual se constitui em um direito dos pais e ou responsáveis acompanhar e
compreender as práticas pedagógicas desenvolvidas pela instituição educativa.
Diante disso, a Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho cumpre o
indicativo da BNCC (Base Nacional Comum Curricular, 2018), alinhado ao DRC-MT
(Documento de Referência Curricular de Mato Grosso, 2018).
3.4.2 Ensino Fundamental- anos iniciais
Segundo
Luckesi (1999), a avaliação da aprendizagem é entendida como “um ato amoroso,
na medida em que a avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando
pelos mais variados meios, no curso da aprendizagem satisfatória, que interage
todas as suas experiências de vida”.
Entende-se
avaliação como um processo de inclusão e acompanhamento na construção do
conhecimento identificando eventuais problemas e dificuldades e corrigindo-os
antes de avançar.
Tendo em
vista a formação integral do educando, na avaliação da aprendizagem serão
oferecidas oportunidades para diagnosticar, acompanhar e reorientar o trabalho
pedagógico a ser desenvolvido pelo professor.
De acordo
com a Resolução nº 257/06- CEE-MT e Resolução nº 07, de 14 de dezembro de 2010,
a avalição no Ensino Fundamental dos anos iniciais deverá ser diagnóstica, formativa
e somativa de forma a garantir o processo de desenvolvimento do aluno e
apropriação do conhecimento como referência da ação educativa.
Para
avaliação do aproveitamento de ensino, deverão ser utilizados no decorrer de
cada bimestre diversos instrumentos de avaliação e prevalecerá o aspecto
qualitativo sobre o quantitativo, principalmente na forma de avaliação
contínua, ou seja, a avaliação escrita terá peso de 40% e a avaliação
qualitativa, 60%.
Os
instrumentos de avaliação poderão ser aplicados através de:
I. Auto- avaliação (professor, aluno e escola);
II. Avaliações escritas;
III. Avaliações orais;
IV. Exercícios de verificação;
V. Pesquisa;
VI. Observação do desempenho do aluno no cotidiano,
na sala de aula e na escola;
VII. Desenvolvimento das atividades nos projetos;
VIII. Portfólio (passos percorridos pelo
estudante);
IX. Trabalhos Individuais;
X. Dramatização;
XI. Seminário;
XII. Desenho;
XIII. Maquete;
XIV. Produção
textual;
XV. Registro/fichas;
XVI. Participação e
frequência;
XVII. Trabalhos em grupo;
XVIII. Debates sobre assuntos/tema: compreender
ideias e expor suas próprias palavras;
XIX. Musicalidade;
XX. Jogos;
XXI. Gincana de conhecimento;
XXII. Outros processos dinâmicos que se afiguram pedagogicamente
válidos e recomendáveis.
A síntese dos instrumentos de avaliação será
expressada por notas, na escala de zero a dez de forma somativa, contendo 3
(três) notas por bimestre em cada componente curricular no Ensino Fundamental anos
iniciais.
A avaliação será constante e terá por objetivo
observar o desenvolvimento do aluno mediante a programação aplicada para
verificar se esta é compatível à sua fase de desenvolvimento e ao atendimento às
suas necessidades. Para o registro das avaliações são usados os diários de
classe e boletins.
Na avaliação dos educandos com deficiência devem-se
levar em conta as potencialidades e possibilidades de cada indivíduo. Os
instrumentos de avaliação podem ser aplicados através de áudio, oralmente e do
uso de computador, celular ou tablet, não necessariamente de forma escrita.
O professor deverá realizar adaptações e adequações
curriculares, utilizando recursos didáticos diferenciados e processos de
avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos com deficiências respeitando
a frequência obrigatória.
Considerar-se-á aprovado o aluno com aproveitamento
igual ou superior a 6,0 (seis) na escala de menções/valores e frequência igual
ou superior a 75%.
Será promovido a turma/ano seguinte o aluno cuja
somatória dos 04 (quatro) bimestres totalize no mínimo 24,0 (vinte e quatro)
pontos.
3.4.2.1 Recuperação paralela
De acordo com a Lei de Diretrizes e Base da Educação
Lei n° 9394/96 Inciso V, letra “C”, e Lei Complementar n°49/98, prevê a
obrigatoriedade dos estudos de recuperação. Regulamentada pela resolução n°
150/99 – CEE/MT, Artigo 26.
Os estudos de recuperação paralela são
obrigatórios, sendo oferecido sempre que o aluno apresentar dificuldades no
processo de aprendizagem nas séries/anos que não conseguir a nota mínima
exigida no Regimento escolar.
Os estudos de recuperação da aprendizagem
desenvolvidos de forma paralela poderão ser realizados utilizando-se das
seguintes estratégias, de acordo com a disponibilidade da escola.
·
Atividades diversificadas oferecidas durante a
aula;
·
Atividades em horários complementar na própria
escola;
·
Plano de trabalho organizado pelo professor para
estudo independente por parte do aluno.
No caso do inciso I e II acompanhado pelo professor
articulador e por colegas da sala que não apresentam dificuldades esse
atendimento poderá ocorrer no próprio período oposto.
A recuperação de conteúdo/habilidades e
competências será contínua e paralela, acontecendo durante as atividades
regulares e com a utilização de instrumentos diversificados a exercícios
adicionais de compreensão, sob a Coordenação do professor das
disciplinas/atividades, oferecendo oportunidades para melhor desempenho do
aluno, facilitando a aquisição dos pré-requisitos necessários a aprendizagens
subsequentes.
Procedimento por parte da Equipe Pedagógica e do
Corpo Docente: Todos os procedimentos de recuperação comprometem-se com os
registros dos mesmos observados os aspectos abaixo indicados:
·
Retomada do conteúdo anterior;
·
Atendimento a dúvidas;
·
Orientações sobre avaliação e/ou trabalhos na
disciplina;
·
Aprofundamentos;
·
Exercícios adicionais de Compreensão;
·
Atendimento Individual por parte do professor,
paralelo aos trabalhos em grupo;
·
Tarefa de casa com correção e revisão em sala de
aula;
·
Qualquer outro expediente que venha a ser criado
pelo professor para esta finalidade.
·
Informação permanente aos pais sobre a Educação do
quadro de dificuldades do aluno, com o registro do encontro devidamente visado
pela escola e pela família;
·
Orientações especiais sobre “como estudar”;
·
Convocação dos pais e do aluno para orientação
especial quando, apesar de todos os esforços, as dificuldades do aluno
persistirem;
·
Conscientização dos alunos da mudança de paradigma
no que se refere à recuperação e da necessidade de estudar desde o Início do
ano letivo.
·
A monitoria e o acompanhamento dos alunos serão
feitos com o apoio do professor titular e do professor articulador.
·
A nota obtida na recuperação paralela anula a
anterior, se for maior. Caso seja inferior, permanece inalterada a nota obtida
pelas avaliações.
Os resultados da recuperação contínua e paralela,
assim como os conteúdos, serão registrados no Diário de classe.
A escola
auxiliará o aluno em todas as suas dificuldades de aprendizagem, não podendo
ser responsabilizado por todas as dificuldades de aprendizagem, uma vez que
elas podem ser fruto de lacunas de conteúdos em função de transferência e até
de falta de estudos e de interesse por parte do aluno e da família.
O processo de recuperação tem por objetivo, atender
aos alunos com aproveitamento insuficiente nas avaliações e será feita de forma
contínua e paralela.
Os alunos permanecerão na sala de aula juntamente
com os demais, onde o professor usará as avaliações como diagnóstico das
necessidades de aprendizagem e proporá atividades com criatividade para
recuperar esses alunos, considerando as capacidades a serem desenvolvidas pelos
alunos ao longo do percurso de estudo.
3.4.2.2 Conselho de classe
O Conselho de Classe acontece de forma condizente
ao sistema avaliativo com caráter participativo, interativo, com o intuito de
refletir sobre a prática escolar e melhorando se necessário, discutindo-se
dificuldades e alternativas para melhoria da aprendizagem e progressos dos
alunos.
O Conselho de Classe é realizado Pela Equipe
Gestora: Diretor, Coordenador, Articulador e professores em horário de hora
atividade. Acontece durante o Ano letivo por quatro vezes, uma vez por bimestre
antes da finalização do bimestre.
O Conselho de Classe é uma instância educativa, prevista em lei, da
maior importância para o processo educativo da Escola Municipal Chapeuzinho
Vermelho Sua função básica é contribuir para a melhoria do processo
ensino-aprendizagem, mediante uma discussão coletiva dos professores,
coordenadora, Diretora e Articulador, na busca de saídas para as dificuldades
que o processo apresenta.
Como Conselho de Classe, a lei lhe confere o
direito de referendar ou modificar a visão parcial que cada professor tem dos
alunos na sua turma, buscando perceber e analisar o desenvolvimento dos mesmos
de uma forma mais ampla e global, considerando os diversos critérios
estabelecidos para analisar o desempenho e o crescimento do aluno no seu
processo de formação.
Compete ao conselho de classe:
a) Avaliar o crescimento global do aluno, proporcionando a melhor
integração dos objetivos educacionais;
b) Considerar cada aluno como indivíduo único e com características
próprias;
c) Avaliar o desempenho escolar da turma e dos educandos
individualmente, a relação docente/educando, o relacionamento entre os próprios
educandos e questões referentes ao processo pedagógico, no decorrer de cada
trimestre do ano letivo;
d) Caracterizar e localizar os alunos com dificuldades na aprendizagem;
e) Sondar e localizar as causas da dificuldade no processo
ensino-aprendizagem;
f) Estabelecer para cada caso e disciplina ou atividade, o tipo de
acompanhamento que deverá ter o aluno para se recuperar;
g) Conscientizar e orientar o professor na avaliação permanente, de
forma que fiquem registradas observações concretas e constantes dos fatos
acontecidos com o aluno;
h) Conscientizar o professor da importância da constante auto avaliação
das atividades docentes, possibilitando o replanejamento dinâmico, tornando
assim mais eficiente o processo ensino-aprendizagem;
i) Registrar em ata as decisões, proposições e encaminhamentos adotados
pelo Conselho de Classe, que será devidamente assinada por todos os presentes
na reunião.
j)
Proceder as avaliações global, contínua e intensiva e a promoção ou no final do
ano letivo;
k) Propor
medidas que contribuem para a eficiência no processo educativo.
O
Conselho deverá reunir-se no mínimo 4 (quatro) vezes por ano no curso Regular.
Todas as reuniões deverão ser registradas em ata que deverá ser aprovada e
assinada por todos os membros presentes.
3.5 GESTÃO
ESCOLAR
A Direção é o órgão executivo que tem por
finalidade executar, supervisionar, coordenar, controlar e responder por todas
as atividades escolares.
A Direção tem como objetivo atingir as funções
Administrativas e Pedagógicas.
A gestão das unidades escolares será exercida pelo
Diretor, auxiliado pelo Coordenador Pedagógico, pelo Articulador e pelo
Secretário de unidade escolar, em consonância com as deliberações e proposições
do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar, observadas as normas contidas
na Lei 511/08 e nas disposições legais em vigor.
Os Diretores das escolas públicas municipais
deverão ser indicados pelo chefe do Poder Executivo Municipal, conforme ADI
282-1, que declarou inconstitucional o artigo 237, IV, da Constituição do
Estado de Mato Grosso.
EQUIPE GESTORA
NOME |
FUNÇÃO |
FRANCIANE
LIMA CAVALCANTE TEZA |
Diretora
- gestão 2019- 2021 |
CRISTINA
IZABEL HAGMUSSI ANGELIM |
Coordenadora
Pedagógica 2021 - 2022 |
ROSYMEIRE
DA SILVA OURIVES |
Professora
Articuladora |
UESTERDOUGLAS
SOARES ROCHA |
Secretário
Escolar |
3.6 USO PEDAGÓGICO DA BIBLIOTECA
ESCOLAR INTEGRADA
A Biblioteca
Integrada, situada na Escola Municipal da escola, terá a finalidade de atender
aos alunos, professores, coordenadores, pais, etc., visando a consulta para
enriquecimento, trabalhos, pesquisas e leitura. Ela é integrada com o
Laboratório de Informática, ambas ocupando a mesma sala.
O cargo de bibliotecário será exercido por um
servidor, designado pela Direção da escola. A
organização e funcionamento serão determinados por regulamento próprio,
aprovação pela Direção, atendendo às necessidades e conveniências de ordem
administrativa ou didática pedagógica, em qualquer época.
São atribuições do
Bibliotecário:
I.
Fazer divulgação entre os professores e alunos de
concurso Literário e outros;
II.
Manter atualizado o cadastro de livros da
biblioteca;
III.
Protocolar entradas e saídas de livros;
IV.
Orientar os alunos nos trabalhos e pesquisas;
V.
Organizar a biblioteca de modo a facilitar o
trabalho;
VI.
Promover de acordo com a direção, campanha para
aquisição de livros envolvendo a comunidade.
VII.
Agendar horário de atendimento.
O acervo será constituído de compras e doações
livros do FNDE.
A Biblioteca da Escola Municipal Chapeuzinho
Vermelho atua de forma integrada ao Laboratório de Informática, estando
preparada para conectar os alunos à internet e propiciar a realização de
pesquisas e trabalhos escolares diversos, contando com uma profissional docente
(em desvio de função) para auxiliá-los.
3.7 PROGRAMAS E PROJETOS QUE A
UNIDADE ESCOLAR PARTICIPA OU DESENVOLVE
Os
programas que fazem parte da Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho são: PDDE
ESCOLA, Censo Escolar, IDEB, PNLD – Programa Nacional do Livro Didático, Mais
Alfabetização, PSE (Programa Saúde na Escola), Douradinho, Formação Continuada,
PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, Bolsa Família e Projetos
Educacionais que a escola desenvolve com a comunidade escolar.
PDDE – PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA
O PDDE é a segunda principal fonte financiadora da
escola, pois a principal fonte vem do órgão mantenedor, a Secretaria Municipal
de Educação e Cultura. O PDDE tem por finalidade prover com recursos
financeiros creditados diretamente em conta específica das Unidades Executoras
(UEx) – APMF, para execução de ações que proporcionem o fortalecimento da
participação da comunidade escolar nos planos financeiro, administrativo e
didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da Educação Básica e
objetiva a melhoria da infraestrutura física e pedagógica dos estabelecimentos
de ensino
Os critérios de participação do programa PDDE são: Ter
participado do CENSO ESCOLAR do ano anterior; Efetivar
o cadastro, por intermédio do Sistema PDDE Web; Informar
ao FNDE, por intermédio do Sistema PDDE Web, os percentuais de recursos que
desejarão receber em custeio e/ou capital no exercício subsequente ao da
informação; Não
estar inadimplente com prestação de contas de recursos do PDDE recebidos
anteriormente, pois incorrendo na omissão ou inadimplência de prestação de
contas do PDDE, ficam impedidas de receber recursos.
CENSO
ESCOLAR
O
Censo Escolar é o principal e mais completo levantamento de dados
estatístico-educacionais de âmbito nacional realizado todos os anos e
coordenado pelo Inep. As informações coletadas permitem traçar um panorama
nacional da Educação Básica, referência para a formulação de políticas públicas
e execução de programas na área da Educação (MEC 2018). Os dados do censo são
ainda utilizados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB), indicador que serve de referência para as metas do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação (MEC 2018). No ano
de 2019, foram alunos registrados no Educa censo da Escola Municipal
Chapeuzinho Vermelho.
IDEB - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃOBÁSICA
IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica,
criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade do aprendizado
nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino (MEC 2018). O IDEB
funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da
qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a
sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o IDEB é
calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar
(aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os
índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado
anualmente (MEC 2018). As
médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e
municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), para os
estados e o País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo IDEB
são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de
alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos
países desenvolvidos (MEC 2018).
PNDL -
PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E DO MATERIAL DIDÁTICO
O Programa Nacional do Livro e do Material Didático
(PNLD) é destinado a avaliar e a disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e
literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma
sistemática, regular e gratuita, às escolas públicas de Educação Básica das
redes federal, estaduais, municipais e distrital e também às instituições de Educação
Infantil comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e
conveniadas com o Poder Público (MEC, 2018). A execução do PNLD é realizada de
forma alternada. São atendidos em ciclos diferentes os quatro segmentos: Educação
Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental, anos finais do Ensino
Fundamental e ensino médio. Os seguimentos não atendidos em um determinado
ciclo, recebem livros, a título de complementação, correspondentes a novas
matrículas registradas ou à reposição de livros avariados ou não devolvidos
(MEC, 2018).
O FNDE distribui os livros didáticos de acordo com
projeções do censo escolar referente aos dois anos anteriores ao ano do
programa, pois são as informações disponíveis no momento do processamento da
escolha feita pelas escolas. Dessa maneira, poderá haver pequenas oscilações
entre o número de livros e o de estudantes.
FORMAÇÃO
CONTINUADA
A formação continuada desenvolvida na Escola, tem
como base a Proposta da Secretaria Municipal de Educação, Equipe Gestora
Coordenadora e profissional da educação. Tendo como centralidade pensar o
currículo de forma integrada e interdisciplinar, firmando a Proposta/PPP
envolvendo todos os profissionais da educação. A sua finalidade é fazer com que
o indivíduo tenha um despertar para mudanças que ocorram em sua volta, melhorar
a prática educativa e a qualidade de ensino. Na escola Municipal Chapeuzinho
Vermelho o Projeto Sala de Estudos acontece nas terças-feiras, das 17:15 às
20:15h, totalizando 81 horas.
PROJETOS
PEDAGÓGICOS
Os projetos desenvolvidos na Escola Municipal
Chapeuzinho Vermelho são: Projeto Macro: Estante Magica, Um Por todos e Todos
Por Um! Pela Ética e Cidadania (5º ano), OBA, CEARPA, entre outros.
CONSELHO
DELIBERATIVO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Sua função primordial é participar das decisões da
gestão escolar, nas discussões, elaboração e do Projeto Político Pedagógico,
acompanhar as questões administrativas e financeiras, no âmbito da escola,
visando construir, efetivamente, uma Educação de qualidade social. Para
exercícios dessas atividades, o CDCE tem as seguintes funções: Consultivas,
deliberativas e mobilizadoras. Em conversas com a gestão e membros do CDCE, no
período de eleição para escolha dos membros temos à seguinte situação, não surge
ninguém para se candidatar aos referidos cargos, os gestores precisam estar em
busca de membros, pois ninguém se manifesta, após essa busca é realizado uma
eleição para ocupação dos cargos. Constituição do CDCE, prevista no Art. 18, da
Lei 7040/98 e de acordo com o Estatuto do CDCE já optado pela comunidade
escolar: 8 membros titulares (2 professores, 2 profissionais administrativos
(TAE ou AAE), 4 pais (por não ter alunos na idade exigida)4 membros suplentes,
sendo 1 de cada segmento;
O Programa Nacional de
Fortalecimento dos Conselhos Escolares tem como objetivos:
·
Ampliar a participação das comunidades escolar e
local na gestão administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas.
·
Apoiar a implantação e o fortalecimento de
conselhos escolares.
·
Instituir, em regime de colaboração com os sistemas
de ensino, políticas de implantação e fortalecimento de conselhos escolares.
·
Promover em parceria com os sistemas de ensino a
capacitação de conselheiros escolares.
·
Estimular a integração entre os conselhos
escolares.
·
Apoiar os conselhos escolares na construção
coletiva de um projeto educacional no âmbito da escola, em consonância com o
processo de democratização da sociedade.
·
Promover a cultura do monitoramento e avaliação no
âmbito das escolas, para a garantia da qualidade da educação.
4. PLANO DE AÇÃO
4.1 PLANO DE AÇÃO BIENAL 2021-2022
4.1.1 Ambiente Educativo
NECESSIDADE:
Valorização do Projeto Político Pedagógico
OBJETIVOS: Nortear as práticas
pedagógicas e a organização do trabalho da escola.
INDICADOR: Fortalecer a relação
entre instituição e comunidade.
4.1.2 Prática Pedagógica
NECESSIDADE: Diagnosticar a
criança com defasagem de aprendizagem.
Detectar a defasagem de
aprendizagem dos alunos com dificuldade, redimensionando em grupos de 5 a 6
alunos.
OBJETIVOS: Identificar a
quantidade de criança com deficiência de aprendizagem. Atender os alunos com
carência de conhecimentos.
INDICADOR: Alunos com menor
rendimento na aprendizagem. Quantidade de alunos por turma com defasagem na
aprendizagem.
4.1.3 Avaliação
NECESSIDADE: Orientar para que os docentes diversifiquem
as metodologias de ensino.
OBJETIVOS: Buscar recursos
metodológicos diferenciados, focando na dificuldade de aprendizagem.
INDICADOR: Alunos que precisam de
apoio nas atividades.
4.1.4 Gestão Escolar Democrática
NECESSIDADE: Acompanhar as
frequências dos alunos, visando o menor número possível de faltas. Baixa
participação efetiva da comunidade nas decisões da escola.
OBJETIVOS: Reduzir o número de
faltas. Promover uma escola democrática e participativa, segura e comprometida
com a qualidade do ensino.
INDICADOR:A falta do aluno na
sala provoca uma lacuna na aprendizagem dos conteúdos. A minoria dos pais
participa das atividades desenvolvidas pela escola.
4.1.5 Formação e Condições de
Trabalho dos Profissionais da Escola
NECESSIDADE: Formação continuada aos
profissionais para atender a diversidade de desafios na aprendizagem.
OBJETIVOS: Capacitar os professores.
INDICADOR: Alunos de diversos
níveis de aprendizagem, com rendimento diferenciado.
4.1.6 Ambiente Físico Escolar
NECESSIDADE: Construção de uma
quadra esportiva coberta. Ter um parquinho completo para a recreação das
crianças.
OBJETIVOS: Melhorar o ambiente em
dias de sol e de chuva. Ampliar os brinquedos no parquinho.
INDICADOR: Os alunos ficam sem
opções de espaço de Educação Física devido ao sol e a chuva.
4.1.7 Acesso, Permanência e
Sucesso na Escola
NECESSIDADE:
Valorizar o aluno no contexto em que está inserido.
OBJETIVOS:
Tornar o ambiente mais atrativo.
INDICADOR:
Que o aluno tenha prazer de estar e permanecer neste ambiente educativo.
4.2 PREVISÃO DE RECEITAS
Recursos provenientes da parceria
com o MEC através do Programa PDDE Escola.
ANO DO EXERCÍCIO: 2021 |
||
PROGRAMA |
VALOR |
DATA DO
PGTO. |
PDDE
- Manutenção Escolar
|
4.630,00 |
16/ABR/2021
|
PDDE
AE - Emergencial COVID-19
|
573,81
|
15/ABR/2021 |
TOTAL |
5.203,81 |
- |
Obs.: PREVISÃO DE RECEITAS PARA O
ANO DO EXERCÍCIO 2022: INDISPONÍVEL
4.3 PLANO DE AÇÃO ANUAL
4.3.1 Manutenção Geral
AÇÃO:
Melhorar a estrutura da escola, fazendo consertos e melhorias de acordo com as necessidades
e possibilidades.
ESTRATÉGIA:
Registrar as necessidades e encaminhar para os responsáveis, buscando melhorias para
tornar o espaço físico mais agradável;
4.3.2
Ambiente Educativo
AÇÃO:
Cultivar relações de respeito mútuo entre professores e servidores.
ESTRATÉGIA:
Respeitar todos os envolvidos no trabalho Escolar, estimular cada indivíduo
para que realize o trabalho com alegria e motivação, respeitar as
individualidades, elogiar coletivamente e corrigir em particular.
4.3.3 Prática Pedagógica
AÇÃO: Integrar Escola, famílias e
comunidade, mobilizando todos na construção e evolução da aprendizagem dos
alunos, foco primordial da Escola.
ESTRATÉGIA: Promover a melhoria
do Ensino e da Aprendizagem das crianças, com projetos, estímulos e trabalho em
equipe
4.3.4 Avaliação
AÇÃO: Desenvolver avaliação
diagnóstica para conhecer o nível de aprendizagem de cada aluno.
ESTRATÉGIA: Efetivar avaliações
formativas, diagnósticas e significativas, garantindo que os alunos desenvolvam
as habilidades descritas na BNCC/DRC-MT.
4.3.5 Gestão Escolar Democrática
AÇÃO: Planejar juntamente com o
CDCE e equipe escolar, onde serão gastas as verbas destinadas à Escola;
ESTRATÉGIA: Adquirir materiais
úteis e necessários para a melhoria das condições de trabalho, decididos
coletivamente.
4.3.6 Formação e Condições de
Trabalho dos Profissionais da Escola
AÇÃO: Proporcionar Sala de
Estudos envolvendo todos os servidores.
ESTRATÉGIA: Salas de Estudos,
palestras, vídeos, debates, troca de experiências e temas sugeridos pela
Secretaria Municipal de Educação.
4.3.7 Ambiente Físico Escolar
AÇÃO: Reivindicar a construção de
um quadro esportivo coberta para a escola.
ESTRATÉGIA: desconsiderar, pois
através de emenda parlamentar a Escola já foi atendida, o projeto já foi
elaborado, sendo aguardado o início da construção.
4.3.8 Acesso, Permanência e
Sucesso na Escola
AÇÃO: Valorização do aluno.
ESTRATÉGIA: Respeitar as
individualidades, envolver as famílias, estimulação através de incentivos como
premiações, projetos, vídeos e aulas de reforço.
4.4 PLANEJAMENTO
Destacamos a importância das 07 dimensões, no PLANO
DE AÇÃO BIENAL 2021/2022, e são nelas que as ações deverão ser inseridas, tendo
como foco o diagnóstico da realidade escolar, posterior, elaborar o Plano de
Ação Anual, onde as ações devem corresponder às necessidades diagnosticadas no
PPP, e dentre elas, as definidas como prioridades que efetivamente possam ser
realizadas, decididas no coletivo e que sejam de caráter financiável ou
não-financiável contemplando os diversos recursos recebidos pela unidade
educacional.
Para a inserção do PLANO DE AÇÃO ANUAL, faz-se
necessário conhecer a origem dos recursos obtidos na escola e os valores com
base nas receitas do exercício anterior, no menu Previsão de Receitas, espaço
destinado à previsão de recursos públicos e receitas originárias recebidos pela
escola. As receitas originárias são aquelas que têm origem na comunidade,
arrecadados por meio de parcerias, contribuições, doações, festas, rifas, etc.
Resultam do próprio esforço da escola e da entidade privada a ela vinculada.
4.4.1 Plano de demanda
·
Aquisição de brinquedos para o parquinho;
·
Uma quadra de esportes coberta. (ATENDIDO)
O Plano de Demanda é um espaço destinado à
solicitação de bens e serviços a serem adquiridos ou prestados pelo órgão
executor central, neste caso, a Secretaria de Educação. Esse planejamento
também deverá seguir as necessidades/prioridades definidas pelo coletivo com
base no PPP. É com base no Plano de Demanda que possibilita o planejamento para
aquisições das necessidades das unidades educacionais.
4.4.2. Plano estratégico de
retorno às aulas presenciais
No momento atual, maio/2021, o Estado de Mato Grosso
encontra-se com o número de casos e óbitos por Covid-19 em um patamar elevado,
com os leitos de UTI em níveis críticos de ocupação; no município de
Paranatinga a situação não é diferente.
As vacinas para o combate à doença estão chegando
lentamente e, portanto, não existe previsão para o retorno às aulas presenciais
no Estado.
A Secretaria Municipal de Educação, seguindo
deliberações da UNDIME, havia iniciado junto aos/àsgestores/as escolares, um
Plano Estratégico de Retomada Gradativa e Segura das Atividades, o qual, pelos
motivos citados acima, encontra-se pausado.
Sendo assim, apenas procedimentos administrativos,
relacionadas à matrículas, transferências, dentre outros, estão sendo realizados
de forma presencial na Escola.
As aulas e atividades estão sendo realizadas de
forma on line, por meio do aplicativo de mensagens whatsapp e da
plataforma de comunicação por vídeo Google Meet.
Há ainda de forma presencial, conforme agendamento,
a entrega de apostilas e a devolutiva das atividades escolares dos alunos.
5 REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA,
Zilma Ramos. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo. Cortez, 2005.
Brasília,
2005; Secretaria Especial dos Direitos Humanos. (MEC) Estatuto da Criança e do adolescente, (ECA).
Brasília,
2007. MEC (PCNs) Parâmetro Curriculares
Nacionais.
GADOTTI,
Moacir. História das ideias pedagógicas.
São Paulo: Ática, 2001.
LEI DE DIRETRIZES
E BASES DA EDUCAÇÃONACIONAL. 20 de dezembro de 1994. MEC, Brasília, 1994.
VEIGA,
Ilma Passos A. (org.) Projeto
político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23ªEd, Campinas –
São Paulo: Papirus, 2001.
VEIGA,
Ilma Passos A. (org.). Escola: espaço do projeto
político-pedagógico. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.
FREIRE,
P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1983.
KUHMANN
JR. Moysés. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto
Alegre: Mediação, 1998.
_________.
Educando a infância brasileira. LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.;
LDB -
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996.
_______Disponível
em
http://www.ctamoradiaslobato.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/9/690/12299/arquivos/File/UltimaversaoPPPCEMMonLob.pdf.
_______Disponível
em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2011000200011.
_______Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/35717.
_______Disponível
em: https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/
6 ANEXOS
6.1 CALENDÁRIO 2021:
6.2 MATRIZ CURRICULAR:
6.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO
FUNDAMENTAL:
6.2.2 MATRIZ CURRICULAR DA
EDUCAÇÃO INFANTIL:
6.2.3 MATRIZ CURRICULAR DA
ATIVIDADE COMPLEMENTAR (REFORÇO) :
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